sexta-feira, dezembro 21, 2007

PRIMEIRA REUNIÃO



Imagem: A Man with a Violin, 1948, do pintor coreano Byun Shi Ji.

NATAL

Luiz Alberto Machado

Papai Noel chegou
Como de costume
Trouxe no saco ouro e presentes.
E deixou, simplesmente,
Mentiras trajadas de natal.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.

Veja mais Primeira Reunião. E com muito bom humor veja mais as previsões do Doro para 2008, as crônicas natalinas e o reveillon tataritaritatá!

De férias até 03/01/2008.
Beijabrações

quinta-feira, dezembro 20, 2007

FLORA CAVALCANTI



Belíssimo site da artista plástica Flora Cavalcanti. No espaço estão suas produções pictóricas onde ela reúne todo seu trabalho nas seções portfólio, atelier e curriculum. Imperdível.

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quarta-feira, dezembro 19, 2007

ZINE TATARITARITATÁ



Gentamiga!

Já está circulando o zine impresso Tataritaritatá!

Este é o segundo número do zine impresso Tataritaritatá que está circulando este mês de dezembro.

E para você recebê-lo mensal e gratuitamente na comodidade do seu lar, é só enviar um mail para lualma@terra.com.br com o seu endereço residencial.

Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!

Luiz Alberto Machado.

terça-feira, dezembro 18, 2007

JOÃO WERNER



Imagem: Mergulho, pintura digital 30x40cm, do artista plástico paranaense João Werner.

Excelente sítio com o trabalho do artista plástico paranaense João Werner que fez o maior sucesso com suas gravuras digitais na 6ª Biennale Internazionale dell'Arte Contemporanea, Firenze, Itália. Lá ele participou de uma mostra com a participação de 840 artistas de 76 países diferentes, na histórica Fortezze da Basso. No sítio além de todo seu trabalho está uma Exposição OnLine com 14 obras expostas no site CyberArtes, na coluna "Artista da Semana", com belo ensaio crítico do amigo Ronaldo Carneiro Leão. Veja o excelente trabalho de João Werner acessando: http://www.joaowerner.com.br/

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segunda-feira, dezembro 17, 2007

MARCELA TORRES



Numa esquina, mês de junho, te encontrei... Olhos vivos e castanhos, um sorriso meio irônico, de moleque irresponsável, de menino irresistível... e me dei! Não queria nada que passasse de carinhos, não querias nada a não ser corpos suados uma noite de amor, outras talvez.... Mas vivemos dia-a-dia intensamente numa vida de encontros e adeuses. Entre encontros e adeuses nos perdemos num amor moleque, irresponsável nos grudamos em corpo e alma! Ora suave, ora quente nos achamos, completamos. E caminhamos lado a lado muito tempo a menina e o guerreiro cortando estradas, brincando de vagar pelos céus, invadindo pensamentos e almas alheias com suas mentes insaciáveis...(Marcela Torres, Quando te encontrei).

Belíssimo sítio da Marcela Torres reunindo poemas, diário, textos, e-books, fotos e outras informações.

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sexta-feira, dezembro 14, 2007

PRIMEIRA REUNIÃO



Imagem: Guernica, 1937 (Museo Nacional Reina Sofia, Madrid) do pintor e escultor do cubismo espanhol, Pablo Picasso (1881-1973).

6 DE AGOSTO DE 1945, UMA SEMI-CANÇÃO PARA ROBERT LEWIS

Luiz Alberto Machado

- “Meu Deus, o que fizemos?”

Era seis de agosto de mil novecentos e quarenta e cinco.
Nem esperava um ataque cardíaco a vinte de junho de mil novecentos e oitenta e três.

O bolso cheio de dinheiro.
A vida pela tirania.
E cem mil olhares perdidos rastejando sob o sol.

- “Meu Deus, o que fizemos?”, proferistes.
Porém, “teria feito tudo de novo“ como se o seu orgulho norte-americano fosse superior em tudo e resolvesse a crise do mundo, um mundo que é o mesmo em todos os quadrantes.

