sexta-feira, dezembro 21, 2007
PRIMEIRA REUNIÃO
Imagem: A Man with a Violin, 1948, do pintor coreano Byun Shi Ji.
NATAL
Luiz Alberto Machado
Papai Noel chegou
Como de costume
Trouxe no saco ouro e presentes.
E deixou, simplesmente,
Mentiras trajadas de natal.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.
Veja mais Primeira Reunião. E com muito bom humor veja mais as previsões do Doro para 2008, as crônicas natalinas e o reveillon tataritaritatá!
De férias até 03/01/2008.
Beijabrações
quinta-feira, dezembro 20, 2007
FLORA CAVALCANTI
Belíssimo site da artista plástica Flora Cavalcanti. No espaço estão suas produções pictóricas onde ela reúne todo seu trabalho nas seções portfólio, atelier e curriculum. Imperdível.
Veja mais no Fórum do Guia de Poesia.
quarta-feira, dezembro 19, 2007
ZINE TATARITARITATÁ
Gentamiga!
Já está circulando o zine impresso Tataritaritatá!
Este é o segundo número do zine impresso Tataritaritatá que está circulando este mês de dezembro.
E para você recebê-lo mensal e gratuitamente na comodidade do seu lar, é só enviar um mail para lualma@terra.com.br com o seu endereço residencial.
Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!
Luiz Alberto Machado.
terça-feira, dezembro 18, 2007
JOÃO WERNER
Imagem: Mergulho, pintura digital 30x40cm, do artista plástico paranaense João Werner.
Excelente sítio com o trabalho do artista plástico paranaense João Werner que fez o maior sucesso com suas gravuras digitais na 6ª Biennale Internazionale dell'Arte Contemporanea, Firenze, Itália. Lá ele participou de uma mostra com a participação de 840 artistas de 76 países diferentes, na histórica Fortezze da Basso. No sítio além de todo seu trabalho está uma Exposição OnLine com 14 obras expostas no site CyberArtes, na coluna "Artista da Semana", com belo ensaio crítico do amigo Ronaldo Carneiro Leão. Veja o excelente trabalho de João Werner acessando: http://www.joaowerner.com.br/
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segunda-feira, dezembro 17, 2007
MARCELA TORRES
Numa esquina, mês de junho, te encontrei... Olhos vivos e castanhos, um sorriso meio irônico, de moleque irresponsável, de menino irresistível... e me dei! Não queria nada que passasse de carinhos, não querias nada a não ser corpos suados uma noite de amor, outras talvez.... Mas vivemos dia-a-dia intensamente numa vida de encontros e adeuses. Entre encontros e adeuses nos perdemos num amor moleque, irresponsável nos grudamos em corpo e alma! Ora suave, ora quente nos achamos, completamos. E caminhamos lado a lado muito tempo a menina e o guerreiro cortando estradas, brincando de vagar pelos céus, invadindo pensamentos e almas alheias com suas mentes insaciáveis...(Marcela Torres, Quando te encontrei).
Belíssimo sítio da Marcela Torres reunindo poemas, diário, textos, e-books, fotos e outras informações.
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sexta-feira, dezembro 14, 2007
PRIMEIRA REUNIÃO
Imagem: Guernica, 1937 (Museo Nacional Reina Sofia, Madrid) do pintor e escultor do cubismo espanhol, Pablo Picasso (1881-1973).
6 DE AGOSTO DE 1945, UMA SEMI-CANÇÃO PARA ROBERT LEWIS
Luiz Alberto Machado
- “Meu Deus, o que fizemos?”
Era seis de agosto de mil novecentos e quarenta e cinco.
Nem esperava um ataque cardíaco a vinte de junho de mil novecentos e oitenta e três.
O bolso cheio de dinheiro.
A vida pela tirania.
E cem mil olhares perdidos rastejando sob o sol.
- “Meu Deus, o que fizemos?”, proferistes.
Porém, “teria feito tudo de novo“ como se o seu orgulho norte-americano fosse superior em tudo e resolvesse a crise do mundo, um mundo que é o mesmo em todos os quadrantes.
E era mais cem mil olhares perdidos rastejando sob o sol. O mundo tremia e ainda treme. Tu ainda bates no peito e diz: avante! E este mundo continua ameaçado por uma nova guerra, uma outra catástrofe para que possas ressurgir salvador sob o símbolo da CRUZ DE PRATA e da CRUZ AERONAUTICA DISTINGUIDA para que muitos façam e digam a mesma coisa. E dirão.
E muitos milhões de olhares perdidos rastejam sob o sol. E um novo cogumelo de radioatividade ameaça reluzir para o gozo do teu prazer e de todos fodedores do mundo. E esse cogumelo reluzirá num Japão que não será mais Japão, mas América, a América do fim do mundo. E este confim será a Ilha de Guam onde o céu vai desaparecer com Susan Marcotte, a filhinha querida que nem soube das duzentas mil mortes de ontem e da mortandade futura.
Ela, Susan, vai dizer que é noite e não tem onde dormir no meio da incandescência gloriosa da águia. E ela deitará sua cabeça confusa no teu peito vibrante e verás que ela é uma Hiroshima despetalada carente de ternura e amor. E ela estrebuchará para tua ufanidade. E ela vai tentar fugir, correr, sumir, mas o Enola Gay será o terror cheio de esconjuro e sangue. Ela chamará o tio Tibetts que verá toda agonia, ele sorrindo, sem perceber o fogo destruindo a si e a todos do planeta.
Tibetts sorrirá, não sabe fazer outra coisa a não ser sorrir.
Susan chorará, pois não saberá fazer outra coisa a não ser chorar com os dez minutos que restarão para poder sussurrar: “Meu Deus, o que fizemos?”.
Era seis de agosto de mil novecentos e quarenta e cinco.
Nem se esperava um ataque cardíaco a vinte de junho de oitenta e três.
Tudo cinza, pó, poeira, radiotividade.
Tio Sam sorri. E o mundo padece de fome e miséria.
Tio Sam sorri e não há nada de novo sob o sol. Apenas o fato de que agora estás seis vezes morto, sepultado teu arrependimento, morta a tua glorificação.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.
Veja mais Primeira Reunião.
CLOTILDE TAVARES
A escritora, atriz, terapeuta floral, professora e conferencista paraibana Clotilde Tavares, é especialista em Epidemiologia pela UFRN, metre em Nutrição e Saúde Pública pela UFPE, professora de Teatro do Departamento de Artes da UFRN. Ela edita a revista Labirinto de Idéias onde reúne todo seu trabalho e também autora de diversos livros, dentre eles, o “Magia do Cotidiano” sua obra mais recente e disponível nas livrarias. Além disso tudo, Clotilde Tavares é um amor de pessoa apaixonantemente maravilhosa e estonteantemente linda. Hoje ela aniversaria e nada mais justo que uma homenagem a esta encantadora e fascinante mulher: FELIZ ANIVERSÁRIO, CLOTILDELINDA!
Veja mais Clotilde Tavares no Fórum do Guia de Poesia.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
FRANKLIN MAXADO
O poeta e cordelista Franklin Maxado estará realizando expsoição de xilos e lançamento da antologia de cordel "Franklin Maxado", no dia l8 (terça) às 20 h no espaço cultural da Caixa Economica, rua Carlos gomes, 57, em Salvador. Segundo o Dicionário de Folcloristas, Franklin Maxado nasceu no dia 15 de março de 1943, na cidade de Feira de Santana, BA. Na sua terra natal o menino Franklin Maxado não perdia a feira que começava no sábado e só acabava na segunda-feira e sempre ficava perto dos cantadores e das barracas onde se vendiam os folhetos de poetas populares. Adolescente, passou uns tempos no Rio de Janeiro onde trabalhava fazendo pés de sofá. De volta à Bahia, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade Católica da Bahia, onde concluiu o curso, passando a fazer jornalismo e a advogar. Poeta, romancista, teatrólogo, autor de 125 folhetos de feira e de vários albuns de xilogravura, Franklin Maxado, é diretor da Casa do Sertão – Universidade Estadual de Feira de Santana (BA) e autor de Antologia da literatura de cordel – em braile (1977), O que é literatura de cordel? (1980), Cordel - xilogravuras e ilustrações (1982), O cordel televivo (1984), e de ensaios publicados em revistas e jornais. SERVIÇO: O Espaço Cultural da Caixa Econômica, em Salvador, estará patrocinando o lançamento da Antologia “Franklin Maxado”, publicada pela Editora Hedra, de São Paulo, no dia l8 ( terça), às 20 h na rua Carlos Gomes, 57. Naquela oportunidade será também aberta a exposição “Xilo-Cordel Vivo” com cerca de 50 xilogravuras deste autor que foram capas de folhetos. Outros novos como “O Rio São Francisco Pede Socorro ao Tocantins” também estarão expostos e podem ser adquiridos. O projeto do evento é da empresa Gripho.
