quarta-feira, fevereiro 16, 2011
CAMPANHA TODO DIA É DIA DA MULHER: REGINA OLIVEIRA
REGINA OLIVEIRA – Regina Célia de Oliveira nasceu a 09 de agosto de 1964, no Município de Franco da Rocha, São Paulo, filha de Indalécio de Oliveira e Ernestina Ferrari. Aos quatro anos, com a morte da mãe, foi morar com os avós paternos, Arthur de Oliveira e dona Sylvina Batista de Oliveira, em Votuporanga , interior de São Paulo, onde aprendeu as primeiras letras do alfabeto, o que muito contribuiu para aguçar seu gosto pelas letras e pela leitura. Aos seis anos veio morar em Perus, ingressando , um ano depois, na Escola Estadual de Primeiro Grau Dona Susana de Campos e, nessa época ganhou de seu pai, o primeiro livro, um conto infantil - O Gato de Botas. Nesse período passou a frequentar a Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, tornando-se asssim, uma "devoradora" de leitura. Começou a escrever seus poemas aos doze anos, influenciada pela poetisa Dinah Nascimento e, por Machado de Assis, um de seus autores favoritos e, incentivada pela Dona Cidinha, uma de suas professoras. Aos vinte anos casou-se e teve uma filha - Giovanna. Funcionária da Prefeitura Municipal de São Paulo desde 1992 trabalhou na Biblioteca Municipal Érico Veríssimo, na Parada de Taipas e, posteriormente, na Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, em Perus. Foi membro do extinto Fórum de Cultura Perus-Anhanguera.
Em 2006, foi convidada por Marcos José Santana, Supervisor de Cultura da Subprefeitura de Perus à assessorá-lo, implantando juntos, o Programa de Ação Cultural da Subprefeitura Perus aglutinando em Eventos Culturais uma grande parte da produção cultural local. Depois do fim de seu casamento , em 2007, formou-se em Biblioteconomia e Ciência da Informação, pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 2008.
Em 2009 foi convidada à participar do Projeto do livro Antologia Poética - POEMAS 2, por Renata De Matos, poetisa e editora, juntamente com outros autores.
Em 2010 lançou o livro - Coração Inquieto - também pela Editora D'Mattos, participou de Oficinas literárias no CEU Anhanguera, enveredando também pela área da dramaturgia e interpretação para o teatro. É amante da natureza, é instrutora de yoga. Sua verdadeira paixão é escrever. Ela reúne seus textos no Recanto das Letras e possui perfil nas comunidades Clube Caiubi de Compositores e no TVS Brasil.
ENTREVISTA: REGINA OLIVEIRA
LAM - Regina, vamos para a pergunta de praxe: como e quando ocorreu sua descoberta pela Literatura?
Não me lembro bem de quando me apaixonei por literatura, tenho a impressão de que já nasci com ela no sangue.
LAM - Quais as infuências da infância e adolescência que determinaram sua opção pela Literatura?
Bem, na infância meu avô que me ensinou as primeiras letras, ele foi jornalista e também escrevia; meu pai, que deu-me um livro de presente quando eu tinha sete anos; minha irmã, Rita, que sempre nos incentivou a ler e estudar; na escola, minha professora da quarta-série, Dona Cidinha, adorava minhas redações ; eu era "rato" de biblioteca e Dinah Nascimento, poetisa e Machado de Assis, escritor; na oitava série tive uma professora que me incentivava muito a escrever, Dona Maria Lúcia.
LAM - Que memórias você guarda no seu trabalho literário de Franco da Rocha?
Morei um tempo com meus padrinhos e lembro do engenho. Ele tinha um alambique e nós, eu e os filhos deles, brincavamos muito. Eu devia ter uns cinco pra seis anos, tenho. Poucas lembranças dessa época. Vivi em muitos lugares, por isso não criei raízes, talvez.
LAM - Você começou a escrever aos 12 anos de idade e em 2010 publicou o livro "Coração Inquieto". Fala pra gente dessa trajetória até chegar na criação e receptividade do público dessa publicação.
Aos doze anos escrevi um diário de poesias, escrevia todos os dias cartas, poemas, redações não guardo material desse período pois o meu diário desapareceu. Continuei escrevendo mas sem a pretenção de publicar, era muito menina para pensar nisso. Nunca parei de escrever, mesmo depois de casada escrevia meus poemas e textos e, arriscava alguns contos. Fui juntando cadernos e cadernos de poesias. Passou o tempo, nasceu Gi, minha filha e...roda roda a roda da história...separei-me em 2007 e, parei de escrever por um tempo. A vontade de publicar o livro surgiu da necessidade de movimentar meus pensamentos para não "pirar", foi quando a Renata , da Editora D'Mattos convidou-me para participar do projeto de POEMAS 2, em 2009, daí, para o Coração Inquieto foi um pulinho. Um amigo me disse que eu devia publicar minhas memórias, á princípio exitei, mas...acabou nascendo em 2010... Coração Inquieto. Muitos amigos apreciaram minha criação e alguns leitores que adquiriram meu livro, no lançamento, tem dado retorno positivo.
LAM - Você tem formação em Biblioteconomia e Ciência da Computação. O que levou a optar por essa profissão?