E era mais cem mil olhares perdidos rastejando sob o sol. O mundo tremia e ainda treme. Tu ainda bates no peito e diz: avante! E este mundo continua ameaçado por uma nova guerra, uma outra catástrofe para que possas ressurgir salvador sob o símbolo da CRUZ DE PRATA e da CRUZ AERONAUTICA DISTINGUIDA para que muitos façam e digam a mesma coisa. E dirão.

E muitos milhões de olhares perdidos rastejam sob o sol. E um novo cogumelo de radioatividade ameaça reluzir para o gozo do teu prazer e de todos fodedores do mundo. E esse cogumelo reluzirá num Japão que não será mais Japão, mas América, a América do fim do mundo. E este confim será a Ilha de Guam onde o céu vai desaparecer com Susan Marcotte, a filhinha querida que nem soube das duzentas mil mortes de ontem e da mortandade futura.
Ela, Susan, vai dizer que é noite e não tem onde dormir no meio da incandescência gloriosa da águia. E ela deitará sua cabeça confusa no teu peito vibrante e verás que ela é uma Hiroshima despetalada carente de ternura e amor. E ela estrebuchará para tua ufanidade. E ela vai tentar fugir, correr, sumir, mas o Enola Gay será o terror cheio de esconjuro e sangue. Ela chamará o tio Tibetts que verá toda agonia, ele sorrindo, sem perceber o fogo destruindo a si e a todos do planeta.
Tibetts sorrirá, não sabe fazer outra coisa a não ser sorrir.
Susan chorará, pois não saberá fazer outra coisa a não ser chorar com os dez minutos que restarão para poder sussurrar: “Meu Deus, o que fizemos?”.

Era seis de agosto de mil novecentos e quarenta e cinco.
Nem se esperava um ataque cardíaco a vinte de junho de oitenta e três.

Tudo cinza, pó, poeira, radiotividade.
Tio Sam sorri. E o mundo padece de fome e miséria.
Tio Sam sorri e não há nada de novo sob o sol. Apenas o fato de que agora estás seis vezes morto, sepultado teu arrependimento, morta a tua glorificação.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.

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CLOTILDE TAVARES



A escritora, atriz, terapeuta floral, professora e conferencista paraibana Clotilde Tavares, é especialista em Epidemiologia pela UFRN, metre em Nutrição e Saúde Pública pela UFPE, professora de Teatro do Departamento de Artes da UFRN. Ela edita a revista Labirinto de Idéias onde reúne todo seu trabalho e também autora de diversos livros, dentre eles, o “Magia do Cotidiano” sua obra mais recente e disponível nas livrarias. Além disso tudo, Clotilde Tavares é um amor de pessoa apaixonantemente maravilhosa e estonteantemente linda. Hoje ela aniversaria e nada mais justo que uma homenagem a esta encantadora e fascinante mulher: FELIZ ANIVERSÁRIO, CLOTILDELINDA!

Veja mais Clotilde Tavares no Fórum do Guia de Poesia.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

FRANKLIN MAXADO



O poeta e cordelista Franklin Maxado estará realizando expsoição de xilos e lançamento da antologia de cordel "Franklin Maxado", no dia l8 (terça) às 20 h no espaço cultural da Caixa Economica, rua Carlos gomes, 57, em Salvador. Segundo o Dicionário de Folcloristas, Franklin Maxado nasceu no dia 15 de março de 1943, na cidade de Feira de Santana, BA. Na sua terra natal o menino Franklin Maxado não perdia a feira que começava no sábado e só acabava na segunda-feira e sempre ficava perto dos cantadores e das barracas onde se vendiam os folhetos de poetas populares. Adolescente, passou uns tempos no Rio de Janeiro onde trabalhava fazendo pés de sofá. De volta à Bahia, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade Católica da Bahia, onde concluiu o curso, passando a fazer jornalismo e a advogar. Poeta, romancista, teatrólogo, autor de 125 folhetos de feira e de vários albuns de xilogravura, Franklin Maxado, é diretor da Casa do Sertão – Universidade Estadual de Feira de Santana (BA) e autor de Antologia da literatura de cordel – em braile (1977), O que é literatura de cordel? (1980), Cordel - xilogravuras e ilustrações (1982), O cordel televivo (1984), e de ensaios publicados em revistas e jornais. SERVIÇO: O Espaço Cultural da Caixa Econômica, em Salvador, estará patrocinando o lançamento da Antologia “Franklin Maxado”, publicada pela Editora Hedra, de São Paulo, no dia l8 ( terça), às 20 h na rua Carlos Gomes, 57. Naquela oportunidade será também aberta a exposição “Xilo-Cordel Vivo” com cerca de 50 xilogravuras deste autor que foram capas de folhetos. Outros novos como “O Rio São Francisco Pede Socorro ao Tocantins” também estarão expostos e podem ser adquiridos. O projeto do evento é da empresa Gripho.