Veja mais Literatura de Cordel.
BAGOAS
Imagem: Francisco Bosch- The seven deadly sins wraeththu the awakening - Wraeththu Artwork © Marja Kettner & Elly Kloppe
Graphic Background Design: Elio Robin Heinrich.
BAGOAS - ESTUDOS GAYS: GÊNEROS E SEXUALIDADES - UFRN LANÇA A PRIMEIRA REVISTA DE ESTUDOS GAYS DA AMÉRICA LATINA DIA 14 DE DEZEMBRO EM NATAL/RN O Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte lançará a Bagoas - estudos gays: gêneros e sexualidades, dia 14 de dezembro de 2007, às 11h, no hall dos auditórios do CCHLA. Uma publicação semestral sobre Estudos Gays, a revista publicará artigos resultantes de estudos teóricos e pesquisas empíricas sobre gênero, sexualidade, homossexualidade, destacando espaço para os estudos gays, especificamente as reflexões sobre o homoerotismo, lesbianismo, transgêneros, conjugalidades e parentalidades homossexuais, identidades GLBTT. Além de trabalhos de teoria social, análises da política e reflexões sobre direitos humanos que constituam contribuições ao pensamento crítico sobre as temáticas centrais. O objetivo da Revista Bagoas é ser um espaço para a publicação do resultado dos trabalhos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, de maneira a tornar-se um espaço de conhecimento e discussão sobre questões que, embora conservem o tratamento conceitual e intelectual, extrapolem o mero interesse acadêmico. Ser um veículo de discussão e de reflexão sobre importantes questões do campo da cultura, da política e da teoria relativas às homossexualidades, identidades/identificações de gênero (incluindo a transexualidade, o travestismo), sexualidades de uma maneira plural. Na homenagem, Bagoas (eunuco persa, dançarino, que pertenceu à corte de Dario III e, posteriormente, à corte de Alexandre Magno) representa a tradição homoerótica das culturas da Antiguidade, portanto, uma realidade afastada da tradição moderna ocidental que baniu a homossexualidade para o campo das práticas estigmatizadas pelos discursos médico, jurídico e religioso. Bagoas é igualmente a figura da androginia, das possibilidades de gênero, da pluralidade do desejo, das multiplicidades do ser. Os artigos do primeiro número refletem o debate existente acerca das questões das identidades gays. Diversos quanto aos posicionamentos, todos mantêm empenhadamente críticas dos preconceitos e dos conservadorismos. Discutem igualmente as concepções correntes sobre a homossexualidade, abordam os direitos humanos e problematizam a homofobia. Trazendo artigos dos intelectuais Alessandro Soares da Silva, Alípio de Sousa Filho, Ari Lima, Carlos Eduardo Bezerra, Cinara Nahra, Cláudio Paiva, Edrisi Fernández, Filipe de Almeida Cerqueira, Luiz Mott, Rogério da Silva Martins da Costa, Rogério Diniz Junqueira, Wagner Alonge (BRA), David William Foster (EUA), Michel Maffesoli (FRA) e Raquel Platero Méndez (ESP), a revista será uma ótima ferramenta para a conscientização. SERVIÇO: Local:
Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN Hall dos Auditórios CCHLA. Endereço: Universidade Federal do Rio G. Norte (UFRN), Caixa Postal 1524 - Campus Universitário, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes (CCHLA), Lagoa Nova CEP 59072-970 Natal - RN - Brasil Data : 14 de dezembro, 11h Telefone para informações ao público: (84) 3215 - 3557 das 8h às 17h Email: bagoas@cchla.ufrn.br Site: www.cchla.ufrn.br/bagoas INFORMAÇÕES À IMPRENSA: Laurisa Alves Tel : 11-9884-1433 imprensabagoas@cchla.ufrn.br
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terça-feira, dezembro 11, 2007
NOS TRILHOS DA HISTÓRIA
José Carlos Daltozo lança o seu sexto livro “Nos trilhos da História” que tem como personagem principal a Estação Ferroviária de Martinópolis, que comemorou recentemente 90 anos de inauguração. Ela foi implantada em plena mata virgem, com o nome de José Teodoro, em 05 de agosto de 1917. O loteamento que deu origem ao povoado só começou sete anos depois, em 1924. O livro também faz um painel geral das viagens de trem que, de certa forma, são idênticas em qualquer lugar do país. O livro conta com 132 páginas em papel couchê, tem mais de 180 fotos de locomotivas Maria-Fumaça, locomotivas a diesel, vagões de transporte de cargas, objetos de uso nas estações e nos trens, vários mapas, fotos do interior de carros de passageiros, de carro leito e carro restaurante. Interessados em adquirir enviar pedido para JOSÉ CARLOS DALTOZO - CAIXA POSTAL 117 - 19500-000 - MARTINÓPOLIS – SP ou pelo mail: jcdaltozo@uol.com.br
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segunda-feira, dezembro 10, 2007
LAU SIQUEIRA: TEXTO SENTIDO
O que sinto nesses quarenta e seis vértices ungidos que ora espetam ora aguçam os sentidos
É que cada momento vai roendo os ossos e a dormência do impossível tomando conta de tudo que é absoluto
O que comove nesses anos cumpridos entre verdades amargas e doces mentiras é que apesar de tudo ainda pude semear as sobras da minha inquietude
Poemas derramados espalhados no tabuleiro do que tanta vez provoca o asco afirmativo da existência
O que colhi entrementes nem sempre foi da melhor safra mas ainda estou aqui escrevendo versos ligeiramente aptos às consagrações do esquecimento
O vazio dos olhares atônitos já não apavora o medo há muito perdeu o sentido
Ouço o ruído das horas passando ao largo de uma vida que se cumpre para muito além das paisagens guardadas na retina
E sorrio como se fossem oráculos os galhos do cajueiro que vejo pela porta entreaberta sob o mantra estridente dos sagüis que resistem nos esgares da mata
Habito meu silencia e ouço atentamente a imensidão e quietude de tudo que grita e se move
O que está posto é muito mais do que posso por isso sigo em frente derrubando os muros que possam afastar as matilhas da ternura
As águas que passaram neste rio jamais ficaram turvas por isso não me curvo e vou indo rindo de tudo
Embriagado com minha própria sede
Como um homem que transita pela consciência dos caminhos jamais percorridos
Vou passando
Passeando pelo mundo
(Lau Siqueira, Bobo da Corte).
Lau Siqueira nasceu em Jaguarão,RS. Publicou três livros: O Comício das Veias (Paraíba: Editora Idéia, 1993), O Guardador de Sorrisos (Paraíba: Editora Trema, 1998) e Sem Meias Palavras (Paraíba: Editora Idéia, 2002). Tem poemas publicados nas últimas edições do Livro da Tribo (São Paulo: Editora Tribo) e na antologia Na Virada do Século — Poesia de Invenção no Brasil (São Paulo: Editora Landy, 2002), organizada pelos poetas Frederico Barbosa e Cláudio Daniel.
Sobre sua obra diz o poeta e professor Frederico Barbosa: “Lau trilha um caminho infelizmente raro na poesia brasileira contemporânea: o da experimentação sem preconceitos e a busca de uma dicção aparentemente espontânea, mas que é fruto de um intenso trabalho com a linguagem”.
Agora ele acaba de lançar o Texto Sentido confirmando a grandeza poética de seu trabalho e a sua meritória consagração de poeta.
Veja mais Lau Siqueira no Guia de Poesia e no blog Poesia Sim.
ASSIS ÂNGELO & GONZAGUEANO
O jornalista Assis Ângelo lança Dicionário Gonzagueano, de A a Z e debate sobre a vida e a obra do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que completaria 95 anos no próximo dia 13. Lançamento e debate acontecerão no programa Papo XXI, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Cariri, em Juazeiro do Norte (CE), na próxima terça-feira, 11, às 19 horas. O livro reúne a discografia, bibliografia, filmografia e músicas inéditas de Gonzagão, mostrando ainda que o seu cancioneiro já foi gravado por artistas internacionais como o estadunidense Dizzy Gilespie, o escocês David Byrne e a japonesa Keiko Ikuta, além de ter conquistado intérpretes na França, Espanha e até na Polinésia. De acordo com o Dicionário Gonzagueano, o Rei do Baião gravou originalmente 625 músicas em 125 discos de 78 rpm, 41 compactos simples e duplos de 33 e 45 rpm, e quatro de 12 polegadas. Luiz Gonzaga deixou o registro de sua voz em 266 discos de carreira, além de participações em LPs e compactos de outros artistas.
