ALMA
DE MULHER
Um
soluço se perde no ar
E eu
não sei de onde vem...
A
tristeza se projeta nas nuvens
Quando
a alegria surge de repente
Nos
raios do sol ou no brilho das estrelas...
Um
carinho imaginário,
Um
toque, um arrepio...
Uma
vontade de sorrir e cantar
Mas
o melhor a fazer é calar.
A
solidão bate à porta de mansinho
E as
ilusões se espalham e se escondem
Para
voltarem quando puderem.
E
nessa mistura de sentimentos
Uma
lágrima escorre pelos pensamentos
E eu
me pergunto: como entender?...
E a
resposta chega sorrateira:
-É
apenas uma alma de mulher!
BRINCANDO
COM VERSOS
Um
verso
Disperso
Na
calada da noite
Pensou
ser esperto
E
passou de mansinho
Caminhou
no meu leito
Bateu
forte no peito.
Invisível
aos olhos
Sorriu
para o coração
Que
na distração
Do
sonho acordado
Dormiu
nessas linhas
Que
fingem ser minhas.
Um
poema sem métrica
Sem
réplica se fez
Escorreu
pela alma
Em
forma de tintas
Colorindo
a madrugada
Que
foi enganada
Pelo
sono que não veio
Estando
em recreio
Com
os pingos da chuva
Que
uma nuvem esqueceu
No
telhado da imaginação!
HOMEM BONITO
Ah!...
Esse homem bonito
me deixa o coração aflito,
sequer pode imaginar
que seus olhos são luz
que ao paraíso conduz
esse louco sonhar...
Ah!...
Esse sorriso que encanta,
me fascina, me espanta
pela força que tem.
E todas essa energia
me traz paz e alegria
como jamais fez alguém.
Ah!...
Essa voz de veludo
é meu cais, é meu tudo.
No coração vou guardar
esses momentos tão doces
como se dona eu fosse
do seu modo de amAR.
HOMEM
É COMO VINHO
Homem
é como vinho: quanto mais
Maduro, melhor fica sua essência...
Algumas dizem: "Pra mim tanto faz!"
Mas não levam em conta a experiência.
Homem é como vinho... são tão sábios
Esses deuses em suas elegias...
Baco já acalentava tal presságio:
Que a bebida, em noites de boemia,
Regaria os canteiros dos poetas,
Embriagando as rimas tão incertas
Dos versos escondidos no luar.
Homens são como vinho... e se consomem...
Como resposta, o vinho leva os homens
À total embriaguez do verbo amar.
INQUIETUDE
Palavras tão inquietas que nascem
Do âmago de quem não esquece a dor
Que as desilusões há muito te trazem
Deixando a alma vazia... sem calor.
Horas inquietas vão roubar-te o sono
Que adormece nos braços da esperança
Deixam-te o coração nesse abandono
Como um castigo dado a uma criança.
Versos inquietos... rimas que se perdem
Nessa ânsia dos poetas que amanhecem
Buscando a simetria de um amor.
És senhor dos desejos que atormentam
Escravo dos carinhos que alimentam
O canteiro que espera nova flor.
LINHAS
DOS MEUS VERSOS
Olhei
ao meu redor e percebi
Que
não se deve ir longe procurar
Os
valores que há muito me esqueci
Estarem
tão pertinho a me buscar.
Busquei
as ilusões de um novo amor
Que
na estrada distante se perdeu
Olhei
ao meu redor, mas... quanta dor...
Estava
ali o amor que não morreu
Aguardando
o momento de uma volta
Superando
essa fase sem revolta
Mesmo
meu coração estando assim
Perdido
em sonhos que, agora dispersos,
Vivem
rondando as linhas dos meus versos
Me
deixando esquecida até de mim.
LONGE
Estás
longe... tão longe dos meus braços
Fora
do meu alcance... E os olhos meus
Prendem-se
numa imagem... nos teus traços...
Onde
será que encontro os sonhos teus?
Longe...
mas nem sabia que existias
E te
encontrei nas horas caprichosas
De
uma noite que me prometia
Brindar
às ilusões com verso e prosa.
Longe...
tão longe... do meu ser carente
Porém...
tão perto desse coração
Sofrido,
errante, mas muito contente
Por
te ter encontrado no caminho...
Já
não posso esconder minha emoção...
Sinto
não poder te dar meus carinhos...
NA
TOCA DOS LOBOS
Na
toca dos lobos, o sol se esconde...
A
lua reina, única majestade, testemunha do que as estrelas conversam...
Uivos
se misturam num clamor de desejos, sonhos, sentimentos...
O
tempo e o espaço se misturam, a natureza se confunde, a luz ainda está longe...
Bailo
ao som da música que vem da imensidão, me solto, me esqueço, me enriqueço nessa
elevação espiritual...
Você
não sabe nada de mim...
Também
não quero saber nada de você, porque sou única, sou só, sou eternidade...
Refaço-me
a cada segundo que o relógio consegue cronometrar, mas nada importa, o tempo
nada me impõe...
Amparo-me
nos braços da minha alma, gêmea, fiel, verdadeira...
Meus
comandos me fazem loba, soberana, dona de mim mesma, liberta das algemas que os
seres impõem a si mesmos...
Na
toca dos lobos meus segredos não se comparam às desilusões, porque no livro do
meu destino, as páginas perfuradas pelos insetos da falsidade foram
queimadas... meu diário não sente falta delas, porque sou livre, sou dona de
mim, sou alma, corpo e coração... sou loba que não teme a escuridão, porque a
luz se fez eternidade em minha existência...