Veja mais Literatura de Cordel.

BAGOAS



Imagem: Francisco Bosch- The seven deadly sins wraeththu the awakening - Wraeththu Artwork © Marja Kettner & Elly Kloppe
Graphic Background Design: Elio Robin Heinrich.

BAGOAS - ESTUDOS GAYS: GÊNEROS E SEXUALIDADES - UFRN LANÇA A PRIMEIRA REVISTA DE ESTUDOS GAYS DA AMÉRICA LATINA DIA 14 DE DEZEMBRO EM NATAL/RN O Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte lançará a Bagoas - estudos gays: gêneros e sexualidades, dia 14 de dezembro de 2007, às 11h, no hall dos auditórios do CCHLA. Uma publicação semestral sobre Estudos Gays, a revista publicará artigos resultantes de estudos teóricos e pesquisas empíricas sobre gênero, sexualidade, homossexualidade, destacando espaço para os estudos gays, especificamente as reflexões sobre o homoerotismo, lesbianismo, transgêneros, conjugalidades e parentalidades homossexuais, identidades GLBTT. Além de trabalhos de teoria social, análises da política e reflexões sobre direitos humanos que constituam contribuições ao pensamento crítico sobre as temáticas centrais. O objetivo da Revista Bagoas é ser um espaço para a publicação do resultado dos trabalhos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, de maneira a tornar-se um espaço de conhecimento e discussão sobre questões que, embora conservem o tratamento conceitual e intelectual, extrapolem o mero interesse acadêmico. Ser um veículo de discussão e de reflexão sobre importantes questões do campo da cultura, da política e da teoria relativas às homossexualidades, identidades/identificações de gênero (incluindo a transexualidade, o travestismo), sexualidades de uma maneira plural. Na homenagem, Bagoas (eunuco persa, dançarino, que pertenceu à corte de Dario III e, posteriormente, à corte de Alexandre Magno) representa a tradição homoerótica das culturas da Antiguidade, portanto, uma realidade afastada da tradição moderna ocidental que baniu a homossexualidade para o campo das práticas estigmatizadas pelos discursos médico, jurídico e religioso. Bagoas é igualmente a figura da androginia, das possibilidades de gênero, da pluralidade do desejo, das multiplicidades do ser. Os artigos do primeiro número refletem o debate existente acerca das questões das identidades gays. Diversos quanto aos posicionamentos, todos mantêm empenhadamente críticas dos preconceitos e dos conservadorismos. Discutem igualmente as concepções correntes sobre a homossexualidade, abordam os direitos humanos e problematizam a homofobia. Trazendo artigos dos intelectuais Alessandro Soares da Silva, Alípio de Sousa Filho, Ari Lima, Carlos Eduardo Bezerra, Cinara Nahra, Cláudio Paiva, Edrisi Fernández, Filipe de Almeida Cerqueira, Luiz Mott, Rogério da Silva Martins da Costa, Rogério Diniz Junqueira, Wagner Alonge (BRA), David William Foster (EUA), Michel Maffesoli (FRA) e Raquel Platero Méndez (ESP), a revista será uma ótima ferramenta para a conscientização. SERVIÇO: Local:
Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN Hall dos Auditórios CCHLA. Endereço: Universidade Federal do Rio G. Norte (UFRN), Caixa Postal 1524 - Campus Universitário, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes (CCHLA), Lagoa Nova CEP 59072-970 Natal - RN - Brasil Data : 14 de dezembro, 11h Telefone para informações ao público: (84) 3215 - 3557 das 8h às 17h Email: bagoas@cchla.ufrn.br Site: www.cchla.ufrn.br/bagoas INFORMAÇÕES À IMPRENSA: Laurisa Alves Tel : 11-9884-1433 imprensabagoas@cchla.ufrn.br

