terça-feira, maio 12, 2009

POETAS DO PARANÁ & ENTREVISTA COM JURACY RIBEIRO

Foto: Waters-Marsh.



JURACY RIBEIRO

SENTE SOL

poema escrito
em sua homenagem

corpo ausente
(infelizmente)
bem vivo
em minha frente
dizendo coisas
que geminiano não diz
nem morto

abra coração
e vez por todas
mamãe mandou colher
esta

VIOLENTADAS

as violetas róseas, brancas, mescladas
eram muito gentis. de tão amadas
em pequenos vasos ou mesmo no chão
floresciam na primavera, outono e verão

tratadas com carinho, cada vez mais lindas
eram tudo o que eu queria. as tristezas infindas
esquecidas por dias, meses. momentos
em que não podia haver mais tormentos

sem que esperasse vi as violetas
desbotadas, tristes, sofrendo. Choravam
em suas efêmeras existências. as auras pretas

o sol surgira subitamente no céu
enquanto as violetas indefesas se inclinavam
meus poemas floresciam em folhas de papel

COMO MANDA O FIGURINO

quando passa a ferro
prega muitas peças
na dura engrenagem
longe das boas fazendas, fora das vitrines
a vida é a máquina

agulha que espeta, sangra, dói
só dá furo no alinhavo sem arremate
perfura como metal
sem que saibamos o que a costura
há que se ter um dedal

quando seda deslizando
seguro-a firme nas mãos
se ensina a fazer rendas com amor
a vida é o bilro

se viver é ter amigos
meia palavra bast...tidor
é mesclar as tonalidades
juntar linhas num só ponto rococó
ninguém dar nó

vale a pena bordar
ser abordado

A FERRO E FOGO

cada poema que crio
arde no fogo
do fundo do quintal

ventania levando cinzas pretas
minhas fuligens, aí
e o desejo de recriar os poemas
vogal a vogal
a cada sílaba
e de novo esse desejo ardente
de atritá-los
como cabeças de fósforos
riscá-los da caixa
de surpresa

LABIRINTO

entro no poema
como no labirinto

sinto
escolho palavras
me embrenho na mata
me reflito no verso
sigo atalhos
pé na estrada
cansada
traço metas ainda
em direção
ao final

enfim
o último verso
miragem

(DES)CRENTE

Aflita
querendo ser cidadã do mundo
tonta
querendo isto, aquilo
vendo bichos em extinção
inerte
enquanto houver matança
fome e tortura no mundo
só à poesia me submeto
só a poesia me converte

ELA NÃO DESISTE

para, brisa
de me pedir
um poema

poema tem que nascer
devagarinho
não às pressas
mas com carinho
para, brisa
de me pedir
um poema
poema não é raio cortante
que nasce
num instante
logo desaparece
ele vem de mansinho
suave sopro no rosto
pássaro voltando ao ninho
você nunca esquece
o poema permanece
num beijo, brisa
para, brisa

VESTIDO DE NOITE

noite é minha amante
eu a adoro
adoro te ver na noite
vestido de seda
camisa recém comprada
flores, milhão de flores
minha poesia estampada
na tua, cara

ÚLTIMA PÁGINA

os meus olhos carmim
tão tristes e tão sérios
não entendo seus mistérios
por que chovem assim?

a chuva no meu rosto
o aperto no coração magoado
o meu choro não chorado
testemunham meu desgosto
ando farta de amargura
tristeza – nada me resta
senão a dor, que me molesta
talvez de minha desventura
minha mão já ferida
tem súbito desejo agora
de virar a página, sem demora
a página de minha vida