E quem pensa que ele só gravou forró, baião, xote e arrasta-pé, vai tomar um susto. O livro de Assis Ângelo revela que o artista também gravou sambas, choros, mazurcas e valsas, entre outros gêneros musicais. No livro há outras curiosidades, como a que dá conta de que, entre gravações e regravações, o Rei do Baião superou o Rei da Voz, Chico Alves, em pelo menos nove títulos.
Trajetória profissional: Paraibano de João Pessoa, Assis Ângelo reside em São Paulo há 30 anos. Trabalhou nos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Diário Popular, e nas TVs Globo e Manchete. Por mais de dois anos, apresentou o programa “Tão Brasil”, na AllTV, emissora de TV pela Internet. Também apresentou programas em várias emissoras de rádio, a exemplo da Jovem Pan, Atual, Mulher e Capital. Nesta última, apresentou, durante seis anos, o programa “São Paulo, Capital Nordeste”, que se tornou líder de audiência (e referência) nacional. Há dois anos escreve uma coluna diária sobre música e cultura popular no portal Music News (www.musicnews.art.br). Assis Ângelo tem vários livros publicados, todos sobre cultura popular: “Nordestindanados”, “Causos e Cousas de uma Raça de Cabras da Peste – de Padre Cícero a Câmara Cascudo”, “O Coronel e a Borboleta e Outras Histórias Nordestinas”, “A Presença dos Cordelistas e Cantadores Repentistas em São Paulo” e “O Poeta do Povo, Vida e Obra de Patativa do Assaré”. O livro “A Presença dos Cordelistas” virou filme com produção franco-brasileira, com o título “Saudade do Futuro”. O jornalista também foi chefe do departamento de Imprensa do Metrô de São Paulo e assessor especial da presidência da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Assis Ângelo – (11) 8542.2061 / 3834.8718 / 9991.4800 / 3666.2463 – assisangelo@uol.com.br; andrealol@terra.com.br Carmen Paula (coordenadora do programa Papo XXI) – (85) 3464.3111 / 9993.9371 – cpaulavm@bnb.gov.br Anastácio Braga (gerente-executivo do CCBNB-Cariri) – (88) 3512.2855 / 9903.0000 – anastacio@bnb.gov.br Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 – lucianoms@bnb.gov.br
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sexta-feira, dezembro 07, 2007
PRIMEIRA REUNIÃO
Imagem: Study of a Young Man Beside the Sea, ca.1850 (Musée du Louvre, Paris, France), do pintor francês neo-clássico, Hippolyte Flandrin (1809-1864).
POUCAS PALAVRAS E UMA DOR
Para Mauricio Melo Júnior
Luiz Alberto Machado
Eu sonhava olhando pros trilhos do arruado de lá pertinho da usina que não era sonhar enquanto espanto. Era ganido da vida, dos lêmures açucareiros e dos vultos insones que o una bramia atrás da prefeitura.
(eu não era Armstrong, mas vivia na lua ou no jazz catando furo no meio do mundo).
A gente cantava as vidraças gratuitas do pequeno comércio no meio da feira com jeans e bugingangas e balangandãs. Incerteza no bolso, mas candomblés cabarés e tino misturando besouros e motos na Praça Maurity, onde ontem teve uma briga de galo sob um sol enorme. E isso custa a sair da moldura da memória.
Bora gente, bora, bora, vamolá.
Bora gente, bora, nosso mundo conquistar.
A conquista era utópica não cabia no verão. Estendia-se vida adentro, tinha ânimo de agüentar quantas peripécias doidas a gente inventasse permitir depois de um arco-íris ou depois, bem depois, infernalém. Além.
Nessa alma toda dentro desse bailar de vida verde inventei canções, cartões postais do universo mágico dos meus rios e seus bicheiros, calungas e meretrizes, hierofantes, farrapos, feirantes, rabecas e pastoris, num oxigênio pálido e clandestino, num resplandecer de vultos viciados de vida e que as correntes geram e geram em vida breve pelos currais, urgências, penitenciárias, nosocômios, cartórios e cemitérios para logo incandescerem e assim pertencerem aos episódios do éter.
Ainda escuto o barulho do trovão. É provável que mais tarde ouça a efervescência radioativa de luniks, sputinicks, progress life, napalms, tudo se rasgando apocalipse, gênesis e a emancipação do homem e seus subterrâneos desvarios cravados nos mandamentos da tábua da sorte, sei lá que mais etc e tal. E ouvindo o barulho do trovão, só – a solidão é o hábito da noite – no meu mal secreto, “capaz de ouvir e entender estrelas”, sonhei caindo nos olhos de Clarice na “via crucis da alma”, nos “laços de família”. Foi aí que perguntou-me: “Onde estiveste esta noite?”. E eu ouvi Clarice no meu silêncio inatingível. E ela me contou a “paixão segundo gh”, “a hora da estrela” na nossa “felicidade clandestina”, no centro de nossa “cidade sitiada”.
E eu vivo voluntariamente nesta terra em que o sol jamais reconhecerá o acaso.
E o meu espólio é ter eternamente dores para ter palavras.
Ter palavras para acalentar as dores.
Nas palavras eternamente a dor da palavra.
Na fúria dos anos. Na minha paixão whitemeana.
A noite desabou. O dia desabou. Acendi a vela e o vento baniu a luz. E Lennon dizia “Imagine”. E eu nem imaginava nada porque havia uma bomba no telhado suspendendo os meus sentidos que estavam entre os gatos na noite. E me diziam que o sonho havia acabado que Lennon desiludido o sonho acabado e Lennon e o sonho e nem se falava mais na Era de Aquário nem de paz e amor porque havia deflagrado uma guerra na América Central e a paz estava comprometida, o amor comprometido e o céu ainda estava quase azul. E havia uma provisão de sonhos na tiracolo. Mas não é de sonhos que precisamos, é de punhos! Ponto final.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.
Veja mais Primeira Reunião. Veja mais Clarice Lispector.
quinta-feira, dezembro 06, 2007
FUNDAÇÃO OSCAR ARARIPE
O Tarot Espontaneísta, um livro de imagens pintadas para ser exposto e jogado, sem palavras e literário a um só tempo, e que alguns crêem até encerrar sabedorias sagradas, continua, após 15 anos de sua criação, a ser “profanado” pelo seu próprio autor, o pintor e escritor Oscar Araripe. Dia 15 de dezembro de 2007, às 20 horas, suas 22 telas arcanas serão mostradas pela segunda vez (a primeira foi na Galeria Bookmakers, no Rio, em 1991) na novíssima e bem instalada Galeria da Fundação Oscar Araripe, em Tiradentes, MG, onde, durante o evento o visitante poderá interagir com um player eletrônico multimídia, fazendo seu próprio jogo e o imprimindo para posterior interpretação. Tratar-se-ia de uma recriação dos 22 Arcanos Maiores do Tarot, não fosse seu questionamento dos dogmas esotéricos e sua abertura para a arte em estado puro e funcional. Ou, nas próprias palavras do artista: “O meu sonho foi pintar um Tarot que tivesse a imagem do outro tempo e que fosse libertário ao extremo de superar as erudições da velha cultura e espontâneo ao ponto de poder ser usado como puro talento”. Neste afã de desmistificação, Oscar Araripe buscou a imagem essencial de cada carta do Tarot: “Foi tudo muito espontâneo; nunca fui tarólogo, e só aos poucos fui percebendo que quisera das velhas imagens a mais antiga e primeira e que pudesse viver ainda a substância comum a todos os seres, de modo que a arte pudesse se realizar sem grandes espantos. Assim, realmente, as cartas não mentiriam jamais – e as pessoas poderiam deixá-las, por puro talento”. As 22 telas do Tarot Espontaneísta de Oscar Araripe serão mostradas e “jogadas” através de sete cartas celestes, 12 terrenas, 1 de ligação entre o céu e a terra (Le Diable) e duas fora do baralho: O Louco e O Enforcado. Funcionamento em horário normal, sábados, domingos e feriados, e até 8 de março, quando então a Galeria da Fundação Oscar Araripe estará sendo oficialmente inaugurada com a mostra modernista dos anos 40 e 50 do Museu de Cataguases, do Instituto Francisca de Souza Peixoto. Fundação Oscar Araripe Geralda Araripe / Gestão Rua da Câmara 98 / Tiradentes / MG Telefone 32 33551148 www.oafundacao.org.br & contato@oafundacao.org.br O evento é uma ação integrada da Fundação Oscar Araripe, o Instituto Francisca de Souza Peixoto, o Museu de Belas Artes de Cataguases, a LABEL e a Valor Café.