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terça-feira, dezembro 11, 2007

CONCURSO DE POESIA



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NOS TRILHOS DA HISTÓRIA



José Carlos Daltozo lança o seu sexto livro “Nos trilhos da História” que tem como personagem principal a Estação Ferroviária de Martinópolis, que comemorou recentemente 90 anos de inauguração. Ela foi implantada em plena mata virgem, com o nome de José Teodoro, em 05 de agosto de 1917. O loteamento que deu origem ao povoado só começou sete anos depois, em 1924. O livro também faz um painel geral das viagens de trem que, de certa forma, são idênticas em qualquer lugar do país. O livro conta com 132 páginas em papel couchê, tem mais de 180 fotos de locomotivas Maria-Fumaça, locomotivas a diesel, vagões de transporte de cargas, objetos de uso nas estações e nos trens, vários mapas, fotos do interior de carros de passageiros, de carro leito e carro restaurante. Interessados em adquirir enviar pedido para JOSÉ CARLOS DALTOZO - CAIXA POSTAL 117 - 19500-000 - MARTINÓPOLIS – SP ou pelo mail: jcdaltozo@uol.com.br

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segunda-feira, dezembro 10, 2007

LAU SIQUEIRA: TEXTO SENTIDO



O que sinto nesses quarenta e seis vértices ungidos que ora espetam ora aguçam os sentidos
É que cada momento vai roendo os ossos e a dormência do impossível tomando conta de tudo que é absoluto
O que comove nesses anos cumpridos entre verdades amargas e doces mentiras é que apesar de tudo ainda pude semear as sobras da minha inquietude
Poemas derramados espalhados no tabuleiro do que tanta vez provoca o asco afirmativo da existência
O que colhi entrementes nem sempre foi da melhor safra mas ainda estou aqui escrevendo versos ligeiramente aptos às consagrações do esquecimento
O vazio dos olhares atônitos já não apavora o medo há muito perdeu o sentido
Ouço o ruído das horas passando ao largo de uma vida que se cumpre para muito além das paisagens guardadas na retina
E sorrio como se fossem oráculos os galhos do cajueiro que vejo pela porta entreaberta sob o mantra estridente dos sagüis que resistem nos esgares da mata
Habito meu silencia e ouço atentamente a imensidão e quietude de tudo que grita e se move
O que está posto é muito mais do que posso por isso sigo em frente derrubando os muros que possam afastar as matilhas da ternura
As águas que passaram neste rio jamais ficaram turvas por isso não me curvo e vou indo rindo de tudo
Embriagado com minha própria sede
Como um homem que transita pela consciência dos caminhos jamais percorridos
Vou passando
Passeando pelo mundo

(Lau Siqueira, Bobo da Corte).



Lau Siqueira nasceu em Jaguarão,RS. Publicou três livros: O Comício das Veias (Paraíba: Editora Idéia, 1993), O Guardador de Sorrisos (Paraíba: Editora Trema, 1998) e Sem Meias Palavras (Paraíba: Editora Idéia, 2002). Tem poemas publicados nas últimas edições do Livro da Tribo (São Paulo: Editora Tribo) e na antologia Na Virada do Século — Poesia de Invenção no Brasil (São Paulo: Editora Landy, 2002), organizada pelos poetas Frederico Barbosa e Cláudio Daniel.
Sobre sua obra diz o poeta e professor Frederico Barbosa: “Lau trilha um caminho infelizmente raro na poesia brasileira contemporânea: o da experimentação sem preconceitos e a busca de uma dicção aparentemente espontânea, mas que é fruto de um intenso trabalho com a linguagem”.
Agora ele acaba de lançar o Texto Sentido confirmando a grandeza poética de seu trabalho e a sua meritória consagração de poeta.