É...Biblioteconomia e Ciência da Informação...e, bem, foi uma opção mais do meu marido, na época, do que minha. Eu já trabalhava na Biblioteca, conhecia alguns macetes dos serviços prestados, e foi um curso interessante para alguém que não tinha grandes projetos e, achava que ia ficar casada "até que a morte os separe." Gosto de Biblioteconomia , mas não faria essa faculdade se tivesse seguido os meus instintos, teria feito artes.
LAM - Ser bibliotecária contribuu para sua formação literária? A seu ver, qual o papel da bibliotecária para promoção do hábito da leitura?
Como disse, a literatura está no meu sangue e nunca planejei ser bliotecária. A meu ver o papel do profissional Bibliotecário dentro da formação de público para leitura, é o mesmo papel do professor ou do educador social, do escritor ou dor agentes formadores de opinião, ou seja, utilizar a palavra como uma ferramenta para formar cidadãos críticos e conscientes de sua capacidade de criar, independente de suas crenças, opções, vontades e desejos. Se nós soubermos usar bem essa ferramenta, com certeza, teremos cumprido bem nossa missão.
LAM - Você participou do Forum de Cultura Perus-Anhanguera e também foi assessora de supervisão cultural. Fala pra gente dessa experiência.
Foi uma experiência libertadora... risos.
Bem, conheci pessoas fantásticas, como o Marcos Santana, Supervisor de Cultura, hoje, assumindo a Supervisão de Esportes aqui em Perus. Eramos o "Casal 20 da Cultura" como alguns diziam... despeitos à parte...risos; a Alice, que é presidente de uma Associação para pessoas deficientes, Poetas, Contistas, Palhaços, Atores, Músicos, Artistas plásticos, enfim. Fazíamos shows, palestras, feiras de arte, trazíamos teatro, música, dança. Descobri que em Perus e região, como em toda a periferia, a arte reverbera mas não prospera por falta de incentivo e de uma política cultural e social que contemple , de verdade, as necessidades do artista e da comunidade, em geral. Por mais que lutemos por isso e, olha que tem gente que ainda dá o sangue pra isso, tem sempre aqueles que querem promover-se politicamente e, aqueles que se "acostam" á politica para "mamar nas tetas" do governo, sem contar aqueles que criticam mas...nada fazem para mudar.
LAM - Você também tem atuado no teatro, cursando dramaturgia e interpretação. Como e quando se deu seu encontro com o teatro? Qual a contribuição do teatro para sua formação literária?
O teatro entrou na minha vida como um bálsamo curador, depois de um período de depressão. Sempre gostei de teatro. Fiz iniciação ao teatro em 2009, com o ator Rogério Fraulo e, o Curso de Direção com Simone Shuba, tudo pelo projeto Vocacional da Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo, no CEU PERUS, dando continuidade em 2010, com o ator Jonas Golfeto , da Cia Le Comediens. Literatura e o tetaro tem tudo a ver, eu penso. Hoje, com o estudo da Dramaturgia, consigo colocar mais força dramática nos meus textos, mais realidade com um toque de irreal, é muito complexo explicar. Sinto-me mais completa como escritora depois de enveredar nesse caminho incrível que é o teatro e o qual não pretendo abandonar. Esperem - Coração Inquieto - Contos, para entender melhor minha colocação.
LAM - Você é instrutora de yoga. Fala pra gente a respeito dessa sua intervenção.
Yoga é a união entre o Ser Real , o Meio Ambiente ( a mãe Terra) e o Universo que representa o SER MAIOR. O yoga é uma filosofia de vida, isso implica em muitas mudanças de hábitos e atitudes. Eu tenho alergia respiratória e comecei a praticar yoga a , mais ou menos, 09 anos, com a esperança de livrar-me dos malditos "corticóides". Estou bem melhor. O yoga é - de dentro para fora - são exercícios mentais que você reproduz para o corpo. Exige disciplina e vontade. É uma filosofia maravilhosa e quase curativa, uma vez que ela traz equilibrio orgânico mas isso leva tempo, ninguém deve substituir os cuidados de um bom médico. Eu , por exemplo , ando com a "bombinha" na bolsa. Se houver necessidade...uso. O yoga pode ser feito por qualquer pessoa ou idade desde que: a pessoa respeite os limites do seu próprio corpo, evitando fazer exercícios que lhe tragam desconforto provocando lesões. É importante que o praticante de Yoga tenha em mente suas limitações. Leia muito, aprenda com os grandes Mestres e tenha muitos pensamentos positivos, pratique o Amor Maior, respeite a vida num todo: a natureza, os animais, as pessoas, a terra, a água etc, e se puder, contrate um bom instrutor por causa dos exercícios físicos.
LAM - Quais os projetos que Regina Celia de Oliveira tem por perspectiva realizar?
Continuar amando demais, afinal sou leonina. Escrever e publicar mais livros e ampliar meus trabalhos com a literatura e o teatro. Casar, de verdade, quero um marido, alguém para dividir minhas "guimbas" enfim. Quero morar no litoral e caminhar na areia de mãos dadas com o meu Amor, debaixo de um céu de estrelas. Amo a calmaria como sinto-me instigada pela tempestade. Quero me dedicar a arte e ao ser humano. "ACREDITO NA ARTE VENCENDO OS CANHÕES."
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