JURÁSSICA

quando estou naqueles dias
é brabo deixar de escrever cartas
pode ser fatal
nos meus dias jurássicos
toda pedra no caminho
é um enorme dinossauro
toda corda bamba
é uma serpente
pra me enfocar
e me devolver
ao remetente

toda lembrança
de seu beijo
é tábua
de salvação

Minha crueldade

no ritual de purificação
eu sou uma borboleta que Deus segura
pelas pontas das asas
com dois dedos
sobre a vela acesa
JURACY RIBEIRO – a poeta, arte-educadora, contadora de história, professora e terapeuta holística paranaense radicada no estado de São Paulo, Juracy Ribeiro, é autora do livro de poemas “Vidros e vidraças”, publicado em 1986. Ela tem participado de diversas antologias literárias, com seus poemas, contos e infantis, além de desenvolver um excelente trabalho que está reunido no seu blog Jura em Cy Bemol. Imperdível!!!
Além disso, Juracy Ribeiro concedeu simpaticíssima entrevista pra gente. Confira.




Foto: Dimas Cardoso.

LAM - Juracy, você é poeta, professora, arte-educadora, contadora de história, enfim, vamos logo para a pergunta de praxe, então: como e quando se deu seu encontro com a arte?

Desde muito criança, mas o estalo foi quando tive meus filhos. Conversando com o pediatra e pintor, Luís Carlos dos Santos, eu disse que escrevia poemas. Ele me pediu pra ler, me aconselhou a publicar e fez a capa do livro.

LAM - Quais as influências da infância e adolescência que contribuiram e determinaram sua formação artistica?

Quando aprendi a ler já dei de cara com a poesia e com Monteiro Lobato, como qualquer criança de minha geração. Me encantava com Cecília Meireles, Jorge de Lima, Olavo Bilac, Mário Quintana, Drummond, Mário de Andrade, nos livros didáticos. Pensava que um dia veria meu nome nos livros também (o que não aconteceu...ainda...risos...). Um fato marcante: minha mãe escreveu redação por mim, no quarto ano. Foi a melhor da escola. Uma grande empresa deu premiacão, fui muito elogiada, cumprimentada pelos gerentes, funcionários, diretores de escola, professores. Me senti um lixo e prometi a mim mesma... sempre escrever meus textos by myself...risos... e procuraria dar o meu melhor, a partir dali. Eu já adorava escrever.
Minha adolescência foi resumida em cartas, cartas, cartas. Cartas até pra ministros, presidentes, papai noel, artistas, B.J.Thomas - eu tinha esperança de me casar com ele --, professores, amigos, poetas, escritores, primos, tios, meus pais – morava junto, mas mandava cartas. Acho que mandei carta até pra Lua.





Autor da capa do livro Vidros e vidraças: pintor Luís Carlos dos Santos

LAM - Vamos começar pela poeta: você já publicou o livro "Vidros e vidraças", em 1986, e tem participado de antologias e de vários sites da internet com seus versos e textos. Fala dessa experiência do livro e como anda a poesia? É possivel fazer e falar de poesia hoje em dia?

Meu livro foi publicado em 86 e fez razoável sucesso. Pedi ao Clodovil no programa da TV Manchete, na época, blusa pro lançamento do livro. Ele me enviou o tecido, desenho, sugestão pra usar com saia jeans. Mas, muito tímida, não fiz lançamento algum. Ele mostrou o livro e dedicatória na TV dizendo: essa menina vai longe... risos...risos... (ele já se foi, eu nem cheguei ainda... risos). Escrevi poema em homenagem a ele... meu primeiro poema enviado a um concurso... primeiro lugar, passagem pro Rio de Janeiro com acompanhante. Eu tinha medo de avião, não fui receber.
A capa do livro do pediatra também fez muito sucesso, bastante criativa.
Quando publicamos nosso primeiro livro, pra baixo todo santo ajuda...risos...
O feedback de nossos textos na internet é sempre uma alegria, contatos com pessoas fora de nosso círculo de amigos, mas não busco elogios. Quero aprimorar meu trabalho.
Sempre é possível fazer poesia, e vivê-la no dia-a-dia. A vida é inviável sem poesia. Mas, não deveríamos ser tão mornos. Poetas deveriam ser mais corajosos, incisivos, como você, Luiz Alberto, que mete os peitos.