Veja mais Lau Siqueira no Guia de Poesia e no blog Poesia Sim.

ASSIS ÂNGELO & GONZAGUEANO



O jornalista Assis Ângelo lança Dicionário Gonzagueano, de A a Z e debate sobre a vida e a obra do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que completaria 95 anos no próximo dia 13. Lançamento e debate acontecerão no programa Papo XXI, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Cariri, em Juazeiro do Norte (CE), na próxima terça-feira, 11, às 19 horas. O livro reúne a discografia, bibliografia, filmografia e músicas inéditas de Gonzagão, mostrando ainda que o seu cancioneiro já foi gravado por artistas internacionais como o estadunidense Dizzy Gilespie, o escocês David Byrne e a japonesa Keiko Ikuta, além de ter conquistado intérpretes na França, Espanha e até na Polinésia. De acordo com o Dicionário Gonzagueano, o Rei do Baião gravou originalmente 625 músicas em 125 discos de 78 rpm, 41 compactos simples e duplos de 33 e 45 rpm, e quatro de 12 polegadas. Luiz Gonzaga deixou o registro de sua voz em 266 discos de carreira, além de participações em LPs e compactos de outros artistas.
E quem pensa que ele só gravou forró, baião, xote e arrasta-pé, vai tomar um susto. O livro de Assis Ângelo revela que o artista também gravou sambas, choros, mazurcas e valsas, entre outros gêneros musicais. No livro há outras curiosidades, como a que dá conta de que, entre gravações e regravações, o Rei do Baião superou o Rei da Voz, Chico Alves, em pelo menos nove títulos.
Trajetória profissional: Paraibano de João Pessoa, Assis Ângelo reside em São Paulo há 30 anos. Trabalhou nos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Diário Popular, e nas TVs Globo e Manchete. Por mais de dois anos, apresentou o programa “Tão Brasil”, na AllTV, emissora de TV pela Internet. Também apresentou programas em várias emissoras de rádio, a exemplo da Jovem Pan, Atual, Mulher e Capital. Nesta última, apresentou, durante seis anos, o programa “São Paulo, Capital Nordeste”, que se tornou líder de audiência (e referência) nacional. Há dois anos escreve uma coluna diária sobre música e cultura popular no portal Music News (www.musicnews.art.br). Assis Ângelo tem vários livros publicados, todos sobre cultura popular: “Nordestindanados”, “Causos e Cousas de uma Raça de Cabras da Peste – de Padre Cícero a Câmara Cascudo”, “O Coronel e a Borboleta e Outras Histórias Nordestinas”, “A Presença dos Cordelistas e Cantadores Repentistas em São Paulo” e “O Poeta do Povo, Vida e Obra de Patativa do Assaré”. O livro “A Presença dos Cordelistas” virou filme com produção franco-brasileira, com o título “Saudade do Futuro”. O jornalista também foi chefe do departamento de Imprensa do Metrô de São Paulo e assessor especial da presidência da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Assis Ângelo – (11) 8542.2061 / 3834.8718 / 9991.4800 / 3666.2463 – assisangelo@uol.com.br; andrealol@terra.com.br Carmen Paula (coordenadora do programa Papo XXI) – (85) 3464.3111 / 9993.9371 – cpaulavm@bnb.gov.br Anastácio Braga (gerente-executivo do CCBNB-Cariri) – (88) 3512.2855 / 9903.0000 – anastacio@bnb.gov.br Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 – lucianoms@bnb.gov.br

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

PRIMEIRA REUNIÃO



Imagem: Study of a Young Man Beside the Sea, ca.1850 (Musée du Louvre, Paris, France), do pintor francês neo-clássico, Hippolyte Flandrin (1809-1864).