Na
toca dos lobos...
Ah...
somente os lobos sabem...
MÚSICA
E POESIA
A
música e a poesia não admitem
Mentiras,
dissonâncias, falsidade...
São
as jóias preciosas que permitem
A
posse de um tesouro de verdade.
É
preciso o silêncio pra que nasça
A
música que tange a imensidão.
Sua
força tamanha nos abraça
Em
sintonia com o coração.
A inspiração,
arrimo da poesia
Encanta
o mundo sem a distinção
De
religião, idade, sexo e etnia.
A
música e a poesia são aliadas
Na
força de vencer a solidão...
Deus
as fez puramente eternizadas...
NAS
PROFUNDEZAS DO TEU OLHAR
Nas
profundezas desse teu olhar
Mergulho
sem ao menos te pedir
Que
me permita nele aconchegar
Pois,
de teus sonhos quero me vestir.
Nas
profundezas desse teu olhar
Eu
quero me esconder da solidão
Quem
sabe, de mãos dadas caminhar
Pra
que eu possa encontrar teu coração.
Nesse
teu olhar quero me perder
Bem
dentro do teu peito me esquecer
Me
aquecer no calor dos braços teus.
Esse
teu olhar... Deus, como é profundo!...
Abalou
a estrutura do meu mundo...
Tomou
conta de mim, dos versos meus!...
OLHANDO
ESTRELAS
Olhando
estrelas eu estava
Em
noite de sonho e imaginação
Ouvi
sorrisos de anjos cruzarem o céu
E me
deparei com Seus olhos
A
piscarem para mim
Brincando
de esconder nas nuvens pequenas
Que
viajavam tranqüilas nos mares do céu.
Percebi
então, que a lua zombava de mim
Porque
eu parecia uma criança
Saída
do berço do universo
Sendo
embalada preguiçosamente pelo vento
Que
cantava uma canção de amor.
Sorri
e senti vontade de tocar numa delas
Quando
uma caiu em meu peito
E me
fez sentir cócegas.
Acabamos
rindo da cena
E me
senti a “pequena princesa”
Cativando
a imensidão do céu.
Opa,
acho que esbarrei em alguém!
Pedi
desculpas e só pude sentir Sua mão
Tocando
o meu rosto quase assustado.
E
como palavras são desnecessárias no infinito
Compreendi
um sorriso acompanhado de bênção.
Senti
vontade de chorar de alegria
E
acabei dançando com as estrelas
E
com a lua zombeteira
Ao
ritmo pacífico do vento
E ao
embalo macio das nuvens.
Voltei
para a montanha onde estava...
Ali
não havia mais ninguém
E
mesmo assim, me senti protegida.
Acenei
para o alto e adormeci feliz
Pensando
que talvez
Eu
tenha conhecido Deus!
PÁSSARO
CEGO
Ah!...
Sucesso... Sois um pássaro cego!...
Que
abraças os aplausos dos meus sonhos...
Sois
a emoção, a glória a que me apego,
Resultado
de tudo o que componho.
Sois
cores, sois aplausos e sorrisos,
Espelhos
d’alma, muitas vibrações...
Teatro
da vida, sois o que preciso
Pra
que eu me vista inteiro das canções.
Ave
cega, abris essas cortinas,
Aos
olhos que vos sentem sem esforços...
Sois
o meu credo, sois minha doutrina,
Sois
de todos os pássaros a luz,
Sois
dos artistas voz que sem remorsos
Ecoa,
se eterniza e assim... seduz!...
QUANDO
OS SENTIMENTOS RONDAM (Ao som da música: When the feeling comes around – Robin
Lee)
Quando
os sentimentos rondam a gente
Ficamos
sem rumo e tão distraídos...
Um
sorriso brota e um ar de contente
Nos
deixa sem graça, um tanto aturdidos.
Quando
os sentimentos rondam, as horas
No
relógio ficam tão preguiçosas;
Queremos
sair, chegar, ir embora...
Não
se tem sossego... nem mesmo as rosas
São
mais lindas que esses doces arroubos.
Ficamos
assim: parecendo loucos,
Perdidos
em sonhos, em pensamentos.
A
vida se solta, tudo é bonito!
Coração
dispara... sente-se aflito
Quando
se aproximam os sentimentos!...
SE
NÃO ESCREVO
Se
não escrevo, morro a cada instante
Se
não escrevo, perco-me na estrada
Que
me leva a lugares tão distantes
De
sonhos... ilusões... do tudo e nada.
Sonhos
que embalam sempre a nossa vida
Ilusões
que dominam a saudade...
Saudade...
mas de que? Chega a partida
Daquilo
que não tive na verdade.
Se
não escrevo... como suportar
Essa
dor que meus versos vão levar
Para
as páginas desse livro, enfim...
Vou
sufocar o pranto que não devo
Deixar
extravasar se não escrevo
Se
não escrevo morro...morro... assim!...
UM
CONVITE PARA SONHAR
Ei!
Que tal
se você parasse
Um
minuto para sonhar?
Se
você está triste,
Desenhe
na tela do pensamento
Apenas
uma nuvem inerte.
Pronto?
Ela
é você neste momento.
Experimente
orná-la agora
Com
os mais lindos pássaros,
É
hora de dar asas à imaginação.
Viu?
Você
já não está só!
Pense
um pouco no infinito,
Mas,
por favor, não tire os pés do chão...
Transporte,
então, para este quadro
As
belezas enigmáticas da natureza.
Não
corra!
Não
se esqueça dos detalhes
Que
lhe são importantes.
Olhe
só!