Veja mais no Oscar Araripe. E também no Fórum do Guia de Poesia.
quarta-feira, dezembro 05, 2007
HOMENAGEM A CÍCERO DIAS
Abre nesta quarta, às 9h, a exposição "Verde a Cor da Minha Memória", em que crianças e adolescentes moradores de bairros violentos do Recife fazem releitura da obra do artista Cícero Dias. A curadoria é do jornalista José de Souza Alencar. Assistidos pela ONG Arte e Vida, eles produziram 60 telas com pintura acrílica. A exposição acontece no Gabinete Português de Leitura, na Rua do Imperador Pedro II, 290, Santo Antônio. Informações: (81) 3424-2765.
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terça-feira, dezembro 04, 2007
NOTA INDEPENDENTE
A Revista Nota Independente, capitaneada por Bruno Grossi & Diane Mazzoni, está comemorando este ano 6 anos de existência. E no festejo está inaugurando um novo layout no site, todo reestruturado. A Revista conta agora com programas de rádio e com uma grande e engajada equipe de colaboradores. A Nota Independente conquistou seu espaço no cenário cultural e independente, sendo reconhecida por bandas e artistas do Brasil e do mundo. Além de muita música tem também Literatura, charges, fotografia, vídeos & muito mais! Confira!
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segunda-feira, dezembro 03, 2007
ROSANE CHONCHOL
ROSANE CHONCHOL - Site reunindo o extraordinário & múltiplo trabalho da artista visual, pintora, poeta e psicanalista carioca, Rosane Chonchol. Para se ter uma idéia do seu currículo, como poeta e escritora ela já participou de antologias poéticas, escreveu textos diversos para revistas e jornais, escreveu e ilustrou livros e cds, dentre outras inúmeras atividades na área. Nas artes plásticas ela atua nas áreas de pintura, desenho, escultura e gravura. Também é escultora e fotógrafa free-lancer. Não bastando, ela ainda possui trabalhos nos acervos permanentes da Galeria do IBEU, Centro Cultural Cândido Mendes e do Museu de Arte Moderna de Resende, no Rio de Janeiro, e em coleções particulares no Brasil e no exterior. Leciona no seu ateliê desde 1988. Merece destaque o livro de contos que ela escreveu e ilustrou, ''O Rabino e o Psicanalista'', lançado pela Taurus em 1984.
Veja mais dela no Fórum do Guia de Poesia.
sexta-feira, novembro 30, 2007
PRIMEIRA REUNIÃO
Imagem: Tatiana Ratinetz.
SISIFISMO
Luiz Alberto Machado
Sobre esta terra, Hy Breazil
Muita lágrima
Muito sangue
Jamais redimidos.
Sonhou-se novo sol, Hy Breazil,
Mas a banda é a mesma
As armas, as mesmas,
Os homens, os mesmos.
Hy Breazil!
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.
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ALEX ANTUNES
Alex Antunes é músico, escritor e jornalista. Atualmente escreve para a revista Rolling Stone. Como músico, foi vocalista da banda Akira S & as Garotas que Erraram nos anos 80 (autores de "Atropelamento e Fuga", sucesso com Skowa & a Máfia) e na midialouca ele interpretará trechos do livro com acompanhamento musical - as bases eletrônicas foram produzidas pelos programadores Wendel Vicente e Paulo "Anvil FX" Beto. E acaba de lançar o livro "A Estratégia de Lilith" (editora Conrad), que ocorrerá na midialouca, neste sábado, dia 1 de dezembro, às 20 h. O livro está sendo adaptado para o cinema pelo roteirista Hilton Lacerda (de Amarelo Manga, Baixio da Bestas, Árido Movie, Baile Perfumado, Cartola e outros), e deverá ser filmado em 2008. Leia mais sobre Alex e sobre o livro no site www.midialouca.com.br Midialouca, espaço cultural e loja de CDs, DVDs e livros na rua Fonte do Boi, 81 - Rio Vermelho - Salvador - Bahia, Aberta todos os dias: www.midialouca.com.br Info: (071) 3334-2077 cel: (071) 8761-2077
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terça-feira, novembro 27, 2007
ROSIMEIRE LEAL DA MOTTA
Trechos de sentimentos próximos ao coração.
Profundidade aceitável.
Protegidos por uma enseada.
As embarcações do meu viver ali fundeiam.
Têm acesso fácil à margem.
Refúgio, guarida, proteção.
Porto da minha vida.
Atracam navios de esperanças e sonhos,
Sob o cuidado constante do farol,
Cuja luz vem do céu.
Área marítima das minhas emoções,
Aguardando o desembarque
Da tão sonhada felicidade...
(Rosimeire Leal da Motta, Porto da minha vida).
A poeta e escritora capixaba, Rosimeire Leal da Motta acaba de lançar o seu livro “Eu poético” reunindo poemas e prosas, publicado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Sobre o livro escreveu a professora, poeta e escritora, Maria José Zanini Tauil: “Rosimeire: é sonho e intuição, tem olhar astuto e romântico. Sua poética é produto de reflexão constante, de reminiscências e perspectivas. Tanto pode ser crepúsculo de velho tempo, como autora de tempo novo. Ela traz nesse volume o seu melhor. (...) O conjunto da obra põe à luz, com expressivo lirismo e sagacidade, o universo simbólico do cotidiano dessa menina tímida, doce e romântica; menina – mulher, corajosa, eclética (...) Sua temática é constituída de diferentes cores e sabores; trazem uma visão geral do mundo que a rodeia, com seus problemas, belezas e tristezas...”. Também o jornalista carioca e Mestre em Literatura Brasileira, Elidio Fernandes Júnior acerca da obra se expressa: “Um grande exercício de criação. Essa é a primeira impressão que se tem ao ler Eu poético de Rosimeire Leal da Motta. (...) Sim, os versos de Rosimeire me soam como uma espécie de Simbolismo revisitado, redimensionado para uma vivência pessoal por isso caracterizo-os como uma expressão potencialmente subjetiva de uma alma inquieta pela necessidade de explicitude. (...) Uma artista da pena que, ao fortalecer suas raízes – cultural e familiar -, nos presenteia com o testemunho de uma vida intensa. Cante, Rosimeire, o instante existe. E nós, leitores, merecemos seu canto”. O livro é divido em 4 capítulos, o primeiro deles destinado à poesia onde ela diz, no seu poema Criação artística literária, “(...) Permito ao mundo exterior desvendar o meu íntimo” e, no "Trajetória de uma vida” ela se expõe: “(...) Amar a si mesma, esquecer as folhas amareladas pelos anos”. No segundo capítulo ela traz a sua poesia já premiada em diversos concursos nacionais. No terceiro e quarto capítulos, a autora traz a sua prosa, inclusive, na última parte do livro, as prosas premiadas. Ao abrir o livro o leitor logo se depara com a seguinte inscrição: “De presente para você, o meu eu poético... há neste livro, um perfume de sentimentos, fragrância de mim”. E é exatamente isso que toda aquele que se deparar e degustar o livro vai encontrar: a fragrância de uma mulher sintonizada com o seu tempo e a sua vida. Parabéns, Rosimeire. Contatos com a autora: Rosimeire Leal da Motta Caixa Postal: 023502 – IBES CEP: 29108-973 – Vila Velha – ES ou através do email rosimeire_lm@yahoo.com.br
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segunda-feira, novembro 26, 2007
SOCORRO LIRA
A cor que me deste em rosa
me despertou assim despetalada
já meio parto dessa madrugada
nasci doente de amor, passada
da minha hora de nascer e à luz
de uma velinha que cobriu o mundo
e deu-me a sombra dada ao vagabundo
que tem o céu por casa sem o ter
e o azul por manto protetor
para vestir a pele quando a dor
o visitar na hora de viver
(Socorro Lira, Parto)
A compositora, intérprete, instrumentista e produtora cultural paraibana, Socorro Lira, acaba de lançar o seu primeiro livro de poemas Aquarelar. Ela já lançou os discos Cantigas (2001), Cantigas de bem-querer (2003), As liras pedem socorro (2005) e A linha e o ponto (2006) dentre outros projetos musicais. Agora ela faz uma incursão pela poesia. Veja detalhes no site de Socorro Lira.