POUCAS PALAVRAS E UMA DOR

Para Mauricio Melo Júnior

Luiz Alberto Machado

Eu sonhava olhando pros trilhos do arruado de lá pertinho da usina que não era sonhar enquanto espanto. Era ganido da vida, dos lêmures açucareiros e dos vultos insones que o una bramia atrás da prefeitura.
(eu não era Armstrong, mas vivia na lua ou no jazz catando furo no meio do mundo).
A gente cantava as vidraças gratuitas do pequeno comércio no meio da feira com jeans e bugingangas e balangandãs. Incerteza no bolso, mas candomblés cabarés e tino misturando besouros e motos na Praça Maurity, onde ontem teve uma briga de galo sob um sol enorme. E isso custa a sair da moldura da memória.
Bora gente, bora, bora, vamolá.
Bora gente, bora, nosso mundo conquistar.
A conquista era utópica não cabia no verão. Estendia-se vida adentro, tinha ânimo de agüentar quantas peripécias doidas a gente inventasse permitir depois de um arco-íris ou depois, bem depois, infernalém. Além.
Nessa alma toda dentro desse bailar de vida verde inventei canções, cartões postais do universo mágico dos meus rios e seus bicheiros, calungas e meretrizes, hierofantes, farrapos, feirantes, rabecas e pastoris, num oxigênio pálido e clandestino, num resplandecer de vultos viciados de vida e que as correntes geram e geram em vida breve pelos currais, urgências, penitenciárias, nosocômios, cartórios e cemitérios para logo incandescerem e assim pertencerem aos episódios do éter.
Ainda escuto o barulho do trovão. É provável que mais tarde ouça a efervescência radioativa de luniks, sputinicks, progress life, napalms, tudo se rasgando apocalipse, gênesis e a emancipação do homem e seus subterrâneos desvarios cravados nos mandamentos da tábua da sorte, sei lá que mais etc e tal. E ouvindo o barulho do trovão, só – a solidão é o hábito da noite – no meu mal secreto, “capaz de ouvir e entender estrelas”, sonhei caindo nos olhos de Clarice na “via crucis da alma”, nos “laços de família”. Foi aí que perguntou-me: “Onde estiveste esta noite?”. E eu ouvi Clarice no meu silêncio inatingível. E ela me contou a “paixão segundo gh”, “a hora da estrela” na nossa “felicidade clandestina”, no centro de nossa “cidade sitiada”.
E eu vivo voluntariamente nesta terra em que o sol jamais reconhecerá o acaso.
E o meu espólio é ter eternamente dores para ter palavras.
Ter palavras para acalentar as dores.
Nas palavras eternamente a dor da palavra.
Na fúria dos anos. Na minha paixão whitemeana.
A noite desabou. O dia desabou. Acendi a vela e o vento baniu a luz. E Lennon dizia “Imagine”. E eu nem imaginava nada porque havia uma bomba no telhado suspendendo os meus sentidos que estavam entre os gatos na noite. E me diziam que o sonho havia acabado que Lennon desiludido o sonho acabado e Lennon e o sonho e nem se falava mais na Era de Aquário nem de paz e amor porque havia deflagrado uma guerra na América Central e a paz estava comprometida, o amor comprometido e o céu ainda estava quase azul. E havia uma provisão de sonhos na tiracolo. Mas não é de sonhos que precisamos, é de punhos! Ponto final.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Primeira Reunião. Recife: Bagaço, 1992.

Veja mais Primeira Reunião. Veja mais Clarice Lispector.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