Você
já está tão distante...
Flutue...
navegue até se for preciso.
Atravesse
os oceanos,
Explore
os mares de Cabral
E
deixe que as ilhas enfeitem seu sonho.
Volte
agora para o ar
E
desvende o espaço de Ptolomeu.
Procure
abranger toda a beleza
Incógnita
de seu próprio ser...
Você
irá encontrar Deus.
Transforme
os cálculos de Newton
Em
uma teoria de sua existência.
Construa
dentro de você
O
mais alto castelo de sonhos
Sem
nunca esquecer a realidade.
Deixe
que as notas musicais
Deslizem
aos seus ouvidos
À
simples melodia de Romeu
Dedicadas
ao seu amor.
Sonhe...
Mas...
VERSANDO
PARA VOCÊ
Eu
sou poesia, você é canção
Se
rime na rima
Que
eu deixo em cima
Do
seu coração.
Me
abrace mais forte
Se
agarre na sorte
Desse
amor repentino
Nascido
do vinho
Da
insônia das noites
Que
embriaga as madrugadas.
Me
siga nas ruas
Me
encontre na lua
Que
eu batizo a estrela
Que
ilumina seu caminho
E
lhe fala do meu carinho.
Me
deita no colo
Me
afaga os cabelos
Que
eu me desdobro em desvelos
Para
não machucá-lo.
Caminhe
sem medo
Sou
eu o segredo
Da
procura constante
Da
sua imaginação
Mas
é tão real
Que
acho normal
Gostar
de você
Do
jeito que gosto.
VOCÊ...
MEU COLIBRI
Ao
som do vento
um
sentimento...
Ilusão?
Não
sei.
Só
sei que ele existe
e em
meu coração insiste.
No
silêncio do luar
teu
olhar...
Sonhos?
Não
sei.
Só
sei que olhar pra ti
é
como apreciar um colibri.
No
acalanto da natureza
embalamos
uma incerteza...
Fantasias?
Não
sei.
Só
sei que tudo é lindo
quando
tu estás sorrindo.
NOSSO
AMOR DE ONTEM (Inspirado no filme de mesmo nome, o original THE WAY WE WERE).
Dizem
que o amor é forte, que é invencível,
Mas
tudo no mundo tem seu limite...
O que
pensamos jamais ser possível
Já não
depende do que se permite.
Todo
amor nasce muito forte um dia,
Devassando
as árvores nos caminhos.
O tempo
passa, chega a calmaria...
Somos
galhos perdidos, tão sozinhos!
O amor
de ontem tentou tudo na vida,
Calando
no peito a dor da ferida
Que o
amor de agora não suporta mais.
A
renúncia, então, não pode esperar
O
amanhecer das mágoas detonar
Se o
amor nem sempre pode ser capaz.
LONGA ESPERA
Fiquei esperando para revê-lo
No domingo que transcorria triste
Eu juro: tentei até esquecê-lo
Mas quem gosta pra valer não desiste.
E as horas teimavam em não passar
Insistindo em não me trazer você
Tudo estava triste e até no cantar
Dos pássaros não havia por que.
Refleti sobre o pouco que o conheço
E o muito que em mim por você nasceu
Posso sentir isso quando amanheço
Escrevendo cada verso que é seu.
Nem mesmo a noite quis que você viesse
Nem mesmo o meu chamado o alcançou
Mesmo assim, gostaria que soubesse
Que sem querer, o amor você plantou.
"Amanhã poderei vê-lo" - pensei
E fiquei esperando a madrugada
Ela se fez caprichosa bem sei
Pois estendeu os meus passos na estrada.
Na luz da manhã que vinha chegando
Eu tentei sentir a sua presença
Mas senti que o tédio estava voltando
Marcando pra mim outra sentença.
Deixei que a esperança me alimentasse
E saí tentando encontrar seu rosto
Não havia nada que me agradasse
Nem mesmo as músicas me davam gosto.
O pôr do sol não possuía beleza
As montanhas me impediam de vê-lo
Estava triste toda a natureza
E eu aqui, na longa espera, sem tê-lo.
IDAS
E VINDAS
Veio
o acaso...
Depois
veio você.
Veio
o sorriso...
Depois
a emoção.
Veio
a presença...
Depois
o por que
Dos
meus sonhos,
Da
minha inspiração.
Veio
a simpatia...
Depois
o amor.
Veio
a ausência...
Depois
a procura.
Veio
a tristeza...
Depois
a dor
Da
certeza
De
mais uma aventura.
Veio
o tempo...
Foi-se
a minha esperança.
Veio
a tempestade,
Foi-se
a bonança.
Veio
o vazio...
Você
foi embora.
Veio
o reencontro...
Um
convite... um passeio...
Veio
o dia...
A
noite... você não veio...
E o
que será
Do
meu coração agora?
HOJE
O MEU PRANTO É DOCE
Hoje
o meu pranto é doce
porque
ele extravasa
toda sensação de amor
que
alguém possa sentir...
Hoje
a insônia é companheira
porque
ela vem me trazer
a
sua lembrança aconchegante
no
silêncio das horas que se vão...
Hoje
o desejo não vai explodir
porque
meu corpo se guarda
para
o momento do nosso encontro...
Hoje
a dor não faz sofrer
porque
o amor é dor que não dói
como
já dizia o poeta
e
hoje eu derramo o meu amor por você
pela
eternidade da existência...
Hoje
as melodias estão diferentes
elas
levam a todo o mundo
o
grito da minha alma
dizendo
o quanto eu amo você...
Hoje
o sonho não quer o sono
porque
ele está lutando
pela
realidade de nós dois...