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SÓ CULTURA
Uma revista de cultura, arte e informação na internet, a SóCultura! tem como objetivo oferecer as pessoas mais um espaço na internet voltado para a cultura, a arte e o conhecimento. Lá você participa mostrando a sua opinião, publicando o seu artigo, divulgando o seu site cultural, enfim, mostrando o seu trabalho. Visite, imperdível.
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sexta-feira, novembro 23, 2007
PRIMEIRA REUNIÃO
Imagem: Blue - Moby Dick, ca.1943, do pintor expressionista abstrato americano Jackson Pollock (1912-1956).
ILIMÍTROFE
Luiz Alberto Machado
Não sei bandeiras.
Não sei de divisas.
Só sei da carne
O olho
O gesto
E
O coração.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.
Veja mais Primeira Reunião. E mais: a Confraternização Tataritaritatá e os clipes na Agenda.
REVISTA NÓS
Site da Revista Nós, uma publicação eletrônica cultural e literária, editada por Marco Polo Haickel, com uma série de novidades, dentre elas o Boletim Informativo Livros & Cultura, publicado pela Thesaurus Editora de Brasília e mais: Bolsa Funarte de Literatura, Biblioteca Nacional de Brasília faz festa com doação da Thesaurus Editora, * Alma de Guerreiro chega ao BOPE, dentre outras.
Veja mais no Guia de Poesia. E mais: a Confraternização Tataritaritatá e os clipes na Agenda!
quinta-feira, novembro 22, 2007
POIS É
O POIS É é o excelente jornaleco de opiniões e picuinhas editado pelo poeta Pedro Cabral Filho com participação da malta mundial que opina, zona, manga, critica, mete bronca, azucrina, se descabela, solta a franga, larga pilhérias, saracoteia, desce do tamanco, roda a baiana e, ainda por cima, dana-se a poetar e divulgar eventos culturais e artísticos das Alagoas. De uma coisa tenha certeza, se Alagoas tem algo de bom, com certeza uma delas é o Pois é. Digo e assevero, pois é! E vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!
Veja mais blogs no Guia de Poesia. E vem aí o REVEILLON TATARITARITATÁ!!!
segunda-feira, novembro 19, 2007
W. H. AUDEN
“Ser livre é com freqüência estar sozinho”.
Wystan Hugh Auden nasceu no dia 21 de fevereiro de 1907, em York, Inglaterra. Ingressou na Universidade de Oxford em 1925, onde mais tarde integrou um grupo de poetas. Sua preocupação inicial era com o papel do homem na sociedade quando tende a ser retórico e dialético, mas possuía aversão tanto ao fascismo como da filosofia de Marx, embora seja influenciado por este e por Freud, pois se manifestava um esquerdista cristão e anarquista, nutrindo desconfiança com relação aos políticos: “(...) O inimigo era, e ainda é, o político, isto é, a pessoa que quer organizar a vida dos outros e pô-los na linha. Sou capaz de reconhecê-lo instantaneamente, qualquer que seja o seu disfarce, de funcionário público, de bispo, de mestre-escola ou de membro de um partido político, e não posso topar com ele, por mais casual que seja o encontro, sem experimentar um sentimento de medo e de ódio”. Mais tarde tornou-se professor e a partir disso começou a focalizar sua poesia com um tom satírico com relação ao estilo de vida da burguesia inglesa e, ao mesmo tempo, a empatia de que dava mostras no retratá-la. Depois tornou-se roterista de cinema e casou-se por mera conveniência e por procuração com a filha do escritor Thomas Mann, a Érika Mann, com quem ele nunca viveu junto. Depois participa da Brigada Internacional combatendo na Espanha. Ao emigrar para os Estados Unidos, onde viveu quase 20 anos lecionando em faculdades e universidades, deixou-se dominar pelo espírito de religiosidade e passou a ser influenciado por Kierkegaard. Morou em Nova York onde manteve relações pessoais com Salvador Dali, Igor Stravinski, Edmundo Wilson, dentre outros. Auden adotou a ambigüidade religiosa tendo como principal característica a elegância e a riqueza inventiva da forma. Ele diz: “Tudo o que tenho é uma voz para desfazer o véu de romântica mentira”. E mais adiante: “(...) E o homem de hoje, através de seu sofrimento presente, ouve, longe ou perto, a mais velha de suas alegrias, o barulho da água, exatamente como foi um dia”.
No seu poema Lagos, dedicado a Isaiah Berlin, ele diz: “(...) Não é à toa que a cristandade só teve início realmente quando, torturada e alvo de prisões e grutas, seus pensativos chefes foram ao lago Ascaniano e inventaram, na praia infestada de cegonhas, a vida de Deus, tornando católica a figura de três pequenos peixes dispostos em triângulo”. Sobre esta temática ele escreveu o poema “A questão”:
Todos nós acreditamos ter nascido de uma virgem
(pois quem pode imaginar os seus pais a copular?)
e casos há conhecidos de virgens que engravidaram.
Mas permanece a questão:
De onde Cristo recebeu cromossomo extra?
O que encontramos em Auden é o que ele mesmo explicita acerca da poesia: “Toda poesia genuína é, em certo sentido, a formação de esferas privadas a partir de um caos público”. E segundo José Paulo Paes, “Para Auden, a poesia não nos possibilita fugir da vida mas concede-nos uma breve pausa de nossos problemas imediatos, dá refrigério aos espíritos cansados e relaxamento aos nervos tensos. À medida que vou ficando mais velho e os tempos mais sombrios e mais dificies, é para poetas como Horácio e Pope que me volto cada vez mais em busca do refúgio de que careço”. Assim, a obra poética audenesca tem, para Allan Rodway, a função de “(...) erguer-se acima do mundano, brincar com as palavras, entreter, e, sem pompas nem sermões, elevar os corações, as mentes e o ânimo dos seus leitores”. É como o próprio Auden diz no seu “Dos poemas breves”: “A esperança de um poeta: ser , como os queijos de certos vales, local, mas estimado alhures”. E como diz João Moura Júnior: “(...) Se sobressai no Auden de então o poeta público – fruto do período histórico particularmente conturbado que se estava vivendo – esse não deixa de incorporar a experiência privada. Se, por outro lado, é esta quem parece tomar as rédeas do poema a partir dos anos 40, isto ocorre sem que jamais seja posto de lado um certo registro adquirido na poesia pública. Daí a caracterica marcante desse poeta: uma dicção nobre, sofisticada, mas que nunca perde de vista o leitor”. Exemplo disso é constatado no seu poema “História de Detetive”, numa tradução de José Paulo Paes:
Quem jamais deixou de ter a sua paisagem,
A rua torta da aldeia, a casa em meio às árvores, tudo perto da igreja?
Ou então taciturna casa de cidade, a de colunas coríntias,
Ou então o pequeno apartamento proletário, mesmo assim
Um centro, um lar, em que aquelas duas ou três coisas
Que a um homem podem ocorrer, vão ocorrer de fato.
Quem não pode traçar o mapa de sua própria vida,
Sombrear a pequena estação onde se encontra com a amada
E diz-lhe adeus continuamente, assinalar o ponto onde foi primeiramente
Descoberto o cadáver da felicidade? Uma vagabunda ignota? Uma ricaça?
Uma coisa enigmática, sempre, com um passado bem sepulto: e quando a verdade, a verdade a respeito da felicidade nossa vem à luz, o quanto não devia ela à chantagem e aos namoricos. O que vem depois é o de costume.
De acordo com o plano: o conflito entre o bom senso distrital e a intuição, esse amador exasperante que sempre chega ao local por acaso antes de nós.
Tudo conforme ao plano, quer as mentiras, quer a confissão, até a emocionante caçada final, e a morte. Todavia, na derradeira página, uma dúvida insistente: e o veredicto, foi justo? Os nervos do juiz, aquela pista, os protestos da assistência, e o nosso próprio sorriso... ora, pois sim....
Mas o tempo é o culpado sempre. Alguém tem de pagar pela morte da felicidade, a nossa própria felicidade.
E no seu soneto Palavras, traduzido por João Moura Júnior:
Nasce um mundo da frase pronunciada
Onde tudo acontece tal e qual;
Na palavra a palavra está empenhada:
À fala, não ao falante, dá-se o aval.
Clara seja a sintaxe, e mais: que nada
Mude ao tema seu fluxo natural
Nem troque os tempos por amor à toada
Pois há tristes versões de pastoral.
Para que um blábláblá interminável
Se os fatos são nossa melhor ficção?
Antes o verbo facilmente achável
Do que da rima a falsa encantação,
Qual dança de zagais mima o insondável
Cavaleiro a vagar na solidão.