FUNDAÇÃO OSCAR ARARIPE



O Tarot Espontaneísta, um livro de imagens pintadas para ser exposto e jogado, sem palavras e literário a um só tempo, e que alguns crêem até encerrar sabedorias sagradas, continua, após 15 anos de sua criação, a ser “profanado” pelo seu próprio autor, o pintor e escritor Oscar Araripe. Dia 15 de dezembro de 2007, às 20 horas, suas 22 telas arcanas serão mostradas pela segunda vez (a primeira foi na Galeria Bookmakers, no Rio, em 1991) na novíssima e bem instalada Galeria da Fundação Oscar Araripe, em Tiradentes, MG, onde, durante o evento o visitante poderá interagir com um player eletrônico multimídia, fazendo seu próprio jogo e o imprimindo para posterior interpretação. Tratar-se-ia de uma recriação dos 22 Arcanos Maiores do Tarot, não fosse seu questionamento dos dogmas esotéricos e sua abertura para a arte em estado puro e funcional. Ou, nas próprias palavras do artista: “O meu sonho foi pintar um Tarot que tivesse a imagem do outro tempo e que fosse libertário ao extremo de superar as erudições da velha cultura e espontâneo ao ponto de poder ser usado como puro talento”. Neste afã de desmistificação, Oscar Araripe buscou a imagem essencial de cada carta do Tarot: “Foi tudo muito espontâneo; nunca fui tarólogo, e só aos poucos fui percebendo que quisera das velhas imagens a mais antiga e primeira e que pudesse viver ainda a substância comum a todos os seres, de modo que a arte pudesse se realizar sem grandes espantos. Assim, realmente, as cartas não mentiriam jamais – e as pessoas poderiam deixá-las, por puro talento”. As 22 telas do Tarot Espontaneísta de Oscar Araripe serão mostradas e “jogadas” através de sete cartas celestes, 12 terrenas, 1 de ligação entre o céu e a terra (Le Diable) e duas fora do baralho: O Louco e O Enforcado. Funcionamento em horário normal, sábados, domingos e feriados, e até 8 de março, quando então a Galeria da Fundação Oscar Araripe estará sendo oficialmente inaugurada com a mostra modernista dos anos 40 e 50 do Museu de Cataguases, do Instituto Francisca de Souza Peixoto. Fundação Oscar Araripe Geralda Araripe / Gestão Rua da Câmara 98 / Tiradentes / MG Telefone 32 33551148 www.oafundacao.org.br & contato@oafundacao.org.br O evento é uma ação integrada da Fundação Oscar Araripe, o Instituto Francisca de Souza Peixoto, o Museu de Belas Artes de Cataguases, a LABEL e a Valor Café.

Veja mais no Oscar Araripe. E também no Fórum do Guia de Poesia.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

HOMENAGEM A CÍCERO DIAS



Abre nesta quarta, às 9h, a exposição "Verde a Cor da Minha Memória", em que crianças e adolescentes moradores de bairros violentos do Recife fazem releitura da obra do artista Cícero Dias. A curadoria é do jornalista José de Souza Alencar. Assistidos pela ONG Arte e Vida, eles produziram 60 telas com pintura acrílica. A exposição acontece no Gabinete Português de Leitura, na Rua do Imperador Pedro II, 290, Santo Antônio. Informações: (81) 3424-2765.

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terça-feira, dezembro 04, 2007

NOTA INDEPENDENTE



A Revista Nota Independente, capitaneada por Bruno Grossi & Diane Mazzoni, está comemorando este ano 6 anos de existência. E no festejo está inaugurando um novo layout no site, todo reestruturado. A Revista conta agora com programas de rádio e com uma grande e engajada equipe de colaboradores. A Nota Independente conquistou seu espaço no cenário cultural e independente, sendo reconhecida por bandas e artistas do Brasil e do mundo. Além de muita música tem também Literatura, charges, fotografia, vídeos & muito mais! Confira!

Veja mais revistas no Guia de Poesia. E se divirta com a simpatia para o ano novo e as previsões do Doro para 2008 de todos os signos.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

ROSANE CHONCHOL



ROSANE CHONCHOL - Site reunindo o extraordinário & múltiplo trabalho da artista visual, pintora, poeta e psicanalista carioca, Rosane Chonchol. Para se ter uma idéia do seu currículo, como poeta e escritora ela já participou de antologias poéticas, escreveu textos diversos para revistas e jornais, escreveu e ilustrou livros e cds, dentre outras inúmeras atividades na área. Nas artes plásticas ela atua nas áreas de pintura, desenho, escultura e gravura. Também é escultora e fotógrafa free-lancer. Não bastando, ela ainda possui trabalhos nos acervos permanentes da Galeria do IBEU, Centro Cultural Cândido Mendes e do Museu de Arte Moderna de Resende, no Rio de Janeiro, e em coleções particulares no Brasil e no exterior. Leciona no seu ateliê desde 1988. Merece destaque o livro de contos que ela escreveu e ilustrou, ''O Rabino e o Psicanalista'', lançado pela Taurus em 1984.

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