Hoje
meu sorriso se perde na madrugada
porque
os meus olhos derramam sobre ele
as
lágrimas que regam o beijo que ainda não dei.
Hoje
talvez a noite não permita
que
o dia amanheça, que o sol venha me aquecer...
O
sofrer que está dentro de mim
me
mata aos pouquinhos, noite após noite
mas...
se eu morrer... não me importo...
eu
morro vivendo por esse amor!...
EU PRECISO DE UM SONHO
Um
soluço se perde no ar
E eu
não sei de onde vem...
A
tristeza se projeta na nuvens
Quando
a alegria surge de repente
Nos
raios do sol ou no brilho das estrelas.
Um
carinho imaginário
Um
toque... um arrepio...
Uma
vontade de sorrir e cantar
Mas
o melhor a fazer é calar.
A
solidão bate à porta de mansinho
E as
ilusões se espalham e se escondem
Para
voltarem quando puderem
E
nessa mistura de sentimentos
Uma
lágrima escorre pelos pensamentos
E eu
me pergunto: Como entender?
E a
resposta chega sorrateira:
"É
apenas uma alma de mulher!"
AO
TELEFONE
Meus
pensamentos
me levam até você
e de repente
meus passos me conduzem
pelos seus caminhos.
Tento evitar mas não consigo
e me pego na tentativa de encontrá-lo.
Eu saio a procurá-lo em cada olhar
e até mesmo, à mesa de algum bar
mas tudo é silêncio para mim,
vazio e sem sentido.
Eu volto para a casa
tentando captar as suas ondas.
Busco na lembrança um número
mas não quero lhe falar,
apenas ouvir um "alô",
perceber um ruído de respiração
há muito conhecido
e, quem sabe até,
sentir seu coração.
Meus dedos obedecem a um impulso
e os deixo percorrer as teclas sonolentas.
É tarde da noite...
Um sinal se perde em seu espaço
e eu me estremeço,
ouço a sua voz
buscando em vão uma resposta.
Em minha garganta uma palavra contida.
Você desiste,
eu volto à realidade
e desligo o telefone.
A
MULHER E O HOMEM
A
mulher ama com intensidade
E o
homem ama apenas com loucura...
Ela
se entrega toda a uma vontade
De
sempre demonstrar sua ternura.
A
mulher exagera nos carinhos
E o
homem busca a fonte dos desejos
Ela
percorre todos os caminhos
Em
busca das essências e do ensejo
De
dar-se por inteiro ao seu amado.
O
homem nem sempre entende o nosso lado,
Ficando
sempre à margem sem saber
Que
nós somos de Vênus – Puro Amor...
Lá
de Marte o homem traz senão a dor
De
jamais a nossa alma compreender.
ENGANAS
Enganas
com teu jeito doce e até
Jeito de quem parece mesmo bobo;
Tocas o coração de quem tem fé
No teu olhar, sorriso... és um tolo...
Enganas invadindo puras almas,
As almas femininas que se entregam
Ao sonho de te ver, perdendo a calma
E a paz que, antes de ti, sempre tiveram.
Enganas quando dizes: - "És Rainha!"...
Não se vê que, por dentro da bainha,
Muitas linhas estão embaraçadas...
Enganas, mas ninguém sabe o que eu sei:
Quantas lágrimas que por ti chorei,
Quantas mágoas por ti foram causadas...
MEIMEI CORREA – Trata-se de uma simpática mulher, radialista de
primeira, mineira de Três Corações e romântica das canções de todas as horas.
Conheci pela rede, especificamente pelo Clube Caiubi de
Compositores. Não sei como foi, acho que pela minha mania de futucar e de
pesquisar pela rede.
Só sei que findamos curtindo um o trabalho do outro e quando dei
fé, estava ouvindo na web o seu programa dominical na emissora de Campos
Gerais.
Surpreso fiquei quando ouvi uma música minha. Oxente! E depois fui
embalado por sua voz encantadora.
Não foi por acaso que achei seu blog. Depois sua participação em
várias comunidades da internet.
Acompanhando,
então, seu trabalho, resolvi instá-la por uma entrevista. De primeira, ela que
é do ramo ficou assim meio que intrigada, mas logo aceitou cegamente a minha
proposta. Demonstrou que é corajosa. Eis, então, Meimei Correa de corpo
inteiro:
LAM
- Meimei, primeiro vamos pra Três Corações... Quais lembranças e fatos que
marcaram e suas perspectivas com sua cidade natal?
Primeiramente
quero salientar que, nasci em Três Corações, mas como meus pais moravam em
Cambuquira, aos dez dias de vida, fui para lá... lá fui criada e fiquei até os
19 anos, quando então fui definitivamente para Três Corações para terminar o
segundo grau. A família da minha mãe sempre morou lá, então eu ficava na casa
do meu avô, o saudoso Zé Carvalho, um português de gênio forte. Isso se deu em
1984 e no ano seguinte, levei meus pais também, já que nada mais os prendia em
Cambuquira.
Em
Três Corações, tive várias atuações na Rádio Tropical AM e FM, o que já ocorria
desde a idade de 13 anos, quando comecei a escrever e tinha uma locutora que
lia meus poemas aos domingos, à tarde. Isso acontecia comigo enviando os poemas
para que fossem declamados por ela... por sinal, muito bem interpretados.