LAM - Como mencionei no começo desse nosso bate-papo, você é professora, arte educadora e contadora de história. Fala a respeito dessas suas atividades e, aproveitando, fale de que forma você vê a educação brasileira, nossas crianças e nossos jovens recebem hoje a educação que merecem? Ou ainda estamos no território da esperança na luta para tornar um país melhor e, a partir daí, fazer coisas de verdade?

Minha experiência como professora foi com literatura, português, língua inglesa, por três anos na rede estadual. Frustrante, sem poder ousar, totalmente limitada. Mas, tudo vale a pena... Alguma coisa há de ficar.
Um aluno me disse, anos depois: “professora, volte a dar aula pra nós. A senhora é muito louca”. ...risos...risos...
Como arte-educadora coordenei oficinas de criação literária pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo durante doze anos. Experiência única. Era uma iniciação a cada oficina. Acredito nisso.
A educação está longe de ser o ideal, mas existem esforços pra melhorar.
Sou mística, creio que velhos sistemas, padrões devam ser quebrados mesmo, pra que renasçam os novos. O mundo está mudando, estamos mudando pra outra dimensão. Nem todo educador está comprometido com a educação. Lamentável. Mas tudo tende à perfeição.
No livro Um Curso em Milagres diz: “Ensina só Amor, pois é isso que tu és.”
Ah, sou revisora também. Contei histórias em casas de repouso, presídio, escolas, creches, casas de cultura. Deixei tudo pra me casar com australiano, fiquei só três meses na Austrália e voltei a ser professora de inglês, de novo. Solteira, aceitando propostas... risos...

LAM - O que são "Impressões sobre Laura e todas as crianças" e "Viagem à vista"?

São meus livros de poemas infantis. Esse Impressões sobre Laura... é título provisório. Viagem à vista está pronto pra ser publicado.
Também estou escrevendo o Coro de Ângelos, pro meu neto de dois anos.
Boa parte do Viagem à vista já foi publicado no jornal mais importante do Vale do Paraíba.

LAM - Você tem participado, como já falei, de muitas antologias e sites, mantendo o seu blog "Jura em Cy bemol". Neste blog você reune quase todo, senão, uma boa parcela do seu trabalho literário, num é? Desta forma, a internet tem contribuindo para a difusão da sua obra? a internet tem, a seu ver, realmente democratizado a informação e contribuido para o conhecimento e o intercâmbio, ou é só mais uma onda que virou cibercultura para a formação de um universo paralelo do esoterismo de turmas e guetos abastados e dos incluidos digitais?

Boa pergunta, Luiz Alberto.
Em fevereiro deste ano, 2009, iniciei o blog por insistência de minha filha Alice, e do nosso poeta Joca Faria, que me pediu o blog pra que músicos da cidade pudessem conhecer meus textos e musicá-los. Estou gostando da repercussão, mesmo não sendo expert em informática. Estou conhecendo pessoas incríveis, amorosas, como você.
Tenho vinte e cinco cadernos de poesia. Um livro de contos acabado, com 80% deles premiados. Nem todos os livros estão prontos. Estou trabalhando meus textos online... risos... lavando roupa suja em público...risos...
Ainda não sei onde vou chegar com o blog.
Não aprendi a colocar fotos, gravuras. Nem a postar os textos na forma em que escrevi. A forma também diz muito. Mas, pra ser sincera, sou meditante. Internet me deixa fora do meu objetivo, que é ter cada vez menos informação e silenciar a mente. Usar melhor meu tempo em causas mais nobres... risos...
É necessário que todos tenham acesso à informação. Democratizar seria a palavra. O computador possibilita o acesso a todos a esse mundo mágico que é a rede. Muito mais fácil.
Me lembro de que quando escrevi o conto Passeio na Floresta, alguém da comissão julgadora me disse: Poxa, você ganhou esse dinheirão no mole? risos, risos ... Eu havia datilografado o conto treze vezes, corrigindo a cada vez.