Os seus Versos de pé quebrado por um cidadão de prol, dedicado a Roberto Lederer e traduzido por José Paulo Paes traz:
A nossa Terra em 1969 não é planeta que de meu faça jus ao nome:
Vale dizer, um mundo que me dê sustância para manter o caos a uma certa distância.
As paisagens e climas do meu éden são construções eduardianas que procedem do tempo em que banheiros ocupavam largo espaço e se dizia uma ação de Graças antes do repasto.
O automóvel, tanto quanto o aeroplano, são úteis engenhocas, mas de caráter profano; a engenharia com que eu sonho move-se por energia hidráulica ou então vapor.
O raciocínio me inculca a aprovação da lâmpada elétrica, por que careço de afeição. Luz mais digna, a meu ver, de ser reverenciada, é um bico de gás no patamar da escada.
Os fantasmas da família combati e derrotei, mas dos seus valores jamais eu duvidei: achava-lhes a ética do trabalho, protestante, a um só tempo simpática e atuante.
Quando os casais tocavam e cantavam a duas vozes ter dúvidas era pecado, um dos mais atrozes. No que me diz respeito, até o dia derradeiro continuarei a comprar só a dinheiro.
Nosso Livro da Prece Comum sempre foi o de 1662: segundo ele, os sermões merecem gabo e as reformas litúrgicas são o diabo.
O sexo era decerto – e continua a ser – mistério dos mais atraentes, e de surpreender, mas a banca de revistas outrora não supria tal maniquéia pornografia.
A palestra era então arte de tão bom gosto quanto aprender a não soltar peido ou arroto. Qual o pior, que deles Deus nos livre: o anti-romance ou o verso livre?
Doutores da universidade não imito que vivem a escalpelar símbolo e mito: tenho-me por homem de letras e no rol dos que escrevem, ou esperam escrever, para um público de escol.
De permissividade ousa alguém acusar um sucesso escolar? Mais são as classes freqüentadas por mim, onde se estudavam o grego e o latim.
Conquanto eu não ache o termo legal se há de fato um hiato geracional, de quem a culpa? De velhos e rapazes que de aprender a língua-mãe sequer são capazes.
Mas amor, pelo menos, não é um estado d´alma em vogue nem tampouco já antiquado, e tenho amigos leais, reconheço-o de boa mente com quem converso e janto ocasionalmente.
Ei – que besteira! – um alienado? Pois como cidadão juramentado declaro que me sinto muitíssimo à vontade quanto tenho de me avir com a realidade.
As suas obras publicadas de Poesia: Poems (1930) The Orators prose and verse (1932) Look, Stranger! in America: On This Island (1936) Spain (1937) Another Time (1940) The Double Man (1941) The Quest (1941) For the Time Being (1944) The Sea and the Mirror (1944) Collected Poetry (1945) The Age of Anxiety: A Baroque Eclogue (1947) Collected Shorter Poems 1930-1944 (1950) Nones (1952) The Shield of Achilles (1955) The Old Man's Road (1956) Selected Poetry (1956) Homage to Clio (1960) About the House About the House (1965) Collected Shorter Poems 1927-1957 (1966) Collected Longer Poems (1968) City without Walls (1969) Academic Graffiti (1971) Epistle to a Godson (1972) Thank You, Fog: Last Poems (1974) Selected Poems (1979) Collected Poems (1991). De Prosa: Letters from Iceland (1937) com L. MacNiece.Journey to a War (1939) com Isherwood. Enchaféd Flood (1950) The Dyer's Hand (1962) Selected Essays (1964) Forewords and Afterwords (1973) Antologia: Selected Poems, por Gunnar Ekelöf (1972) Drama: Paid On Both Sides (1928) The Dance of Death (1933) The Dog Beneath the Skin: or, Where is Francis? (1935) com Isherwood.The Ascent of F.6 (1936) com C. Isherwood. On the Frontier (1938).
Auden faleceu a 29 de setembro de 1973, na Áustria.
AUDEN, W. H. Poemas. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
Veja mais W. H. Auden. E também o Guia de Poesia.
sexta-feira, novembro 16, 2007
PRIMEIRA REUNIÃO
Imagem: Galarina, 1944-45 (Fundacio Gala-Salvador Dali, Figueras, Spain) do pintor e escultor surrealista espanhol Salvador Dali (1904-1989).
MEU SONHO DE MARIA
Luiz Alberto Machado
Eu amei Maria
Resolutamente amei
Teimosamente amei
A voz
O gesto
A respiração
A vida
O seu mais manso jeito de menina
A sua cor
A sua timidez.
Ah, como amei
Aquele olhar na busca do horizonte
Aquela fatigada mania de que tudo ia dar certo
- Uma paciência perfeita do mundo!
Eu amei Maria
A Maria dos meus sonhos de carnavais
A do casamento de Brown
A da loucura de Sábato
A Maria Maria
A da noite e a do dia.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.
Veja mais Primeira Reunião acessando:
ESPERA
PALMARES
EXCELENÇA
quarta-feira, novembro 14, 2007
OLGA SAVARY
A poeta, escritora, jornalista, contista, romancista, crítica, tradutora e ensaísta paraense, Olga Savary, hoje radicada no Rio de Janeiro, já foi agraciada com vários dos principais prêmios nacionais de literatura, entre eles o Prêmio Jabuti de Autor Revelação, pelo livro Espelho Provisório, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (1971), o Prêmio de Poesia, pelo livro Sumidouro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (1977), e o Prêmio Artur de Sales de Poesia, concedido pela Academia de Letras da Bahia pelo livro Berço Esplêndido (1987).Traduziu mais de 40 obras de mestres hispano-americanos e os mestres japoneses do hai-kai. Foi ela a primeira mulher a lançar um livro inteiro de poesias eróticas. É autora, dentre outros livros, Espelho Provisório (poemas) 1970, Sumidouro (poemas) – 1977, Altaonda (poemas) 1979, Magma (poemas)1982, Natureza Viva (poemas) 1982, Hai-ais (poemas) 1986, Linha d'água (poemas) 1987, Berço Esplendido (poemas) – 1987, Retratos (poemas) 1989, Rudá (poemas) 1994, Éden Hades (poemas) 1994, Morte de poema (poemas) -1996, Anima Animalis (poemas) – 1996, O Olhar Dourado do Abismo contos) 1997, e Repertório Selvagem (poesia reunida) 1998.
Em 1999 recebo a singela correspondência escaneada acima onde ela fala do seu Repertório Selvagem – Obra Poética Reunida: 12 livros de Poesia, enviando os poemas abaixo.
LIMITE
Ausente e lassa, queria
Estar pisando
A areia fina de Arraial do Cabo
A areia grossa de Amaralina
Em Goiás Velho urdir a tarde
Com Bernardo Élis e Cora Coralinda,
Fareja
Cheiro de candeia por toda Ouro Preto...
Mas estou presa às molduras
De todos os meus retratos.
RESUMO
Palavras, antes esquecê-las,
Lambendo todo o sal do mar
Numa única pedra.
UM DIA, OSSOS
A manhã trouxe surpresa de ossos
Guardados em gavetas
Ou organizados atrás de opalescentes,
Dourados vidros,
No corredor propício ao mistério.
Então é o susto nos olhos
E o medo nas mãos inábeis
Tocando toda essa precária matéria
Antiga e clara
E tirando no toque o som de uma música
Escondida
Nessa antiquíssima,
Milenar memória.
HORA DO RECREIO
Comer, quero comer
O bicho de tres patas:
Roê-lo até o osso.
CANTIGA DE RODA PARA ADULTOS
Anel de fogo para teu dedo sou.
Adinhem que anel
E qual o dedo.
DESCOBERTA
Digamos que só
Heráldica é o mar.
Vassalagem o resto.
PÁSSARO
A noite nãoé tua
Mas nos dias
- curtos demais para o vôo –
amadureces como um fruto.
Tuas asas seguem as estações.
É tua a curvatura da terra.
Do seu livro Hai Kais, reunindo os 36 anos (1950-1986) de poesia, onde ela introduziu uma inovação: acrescentou um verso a mais, feito uma coda, um arremate, ou como ela mesma diz na introdução do livro: “(...) por assim dizer, como se faz em música”. Dela diz Gerardo de Mello Mourão: “(...) os hai-kais dessa amirável poeta que é Olga Savary. Ela gaurda, com mestria maior, aquilo que os haikaistas definem como a virtualidade poética típica do hai-kai: - o conhecimento lírico que nos situa como ´num fio de navalha, entre o diáfano e o espesso`. (...) o contraponto do hai-kai brasileiro de Olga Savary, que guarda a inuberância – para usar uma palavra rilkeana – do cânon milenar de dezessete pés métricos. Cada um caindo sobre nós, lapidado como um cristal, mas também vivo como uma gota de orvalho, na brevidade de sua expressão. Como uma gota de poesia”. Deste livro, destaco:
NUA E CRUA
Não tendo pra onde voltar é que me largo pra rua,
Eu que seria leito de rio, leito de mar, maré,
Sem porto ou barco, peixe fora d´água, pássaro no vôo
Mas quede a asa?