Depois, outros locutores declamavam poemas meus ao longo do dia, em vários
programas. À noite, tinha o programa do meu amigo Oliveira Silva, acontecia de
oito até meia noite. Sempre às 23:30 hs, tinha o momento de ternura, que era o
momento de declamar poemas. Eu saía do colégio, ia ficar lá até o fim do
programa e ele declamava quase todas as noites os trabalhos meus, tinha noite
que eu mesma declamava como acabava também participando do programa com minha
voz em comentários. Começamos, então, a receber cartas dos ouvintes,
endereçadas ao “momento Meimei Corrêa”... sutilmente os ouvintes modificaram o
nome do programa (risos). E assim, por anos tive os poemas declamados ao longo
da programação diária da Rádio Tropical... é um tempo que gosto de recordar,
tempo em que tudo marca de fato, o colégio, os colegas, os namoros, as paixões
repentinas, os barzinhos com música ao vivo e eu com alguns amigos, como até
mesmo o próprio Oliveira Silva, também poeta, a poetisa Avani Grandi e uma
amiga muito alegre que tínhamos, a saudosa Margarida, que Deus a tenha,
varávamos a noite em pleno estado poético. Fazíamos poemas nos guardanapos
durante os shows que íamos nesses lugares. Uma vez, Luiz Ayrão se apresentou na
Lanchonete Calabreza... como fizemos poemas naquela noite e o próprio Luiz
Ayrão ia declamando-os! ( tenho foto).
Bom,
estudar no CCAA, fazendo curso básico de inglês, me abriu uma porta
maravilhosa. Aos seis meses de curso, já fui contratada para dar aulas para as
crianças e adolescentes e, em um ano de curso, eu já dava curso para os adultos
também. Fiquei lá um bom tempo e o CCAA me deixou grande saudade, muitas
pessoas que conheci, alunos maravilhosos que não me deixavam trocar de turma ao
final dos períodos, sob a forte ameaça (rs) de todos deixarem o curso se não
fosse eu (imagina quanto carinho recebido!).
Também
trabalhei, logo que concluí o segundo grau, com o saudoso Deputado Dr. Jorge
Gibram. Fui indicada a ele pela minha ex-professora de redação, Maria Eliza, a
quem sou muito agradecida pois, com o Dr. Jorge, tive mais que um patrão, tive
um amigo. Eu fui assistente administrativa dele, acabando por cuidar de tudo
para ele... era época de campanha política e muito aprendi. Eu que sempre já
tinha costume de trabalhar em política, conheci ao lado do Dr. Jorge, o que é
realmente uma política bem feita.
Outra
grata passagem, meu ingresso na Academia Tricordiana de Letras e Artes,
ocupando a cadeira número 10, que tem por patrono meu pai, Argemiro Martins
Corrêa.
Grandes
momentos vividos... fazíamos vários concursos de poesia, tínhamos sempre uma
festa cultural... saudade imensa de todos, alguns já se foram para o plano
maior. Também trabalhei na escola de idiomas Follow Me, tenho saudades também.
Porém,
em Três Corações perdi meus pais, num período de dez meses entre um e outro, o
que me abalou muito.
Bem,
falar que perdi... não perdemos, na verdade, passamos por uma separação. Em
compensação a vida se refez e lá nasceu meu filho.
Saí
de lá em 2001, para residir em Campos Gerais.
Minhas
perspectivas para minha cidade natal... que ela se desenvolva, que seja
administrada por bons prefeitos pois, é uma cidade que tem faculdade, tem a
Escola de Sargento das Armas (ESA), tem indústrias, enfim... tem tudo para ser
uma grande cidade, só precisa mesmo de competência na administração. Se já
estiver tendo, que bom... estou por fora do que passa lá no momento.
LAM – O que fez você seguir a carreira de
radialista?
O
fato de ter tido sempre participação nos programas dos amigos com meus
trabalhos, sonhava em ter meu próprio programa há tempos. Tive participações,
como já disse, na Rádio Tropical AM e FM de Três Corações, tive participação
diária na Rádio Nacional de Brasília, no Programa Madrugada Nacional, do meu
saudoso amigo, Adélcio Ramos. Era por telefone, eu declamava por volta de meia
noite e meia... o programa ia até às cinco horas da manhã e o que fazemos hoje
aí pela internet, de conhecer pessoas e contatá-las, fazíamos por telefone,
através do programa. Conheci gente do Brasil inteiro por causa disso.
Tive
participação também na Rádio Vanguarda, de Varginha, também com poemas meus
declamados pelas vozes de Luiz Alberto Oliveira, programa que acontecia de
manhã, de cinco e meia até oito horas... e também do Carlos Alberto, no ponto
de encontro, às dezoito horas. A saudosa Mariângela Calil, também chegou a
declamar poemas meus... linda voz ela tinha e também foi uma grande poetisa e
escritora.
Os
programas do Collid Filho, Rio de Janeiro, rádio AM, Tupi, também em São Paulo
com Barros de Alencar e Eli Correia, tive a grata satisfação de vez ou outra,
ter meus poemas interpretados por eles.
Quando
cheguei em Campos Gerais, a primeira coisa que fiz, foi tratar de participar
também das duas rádios existentes na cidade. Declamava no programa do
Cebolinha, Rádio Montanhês, todos os domingos pela manhã e depois, na Rádio
Cidade, onde hoje eu estou, às sextas-feiras, onze horas da manhã, no Programa
do Sandro Napolitano.
Era
vendedora de uma loja quando me surgiu a oportunidade de fazer um programa aos
domingos. O diretor ouviu minha proposta e prontamente me concedeu espaço. Isso
já tem 5 anos. Havia nascido, então, o programa Domingo Romãntico.