LAM - Você já teve atuação como agente literária, desenvolvendo um trabalho de promoção da literatura entre pessoas recolhidas do sistema prisional brasileiro e dependentes quimicos. Fala, então, a respeito desse seu solidário engajamento e atuação social.

Minha formação me habilita a trabalhar em presídios, escolas, favelas, com polícia, etc.
Comecei em 1999 com Hosmany Ramos, escrevi três livros de poemas dessa fase: Hosmanya, RH Positivo e Charme no Cárcere - este último falta postar no blog.
Depois tive outros presos escritores (Cheguei a 40, como Ali-Babá...risos...) revisando textos, digitando, fazendo seleção pra concursos, revisando livros, respondendo cartas. Tudo por correspondência, via postal.
Existe muita gente escrevendo nas cadeias e ávida por boas leituras, que não sejam apenas textos religiosos. Eles não suportam mais isso. A arte é neutra.
Foi uma experiência muito boa. Um preso “meu”, Márcio Marcelo, tirou o 3º. lugar no Concurso Paulo Leminski, de Toledo, PR. A comissão julgadora, quando soube, ficou muito feliz por ter premiado um prisioneiro. Ele, muito mais com o dinheiro do suor do próprio rosto... risos...
Trabalhei três anos com servidores municipais quimiodependentes. Foi apaixonante. Não me apego a resultados. Confio na arte é seu princípio catártico, libertador, mágico.

LAM - Você é terapeuta holistica, formada pela Universidade Holistica Internacional - UNIPAZ, trabalhando com ecologia do individuo, sociedade, planeta e universo. Fala a respeito dessa sua atividade.

Sim, me formei, sou facilitadora da Avipaz – seminário A arte de viver em paz. O co-fundador da Unipaz, Pierre Weil, escreveu 40 livros sobre a cultura de paz, psicologia e holística. Em 2002, recebeu o Prêmio da Unesco de Educação e Paz, reconhecendo a metodologia dele como muito eficaz. Sou grata ao Pierre Weil por ter transformado toda minha vida. Sempre digo: a coisa mais importante que me aconteceu foi a Unipaz.
Na Unipaz nos comprometemos a tornar esse mundo um pouco mais habitável. Devemos nos tornar pessoas melhores, fazer algo pela sociedade -- optei pelos presídios, na época. Sentia que tinha débitos nessa área. Procuro cuidar do planeta, dos animais, -- a luta pela libertação doS animais é a razão de meu trabalho.
Minha poesia só terá sentido se puder chegar aos presídios. E, também, aliviar o sofrimento dos animais, senão todo meu trabalho terá sido em vão.
Se os olhos já viram, o coração não esquece.
Na internet tem muitos escritores, muita poesia. Precisamos levar mais poesia aos presídios e onde mais ela precisa chegar.
Trabalhei dois anos pessoalmente, não como voluntária, mas pela Fundação Cultural, no presídio feminino de São José dos Campos.
A poesia é tão indispensável nas cadeias quanto os banhos de sol.
Outra coisa importante em minha vida foi conhecer os sistemas de cura: florais de Bach. Sou terapeuta floral de nível III. Tenho vários mestrados em Reiki, Karuna Reiki. Taróloga, tântrica, Rosacruz, meditante desde 2000.

LAM - Vocé é vegetariana. E diz que foi vegana e adepta do crudivorismo. E ainda se diz frutariana. Fala pra gente a respeito dessa sua postura humana.

Pois é: tenho entrevista sobre isso no YouTube.
Primeiro as comilanças começaram a me incomodar, depois me tornei vegetariana, sentia pouca fome, passei aos alimentos crus, e por fim, já estava vivendo de luz... risos...
Vivi de luz durante dois anos.
Minha inspiração, meu humor, minha memória foram embora.
Pra que site é essa entrevista, mesmo? risos...risos..
Por amor aos animais, me tornei vegana. Ainda sou. Sempre serei. E frutariana desde 2006. Mickail Naimy diz no Livro de Mirdad, que é meu livro de cabeceira há anos: “(...) que dia virá em que os homens viverão do aroma das coisas, que é o seu espírito, e não de sua carne e sangue. E esse dia não está longe para aqueles que almejam.”