NOME
Eu disse o nome do amor muito sem cuidado.
Disse o nome do amor quase por acaso.
Disse o nome do amor como por engano. Ainda assim
Meu corpo ficou cheio como umrio, da terra o coração habitando.
GEMINIANA
Esta quase sempre correu, fugiu da armadilha,
De ser prendida descobre o encanto. Amor
Que faz desta que sendo caça é caçador
E ama de maneira clara porque pertence aos ares.
AMURUPÉ
Ao mar, ao mar – diz o velame à nave que o conduz
E à confundida cabeça geminiana: eu não te amo
Amo só o prazer que tu me dás.
NOME
E este amor doido,
Amor de fera ferida,
É esse amor, meu amor,
O proprio nome da vida
PÁSSARO
A noite não é tua mas nos dias – curtos demais para o vôo –
Amadureces como um fruto. Tuas asas seguem as estações.
É tua a curvatura da terra.
CERNE
Nada a ver com fonte mas com a sede
Nada a ver com repasto mas com a fome
Nada a ver com plantio mas com a semente.
O DESEJO ABSOLUTO
Criar o amado
Sem a injustiça da forma
Sem o egoísmo do nome.
ENQUANTO
Sou inconstante como o vento
Sou inconstante como a vaga
Porisso fica enquanto estou desvelada
Enquanto eu não for vento ou vaga.
SAVARY, Olga. Hai Kais. São Paulo: Roswitha Kempf, 1986.
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IGUACINE
O 1º Festival de Cinema da Cidade de Nova Iguaçu acontece de 6 a 15 de março do próximo ano. O Festival é realizado pela Escola Livre de Cinema, com o patrocínio da Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu, e será o primeiro festival audiovisual sediado na Baixada Fluminense. O Festival será anual, com mostras nacionais de curtas e longas-metragens, realizados em quaisquer formatos. Nesta primeira edição, os filmes de longa-metragem serão convidados e os curtas selecionados a partir de inscrição prévia. A mostra "Filme de um homem só" exibirá filmes nos quais apenas uma pessoa passa por todos os processos de produção e realização, indo da criação até a finalização. Para inscrever-se basta acessar o endereço www.reperiferia.com.br. Até o dia 31 de dezembro. Informações: iguacine.producao@gmail.com/ gabcampos2@gmail.com
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terça-feira, novembro 13, 2007
A VOZ DO ESCRITOR
A VOZ DO ESCRITOR - Publicação da União Brasileira de Escritores – seccional de Pernambuco - UBE-PE, fundada em 17 de janeiro de 1978, em memorável campanha liderada pelo escritor Paulo Cavalcanti, seu primeiro presidente. A publicação traz eventos, efemérides e dicas imperdíveis.
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CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES
Clevane Pessoa de Araújo Lopes é poeta, escritora, psicóloga, ilustradora, conferencista e consultora nordestina radicada em Minas Gerais, premiada em concursos nacionais e do do exterior. Trabalhou ativamente na imprensa de Juiz de Fora-MG, foi editora de Literatura e Arte do tablóide de vanguarda Urgente, dentre outros. Atualmente, é psicóloga, ilustradora e oficineira de Poesia e Conto. Tem quatro livros de poesias publicados, é consultora de teatro, revisora de textos e roteirista de peças teatrais. É Cônsul Zona Central de Belo Horizonte, da entidade Internacional “Poetas del Mundo”, integrante a REBRA - Rede Brasileira de Escritoras, é patrono da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, pertence à Academia Virtual Brasileira de Letras. Agora recebe distinção do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, o Colar de Mérito, em Cerimônia na Câmara Municipal de Belo Horizonte, dia 20 de Novembro de 2007, às 15 horas. Essa distinção representa o reconhecimento de Belo Horizonte ao trabalho valioso de Clevane Pessoa, poeta, psicóloga, jornalista, em prol da Cultura de Minas Gerais. Após a solenidade haverá encontro de escritores e sarau no restaurante Dona Preta. Participação do poeta Cláudio Márcio Barbosa, de Silva Araújo Mota - presidente do Clube Brasileiro de Língua Portuguesa, de Marília Siqueira - coordenadora do Clube de Escritores de Ipatinga e dos poetas Aldravistas Andréia Donadon Leal, Gabriel Bicalho, J. B. Donadon-Leal e J. S. Ferreira. Detalhes no Jornal Aldrava Cultural.
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segunda-feira, novembro 12, 2007
BOTECO DO TULIPIO
BOTECO DO TULIPIO - É o site da revista editada por Eduardo Rodrigues, que escreve os textos, e por Paulo Stocker que faz os traços. Ela possui 24 páginas, em formato de bolso com fotos, cartuns, animação, charges e muito mais, numa tiragem de 15.000 exemplares distribuídos gratuitamente em bares de São Paulo e Rio de Janeiro. É uma publicação de cartuns que apresenta os resultados da análise perspicaz que o personagem Tulipio retira do rico ambiente boêmio. Tulípio é um intelectual quarentão que vive nos botecos da cidade tomando umas e comendo outras, observando o comportamento humano neste tipo de ambiente, destilando sua filosofia e a proferindo para mulheres, ex-mulheres, amigos, desconhecidos, garçons, garçonetes e, muitas vezes, para ele próprio.
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MARCELLA TERRA
Excelente site da jovem artista plástica, fotógrafa e escultora mineira Marcella Viglioni Terra, formada em Artes Plásticas pela Escola Guignard da Universidade Estadual de Minas Gerais-UEMG, em Belo Horizonte, especializando-se em Fotografia e Escultura. Lá o visitante terá uma idéia do seu trabalho pictórico, fotográfico e escultural. Imperdível.
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terça-feira, novembro 06, 2007
LENA JESUS PONTE: ÁVIDA PALAVRA
”Entregue à alegra, eu beijo a boca do dia. A alma está no cio”.
A poeta e professora capixaba Lena Jesus Ponte lançou recentemente o seu livro “Ávida Palavra”, pela Editoração. Ela tem realizado a Oficina da Palavra Luiz Simões Jesus e a Oficina de Haicai Luís Antônio Pimentel e, também, ministrando aulas particulares de redação além de trabalhar como revisora. Tendo colaborado com artigos e crônicas em diversas publicações, teve seus poemas incluídos na "Poesia Sempre", da Fundação Biblioteca Nacional, e na "Revista Brasileira", da Academia Brasileira de Letras. Ela é integrante da "Antologia de Escritoras Capixabas", organizada pelo professor Francisco Aurélio Ribeiro, da Universidade Federal do Espírito Santo, dentre outras coletâneas. Ela é autora dos livros "Meu mundo", "Revelação", "O corpo da poesia", "Estações interiores - haicais", "Paçoca: a foca que sonhava em ser poeta" e "Na trança do tempo - haicais".
Sobre o Ávida Palavra, o poeta Ayrton Pereira da Silva diz: “Permeada de um vago sabor nostalgico, que afinal vem a ser um legado dos poetas, a lira de Lena Jesus Ponte cambia de tons e ritmos, desvelando um caleidoscópio de imagens sob cujo espectro se abrigam seus sonhos, perplexidades e assombros (...)Ora permeada de lirismo, ora de desataviado realismo, a poesia de Lena revisita por vezes o inefável ou se detém no duros instantâneos de uma urbe conturbada, presente e passado, justapondo-se porque por ambos o futuro é construído. (...) A poesia de Lena tem muitas vozes que, multíssonas, amadureceram sua dicção mais completa e consumada na diversidade dos ritmos que percorre, transmigrando, sem perda de substância, da disciplina estreita dos haicais ao cantabile das redondilhas; do cânone severo dos sonetos ao horizonte aberto dos versos livres”. É exatamente isso que ocorre nas três partes do livro: Canto a céu aberto, canto em gaiolas e canto em galhos de árvore. Para se ter idéia, na primeira parte “Canto a céu aberto”, ela traz, dentre outros, o belíssimo “No solar de Mateus”: “Nua e linda e fria de uma pele de pedra e coração sem mágoa nem passado nem futuro nem presente deita eterna ternamente estátua mulher despida de histórias e de carne em lençol de água”. Na segunda parte, “Canto em Gaiolas”, ela traz, entre belíssimos sonetos, este “Felinamente”:
“Lânguida, a tarde estica o dorso, se espreguiça,
lambe o pêlo do tempo em acurado zelo.