Esse
foi o ponto máximo para mim, fazer um programa do meu jeito, com emoção, com
minha alma, para mexer mesmo com as emoções das pessoas...
LAM - Você tem
um programa radiofônico, Domingo Romântico. Fala da proposta e da receptividade
do público com o programa.
A
proposta desse Programa é simplesmente o desejo de tocar o coração das pessoas,
tocando sucessos românticos de todos os tempos. Com uma forte tendência para o
flash back, músicas dos anos 60, 70, 80 e 90, fui direto à emoção das pessoas,
que começaram a me ligar, a suspirar, sorrir e chorar, por causa das músicas.
Algumas confidências são feitas pelos ouvintes por se sentirem à vontade,
identificando-se com o programa, assim também com a locutora dele. Toco também
sucessos românticos do momento, afinal, o romantismo não tem época, ele é
eterno. E para quem gosta, um prato cheio. Faço-o com amor, faço de cada
manifestação de carinho dos ouvintes, a realização de mim mesma. Coloco minha
alma nele e assim, me transporto. Vivo o romantismo, o amor, através dele. Com
uma lista fiel de ouvintes, percebo a cada domingo, como vem aumentando a sua
audiência, ainda mais agora, com o programa podendo ser transmitido pela net,
através da qual tenho várias amizades pelo Brasil todo. Hoje posso dizer, é um
programa campeão de audiência. Ainda encontrei uma pessoa como você, que tem me
divulgado muito, só podia dar um resultado positivo. Já são cinco anos no ar,
fazendo parte da vida de todos.
LAM - Você
também é escritora. Quando se deu a descoberta pela literatura?
Dizer
que sou escritora é exagero, meu querido... sou apenas uma pessoa que herdou do
meu pai, Argemiro Corrêa, o dom de fazer poemas... isso, desde pequena, sempre gostei. Meu pai
transformava tudo em trova, as respostas dele em cartas, eram por meio de
trovas ou sonetos. Ele tinha um tio, Antonio Martins, que também gostava das
letras, vocês podem conferir isso num blog que Filipi Ribeiro, neto dele, fez.
E há bem pouco tempo, encontrei a família desse tio pela internet e descobri
que há muitos na família com o mesmo dom. Este foi um grato acontecimento em
minha vida.
Eu
já publiquei muitos textos em jornais, coordenei antologias de cidade pelas
editoras Shogun e Crisalis, RJ, tenho várias participações em antologias
diversas.
Meu
primeiro poema, em forma de prosa, foi aos treze anos. Dali em diante, não
parei mais, tinha noite que fazia quatro, cinco e até seis poemas por noite.
Depois passei um tempo longo sem escrever, cinco anos, me deixando levar por
coisas alheias à minha vontade.
LAM - Que
influências da infância e adolescência, bem como da sua cidade natal, levaram
você para a literatura?
Bem,
meu pai sempre promovia eventos literários em Cambuquira, assim como sempre
estava em conferências espíritas lá e em outras cidades. Aos oito anos, fiz meu
primeiro discurso preparado por ele, para um conferencista.
Eu
mal sabia ler, mas tinha uma memória fantástica para decorar e assim, ele me
ensaiou para isso. Pouco tempo depois, mais um discurso...
Na
época escolar, eu tinha boas idéias para as redações, sendo sempre destacada na
matéria todos os meses.
Assim,
aos treze anos surgiu....
LAM - Você
edita o blog Baú de Ilusões. Qual o propósito e como você vê a receptividade do
seu público nesse canal?
Baú
de Ilusões é um título antigo, desde adolescente, cismei que seria esse o nome
do meu livro... E assim foi quando, a Casa da Cultura de Três Corações, pela
prefeitura, resolveu editar o meu livro Baú de Ilusões, junto com minha amiga
Avani Grandi, assim de surpresa. Não tive acesso ao digitador na época por ter
sido uma surpresa e o trabalho todo foi digitado de última hora, correndo, e
não foi feita uma revisão. Na noite de autógrafos, descobri muitos erros no
livro, o principal deles, o título de um poema que fiz para o meu pai quando
ele foi para o plano maior, intitulado “O canto do poeta” cruelmente havia
virado “O Canto da porta”. Foi um choque para mim, não queria autografar, quis
ir embora, mas não me deixaram... a cota do livro que tocou pra mim, queimei-a.
A cota que tocou para minha amiga, ela ainda distribuiu. Foi uma grande
frustração. Passaram-se os anos decidi que não faria outro livro, embora muitas
pessoas tenham me cobrado para publicá-lo. Foi então que decidi editar o blog,
com mesmo nome do livro... mas ele está parado, precisando ainda de muita
coisa, para melhorá-lo.
Digamos
que está em reforma.
LAM - Você é
integrante da Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências. Fala pra gente
dessa sua participação.
Eu
fui convidada por um dos membros da Academia, muito meu amigo, inclusive é um
dos fundadores da Academia Tricordiana de Letras e Artes, Aníbal Albuquerque, a
receber o título de membro correspondente. Isso há três anos. E lá, estou entre
velhos amigos, até mesmo de Três Corações como o escritor e poeta José Keitel e
o Sr.Nelson. Também integram a Academia, agora in memorian, meus grandes amigos
Zanoto, que escreveu a coluna Diversos Caminhos, no jornal Correio do Sul,
pessoa maravilhosa que recebeu várias comendas e homenagens. Também o poeta,
escritor, autor de novelas para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, contista e
maior sonetista que já conheci, Cicero Acaiaba.
Éramos muito amigos.
Sinto-me
em casa, embora participe pouco devido ao fato de estar um pouco longe .