LAM - Além de tudo isso, você poderia abordar acerca dessas suas atividades todas com relação a sua visão da mulher no seu tempo, sua relação com o outro e com o Brasil machista, considerando a felicidade e a realização humana?

Sobre minhas atividades, a poesia é yin, e com ela busco meu equilíbrio e gostaria que trouxesse alguma reflexão aos leitores.
Estou me referindo a essa nova fase, que não postei tudo ainda no blog.
Depois da Unipaz comecei a ver o mundo, sair do meu eu-pequeno.
Estou caminhando, ainda.
Creio que a mulher de hoje deveria voltar à simplicidade, ao não-consumismo, a reivindicar direitos, mas não a ferro e fogo. Com mais amor. O amor é próprio do feminino. Veja a poesia de Valéria Tarelho, Líria Porto, Mariza Lourenço, a delicadeza de Josefina Neves Mello, a perspicácia de Leila Míccolis.
No século passado, toda mulher queria ser Leila Diniz. Hoje, toda mulher quer ser Leila Míccolis.
Esses tempos de crise estão nos mostrando o resultado da falta de solidariedade, amor, compaixão. Tenho pensado muito na causa dos idosos, também. Já trabalhei com literatura em casa de repouso. Como estamos tratando os idosos? As crianças? Que herança estamos deixando pra elas?
O Brasil machista está mudando. As mudanças são muito lentas, mas temos grandes progressos, conquistas. Tem horas que até acho os homens meio vítimas, injustiçados...risos...

LAM - Quando me invoco no meu Tataritaritatá, costumo dizer que se uma pessoa tiver a oportunidade de ler "A história da riqueza do homem" do Leo Huberman e, depois, numa talagada só emendar com o livro "Fim do mundo" do jornalista Otto Friedrich, acredito que jamais terá esperança no ser humano. A seu ver, fazendo um inventário do ser humano em toda a sua trajetória histórica no planeta terra, é possivel ter a crença de esperança do homem construindo um mundo melhor, inclusivo, isonômico e solidário para todos os seres deste planeta?

Não conheço esses autores, não li os livros. Vou procurar ler.
Claro que sim, muita crença no homem, caso contrário não trabalharia com prisioneiros. Tudo evolui, tudo concorre pra perfeição, paz e santidade. Tudo tende ao equilíbrio, mesmo que pra isso tem de haver uma quebradeira geral, como estamos vendo, em todos os sistemas religiosos, financeiros, educacionais, governamentais, sociais. Diz o Tao Te King: 22 “O que é imperfeito, será perfeito. O que é curvo será reto. O que é vazio será cheio. Onde há falta haverá abundância. Onde há plenitude haverá vacuidade. Quando algo se dissolve, algo nasce.”

LAM - Quais os projetos e perspectivas você tem por realizar?

Preciso fazer com que a poesia chegue aos presídios. E que a renda de minha literatura seja em favor dos animais, libertação de qualquer sofrimento. Pelos animais já entreguei minha vida.
Gostaria de tão-somente cuidar de bichos, e se sobrar tempo, me dedicar mais à literatura. Prioridade absoluta: animais.
Outra coisa: gostaria de chegar a ver só beleza, só o Bem. Sei que o mundo não é como nós vemos. Esse é o mundo de Maya, nossa visão distorcida.
No livro de Mirdad diz que é nosso olho faltoso que vê assim.
Até quando o entrevistador pega pesado nas perguntas, devemos amá-lo por isso... risos...
Agradeço muito a você o convite da entrevista. Você é genial. Batalha por todos nós. Um cara imprescindível. Louvo sua força, sua dedicação, sua forma carinhosa de tratar a gente. Antes de me entrevistar já sabia tudo de meu trabalho. Quem faz isso?
Big beijo, Luiz Alberto.