O veludo das horas, cada vez mais belo,
Limpo se faz da angustia que a premência atiça.
Espelho dessa paz, um gato ao sol descansa.
A existência é o agora pleno de um bocejo...
Não pensa no futuro, livre de desejos.
Não busca nada além do que a visão alcança.
Também farta de apelos, sonhos e cobranças,
Das voltas ao passado, fugas do presente,
Corridas sem destino pro momento adiante,
Se entrega minha mente à paz das horas mansas
Dessa tarde felina. E então, felina mente
Repousa e lambe a tarde sob o sol radiante”.
E na terceira parte “Canto em galhos de árvore”, traz uma série de haicais, destacando:
“Entregam-se ao sol
as marias-sem-vergonha
sem medo de escândalo".
Nada mais a dizer que aplaudir efusivamente a obra magistral de Lena Jesus Pontes. E convido, você leitor ou leitora, a conhecer: Ávida palavra. Vai ser uma ótima viagem, eu garanto. Veja mais Lena Jesus Ponte. E também no Guia de Poesia.
PONTE, Lena Jesus. Ávida Palavra. Rio de Janeiro: Editoração, 2007.
segunda-feira, novembro 05, 2007
EDNALVA TAVARES
Virtudes inatas, de Ednalva Tavares, na Biblioteca Nacional Ednalva Tavares fará uma sessão de autógrafos do seu mais recente livro, Virtudes inatas, no próximo dia 6 de novembro, terça-feira, das 17 às 19 horas, no Espaço Eliseu Visconti, localizado na Rua México, s/n, centro, Rio de Janeiro, RJ, com acesso pelo jardim da Biblioteca Nacional. A obra reúne uma seleção de reflexões poéticas da autora, Ednalva Tavares, e é mais um lançamento da BOOKLINK PUBLICAÇÕES (www.booklink.com.br). A autora é bibliotecária e exerceu várias atividades, entre elas, produtora, divulgadora de teatro e cinema. Também foi fotógrafa, e teve como orientador o mestre José Medeiros, o "poeta da luz". Esse é o terceiro livro de Ednalva Tavares, que já publicou Doces palavras (1998) e Cintilações (2003), agora relançado pela BOOKLINK. De acordo com o escritor José Louzeiro, em sua apresentação, o livro é o reflexo do universo de sonhos da autora, ao mesmo tempo em que funciona como filtro através do qual a poeta resgata a mais dura realidade. O livro Cintilações reúne poemas com reflexões filosóficas de amor, paz e esperança, e, de acordo com o poeta Ildásio Tavares, "a autora preferiu fazer sua palavra tremeluzir no reino da sutileza e do despojamento".
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PROJETO VIDRAGUAS
O Projeto Vidraguas é um trabalho desenvolvido por Carmen Silvia Presotto e Ricardo Hegenbart que possibilitam o estudo e a organização de Poemas, Contos, Novelas – escritos – para que saiam das gavetas e ganhem corpo escritural para serem publicados. Objetiva reunir o foco escritural de textos engavetados, trabalhando-os tematicamente nos campos semântico, fonético e estilístico; oportunizar um tratamento personalizado, unindo criatividade com espírito individual da escritura que se apresenta; elaborar uma conversa com os versos entre si, estruturando escuta, leitura em diálogo e o trabalho ligado ao desejo de ser publicado. Info: http://www.vidraguas.com.br/wordpress/
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GRAÇA GRAÚNA
Escritura ferida
Atiram mil pedras
na charneca em flor.
Ossos do ofício:
no mais fundo do poço
retirar o poema
encharcado de mágoas
TEAR DA PALAVRA, poemas de Graça Graúna. Dia do sarau: 07/11/07, às 19:00h, no salão de recepções do Mosteiro de São Bento, em Garanhuns; próximo a Praça Guadalajara. Sarau organizado pelo 8º período de Letras/UPE. Contato: (87) 3761-1592. Graça Graúna é o pseudônimo da escritora Maria das Graças Ferreira. Ela é potiguar de São José do Campestre (RN). Professora universitária formada em Letras pela UFPE, defendeu em 1991 a sua tese de Mestrado sobre mitos indígenas e, atualmente, é doutoranda em Teoria da Literatura/UFPE. É pesquisadora e membro do Núcleo de Estudos Indigenistas da UFPE, além de secretária Geral do NEC - Núcleo de Estudos Canadenses da UFPE. Colabora em jornais e revistas do Brasil e do exterior. É idealizadora do NEST – Núcleo de Estudos de Expressão Portuguesa na Faculdade de Formação de Professores de Nazaré da Mata - UPE – Universidadede Pernambuco.
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sexta-feira, novembro 02, 2007
PRIMEIRA REUNIÃO
Imagem: Study for the Human Body, 1949, do pintor expressionista irlandês/ingles Francis Bacon (1909-1992).
ESPERA
Luiz Alberto Machado
A vida levando, sombria esperança.
Os dias tato tontos servindo estranheza.
A utopia de ser existente.
O fácil vazio que só arrefece em praça tolhida,
Em ser condução:
Esperando Pinheiros no Largo da Paz.
Eu não sei agonia se espero amanhã.
O fato existe em não ser amanhã.
Sem tempo presente, imediato, um átimo sensível
De não se expressar.
Eu não sei ironia se já anoitece.
Se bem que meu peito nem amanhecia.
A pedra está por todos os lugares.
E a solidão de um banco de praça
É fruto do ermo em sensação.
E reveste meu corpo em chuva fininha
Que aglutina e já é temporal
Sequer o ônibus Pinheiros, sequer,
Apontou no Eldorado.
Minha praça vazia, meu coração.
Todos os outros pegaram seu rumo
E esqueceram a poeira no cansaço marcado.
Já não posso molhar meu corpo na chuva.
Nele só cabe o mormaço da vida.
Esperando Pinheiros no Largo da Paz.
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.
Veja mais Primeira Reunião acessando:
PRIMEIRA REUNIÃO
MINHA VOZ
VIDA VERDE VIVA
TATARITARITATÁ
O SOLTADOR DE PÁSSAROS
NATUREZA MORTA, NATUREZA VIVA
terça-feira, outubro 30, 2007
A NOIVA DA REVOLUÇÃO
“A NOIVA DA REVOLUÇÃO” O romance histórico “A Noiva da Revolução” vai ser lançado em Palmares no dia 06 de novembro. O evento faz parte do projeto “Revolução no Interior” que tem por objetivo estender pelo Estado o debate sobre uma das mais importantes insurreições brasileiras, ocorrida em Pernambuco, que completa 190 anos e se acha quase inteiramente esquecida. O lançamento acontecerá na Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul (FAMASUL). Às 19h30 o autor, jornalista Paulo Santos de Oliveira, proferirá palestra sobre a República Pernambucana de 1817 e às 20h30 participa da sessão de autógrafos.
Sobre o autor Paulo Santos de Oliveira é jornalista e recifense da safra de 1952. Foi cartunista nos anos 70, publicando na Folha de São Paulo, em revistas da Editora Abril e no Jornal do Brasil. Em Pernambuco, trabalhou em vários jornais e foi correspondente das publicações da "imprensa alternativa" Movimento e Em Tempo. Na década de 80 coordenou a ECOS - Equipe de Comunicação Sindical, organização de assessoria aos movimentos sindical e popular. Nos anos 90 criou a Estado da Arte e a Plug Multimídia, empresas de assessoria em comunicação e desenvolvimento de software educativo. A Noiva da Revolução é o seu primeiro romance.
Serviço: “A Noiva da Revolução” chega em Palmares. Lançamento da 2ª edição. Data: terça-feira, dia 06/11. Horário: às 19h30 Local: Faculdade de Formação da Mata Sul (FAMASUL) Endereço: BR 101 sul, km 117, Campus Universitário, Palmares/ PE. Programação: 19h30 – Palestra do autor sobre a Revolução Pernambucana de 1817 20h30 – Sessão de autógrafos Contatos: Paulo Santos de Oliveira, autor do livro “A Noiva da Revolução”. Fones: (81) 3341.0855/ 9125.5605. ps@anoivadarevolucao.com.br Andréa Mota, produtora executiva Fones: (81) 3327.5657/9996.0142 amo@hotlink.com.br http://www.anoivadarevolucao.com.br Cristhiane Cordeiro, assessoria de Imprensa. Fones: (81) 9661.7386/ 3445.6243. vpress@nlink.com.br
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