LAM - Você
também integra o Mural de Escritores. Como é participar dessa comunidade?
Pois
é, a gente acaba ficando em falta com alguém ou com alguma coisa na vida... Não
tenho tido maior pariticpação no mural, embora saiba que me tem maior apreço.
Não é por descaso, de jeito nenhum, mas de repente, não conseguimos cuidar de
tudo com o mesmo carinho. Eis uma boa oportunidade para que me redima dessa
falha.
LAM - E a
CAPPAZ? Fala pra gente da sua participação lá.
Fui
indicada a fazer parte da Confraria de Artistas e Poetas Pela Paz, pelo amigo
Aníbal Albuquerque, tornando-me presidente da seccional Campos Gerais. Em
seguida, me indicaram para ser a vice-presidente nacional, juntamente com minha
ilustre amiga, Regina Coeli, como presidente. Infelizmente, dentro da CAPPAZ,
instalaram-se disputas, inveja e desavenças, causando danos profundos a todos
os integrantes. Tivemos que conviver com preconceitos e intrigas. Quando Regina
Coeli deixou o cargo, também deixei o meu, assumindo a regional Minas até que
outra fosse indicada para o meu lugar. Não me permito ficar onde há esse tipo
de coisa.
Mas,
o que mais me deixa aborrecida é que, a CAPPAZ é uma confraria que, no caso de
você deixar de participar ativamente, toda a sua obra, a sua página, o seu
perfil, deixa de existir. Penso que não deveria ser assim, afinal há coisas que
são feitas excepcionalmente para aquilo, nem nos preocupamos em registrar em
outro lugar. Já pensou que toda pessoa que deixa de participar ativamente da
Academia Brasileira de Letras, até mesmo as que passam para o plano maior,
tivessem suas obras deletadas para sempre, só porque não estão mais entre nós...
É um absurdo você ser excluído, ainda mais sem um prévio contato. A obra, ela
não se acaba com o autor dela... portanto, deixei de tirar o chapéu para a
CAPPAZ.
LAM - Você
também é professora, fala pra gente dessa experiência.
Eu
não sou professora formada, apenas tenho curso de formação de professores, pelo
CCAA, que me habilita a dar aulas em cursinhos, até mesmo a ter meu trabalho
terceirizado pelas escolas, ou seja, eu não tenho vínculo direto. Dou aulas de
inglês em casa, auxiliando os alunos que tem dificuldades com relação ao
idioma. Tenho também dezenas de cursos feitos no Centro de Educação
Profissional – CEDUP – que me habilitam a ser monitora de cursos de
informática. Trabalhei um bom tempo lá nessa área. Decidi, então, trabalhar em
casa, para acompanhar o crescimento dos meus filhos, eles ficavam muito tempo
sem mim por perto. Com isso, decidi pelas aulas particulares, digitação de
trabalhos para alunos de faculdade e também pesquisas, e as vendas.
LAM - E a
atividade de consultora de vendas? Dá para conciliar essas atividades todas ou
cada coisa é feita a seu devido tempo?
Com certeza, dá para conciliar
sim. Aperta bastante porque represento quatro empresas de cosméticos e
utilidades domésticas. Mas com certeza, é uma grata experiência.
LAM - Qual sua
percepção acerca da internet? Esse veículo tem proporcionado difundir seu
trabalho? Qual sua experiência na rede?
A
internet é algo maravilhoso que surgiu para todos, infelizmente, tem sido meios
de muitas perversidades, muitas maldades, enfim, o ser humano se usasse sua
inteligência apenas para o bem, o mundo seria maravilhoso. É um meio perigoso,
onde se deve ter todo tipo de cuidado, mas todo tipo mesmo. Penso que isso se
deve ter também na vida até mesmo fora do virtual, afinal, nem sempre sabemos
com quem lidamos e a decepções ocorrem dentro ou fora dela. Mas como veículo de
informação, de divulgação, não tem igual. Acho que como todo mundo, também tive
meus contratempos através dela, mas em compensação, sou tão grata a ela, sou
uma internauta de carteirinha, pelo fato de ter os meus trabalhos divulgados
com sucesso, pelo fato de ter reencontrado amigos e colegas de infância, isso
não se daria de outra forma, jamais... O fato de ter descoberto a família do
meu pai que nem pensei existir e, ainda, o fato de conhecer pessoas tão
maravilhosas. Tenho tido sorte, porque meu círculo de amigos é saudável, é maravilhoso
e tenho sido agraciada com o carinho de todos, sempre as pessoas querendo fazer
algo por mim. Muitas amizades virtuais já se tornaram reais, e tudo o que tem
me acontecido, é algo impagável.
Veja
só, estou diante de uma pessoa que me conhecendo, estendeu suas mãos e tem me
levado por todos os caminhos que se possa imaginar, em matéria de divulgação do
que faço. Viramos parceiros em tantas coisas, poemas, músicas, blogs, enfim,
onde está um o outro também está, nessa união tão abençoada, contribuindo com a
cultura do país. Assim também, não meço qualquer sacrifício para também
estender as minhsa mãos a quem precisa, a quem mereça. Sou grata a você, Luiz
Alberto, por tudo o que tem me acontecido ultimamente, uma pessoa que chega a
ficar durante todo o meu programa, que tem a duração de quatro horas,
divulgando o site pela internet e me deixando a par de tudo, dos recados, dos
comentários, por telefone... poxa...
palavras são poucas para lhe agradecer.
LAM - Por
falar em divulgação, você vem divulgando muitos cantores, compositores e
artistas em seu programa. Fale sobre isso.
Bem,
quando comecei o programa, o primeiro contato que tive foi com o cantor e
compositor Jorge Simas. Um trabalho bonito, ritmo gostoso... pessoa de valor...
foi sumindo ao longo desse tempo, só e unicamente pelo fato dele não acreditar
nele mesmo. Coisas da vida, o que lamento profundamente que ele não tenha
continuado. Era muito incentivado por sua ex-esposa, a Dra. Ana Campitelli
Simas. Com a separação, ele parou com seu trabalho. Com o carinho e grande
amizade cultivada entre mim e a Dra. Ana Simas, fui apresentada ao ator Anselmo
Vasconcelos (do Zorra Total, forma mais fácil de referenciar). Um dia,
conversando com ela pelo msn, tinha dia que conversávamos horas a fio, Anselmo
me adicionou e me chamou dizendo: “Surpresa!”... fiquei muito feliz com a
chegada dele à minha vida. Dali em diante, passei a ler algumas crônicas dele
no meu programa, por sinal, lindíssimas, penso até em repetir a dose qualquer
hora dessas. Assim, passei a divulgar o trabalho dele aqui por essa região e
como o programa não estava na internet na época, fui mais incisiva na
divulgação pela internet mesmo.... Assim, onde ele tem um peça em cartaz, um
filme em cartaz, eu logo divulgo entre os tantos amigos que tenho por todo o
Brasil, o que tem levado pessoas de fato ao evento.
Assim,
a Dra. Ana também me apresentou para uma gracinha de pessoa, atriz, hoje ela
não atua em TV, trabalha mais com teatro, com cursos, que é a Neuza Caribé...
um amor de pessoa e muito minha amiga.
Também
toco sempre músicas dele. Venho divulgando: meu querido amigo Nilton Pinheiro,
de Mogi Guaçu, que já passou por várias parcerias, hoje com Juliano Sene,
percebo ser a melhor delas; conheci Dido Oliveira, um baiano que mora no Rio,
outra pessoa com quem estreitei amizade, até mesmo de telefonar sempre, com
seus sucessos maravilhosos, estilo forró, mas tem também cada música romântica
linda.
Assim,
vieram para o meu mundo, você, Luiz Alberto, com sua obra encantadora,
apaixonante; conheci Augusto Pitta, com quem também tenho o prazer de dizer que
é um grande amigo, um trabalho maravilhoso o dele, mora em Salvador, também é
tradutor.
Conheci
no Caiubi, a linda obra de Edson Lopes, um compositor sensacional; e quando
entrei no Facebook, acho que pelo fato de estar lá sobre o meu programa, as
pessoas vão se identificando com nossa atividade e assim, conheci o DJ Nemésio
do Rio de Janeiro que tem uma web rádio; através dele conheci o DJ e jornalista
Nilton Filho da web rádio Multy Som, que tem me ajudado muito, me passando
dicas, me orientando, me apresentando a muitas pessoas maravilhosas também.
Através
do Nilton, conheci o Marco Leal, um cantor e compositor que mora na cidade de
Bananal, interior de São Paulo, vem melhorando a cada dia o seu trabalho.
Também fiquei conhecendo a atriz Bia Sion, maravilhosa, hoje com o CD “A Levada
do Jazz’, uma voz encantadora.
Através
de você, Luiz, me vem a amizade com Sônia Mello, que agora estou divulgando.
Também estou encantada com o trabalho dela, lindo mesmo.
Enfim,
meu pouco tempo, o círculo de amizades cresceu, quanta gente tem vindo e ainda
tem muita gente boa para divulgar, é só uma questão de tempo. Tenho ainda como
afilhado por ter levado para a CAPPAZ, mesmo saindo de lá, ele ainda me chama
de madrinha, o cantor e compositor Leonardo André. E assim, como na música, o
trabalho de divulgação se dá com poetas também... Temos muitos poetas
maravilhosos para divulgar. O que mais vem se destacando, não porque outros não
tenham o mesmo naipe dele, mas até mesmo por falta de oportunidade, e também
porque tenho um contato diário com ele, é o nobre poeta, meu amigo Nizardo
Wanderley, com quem tenho parcerias pela net, com poemas de temas relacionados,
então fazemos um trabalho a quatro mãos. E eu sei que muitos ainda virão para
fazerem parte desse trabalho.
LAM - Quais
são suas perspectivas em Campos Gerais?
Minhas
perpectivas em Campos Gerais, é de ver essa cidade crescer, poder proporcionar
aos seus moradores uma melhor condição de sobrevivência, de saúde, trabalho,
estudo... É uma cidade acolhedora, mas que ainda há muito por fazer nela e por
ela.
LAM - Quais
projetos você tem por perspectivas realizar?
Eu
tenho um blog do meu pai iniciado. Quero ainda resgatar sua memória, deixando
aí para a eternidade, a sua obra maravilhosa entre trovas, poemas, contos e
crônicas. Também quero resgatar a memória de Cícero Acaiaba, o qual já citei
nesta entrevista, e vou contar com o amigo Ailton Rocha para isso. E muitos
ainda me cobram um livro de poesias... Eu não sei se ainda deixarei minha obra
em livro, é algo que vou decidir. A experiência que passei não me deixou com
vontade disso, mas enfim, nada como um dia atrás do outro, vai se saber, rs.
Também pretendo expandir
meus trabalhos em rádio, sempre lutando pelo que há de melhor em música, em
cultura. E há outros projetos que por enquanto, prefiro que fiquem no
anonimato... isso depende de muitas outras coisas, por isso, não me arriscaria
a citá-los agora.
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