sexta-feira, maio 30, 2008

PRIMEIRA REUNIÃO



Imagem: do músico, designer de moda e artista plástico sorocabano João Tortello.

LAVRATURA

Luiz Alberto Machado

Eu lavrei a minha vida com sangue e lágrima, luzes e trevas, sementes de nada e de tudo. E o insidioso surpreendente mais acrescentou sangue e lágrima, luzes e trevas e muito mais sementes de nada e de tudo. E o bom é surpreendente, tudo é surpreendente no meu coração, Hy Breazil.
Eu lavrei como quem planta chuvas no coração e recolhe terras secas da carne de guerra no meio das decepções.
Eu lavrei o meu canto entre acenos de adeus e recepções no meio do meu momento futuro em plena pretérita agonia. E restou tudo e nada. E eu fiquei ruminando nas pedrarias de Pirangi onde as águas borbulham nos meus olhos e fazem a correnteza braba que deságua de mim no incerto preciso.
Eu lavrei o meu poema no quebrar da barra quando eu varria os sonhos que as borboletas levavam do meu coração incerto. E quadro cruzaram o arco-íris trouxeram meus sonhos com as tormentas da vida queimando meus pés na hora chegada em Pirangi.
Eu lavrei o meu canto e o meu poema no aceno dos rostos presos na tarde da província onde a noite é insidiosa, as pessoas são insidiosas, tudo é insidioso e a pressão da vida é imperativa nas mortes que desabam para não fornecer vantagem para quem fala na calada da noite queimando o pavio da esperança.
Eu lavrei o meu canto e o meu poema queimando o pavio da esperança quando eu perdia os sentidos no meio dos diálogos sombrios com as minhas estrelas que quedavam muitas na minha cabeça pela estrada de volta.
Eu lavrei o meu canto no poema que se estirou na estrada do canavial onde eu estava perdido no meu coração, Hy Breazil, e planalto central dos anhangás vociferavam a morte de sempre nas palavras suaves que não são a tônica para quem vagueia errante.
Eu lavrei o meu canto no poema do silêncio de armas, o silêncio de vida, o silêncio capaz de revolver luzes porque não conhece a primavera na confusão de inverno e verão quando maio é uma estrada empoeirada com os filhos do barro são incólumes escravos que não sabem o calor das pedrarias solidárias na fineza de Pirangi.
Eu lavrei o meu canto que caiu no chão como um poema de chaga aberta no meio do esconjuro que o vento soprou no suor do meu dedo sem direção.
E no meu canto o poema exorcizou a América do meu peito e conheci a direção de nada porque os sonhos de Bolívar estavam na América do Soul dessas paragens que são a viela da América do Sul que sou.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

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quinta-feira, maio 29, 2008

DICAS PRO FINAL DE SEMANA & TATARITARITATÁ!!



VIVIANI DUARTE - A artista visual VIVIANI DUARTE participa da mostra de artes visuais, no evento NA CASA, em Jaraguá, com a obra “É IGUAL?”, onde mostra, de forma lúdica, as repetições pelas quais, no nosso dia-a-dia, vivemos sem perceber, nos tornamos idênticos, pois consumimos e absorvemos TUDO que é imposto pelas MARCAS, das propagandas, dos sinais e avisos que nos absorve. Estes questionamentos são colocados na forma de dois painéis de 1.50 X 0.60 cm, um com fotos (de marcas de produtos) repetidas, impressas em vinil fosco sob mdf e outro com espelho, colocados frente a frente, onde o fruidor vê sua imagem refletida no espelho, ao mesmo tempo em que vê as fotos dos painéis. Se somos IGUAIS quando usamos as mesmas marcas, nos refletimos também com as mesmas imagens? Olharmos nossas imagens nos reflete ou reflete a necessidade de termos e sermos iguais?



FESTIVAL DE POESIA FALADA DO RIO DE JANEIRO – A APPERJ - Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro www.apperj.com.br está realizando o FESTIVAL DE POESIA FALADA DO RIO DE JANEIRO - PRÊMIO FRANCISCO IGREJA. O tema do concurso é livre, sendo aceitos todos os estilos poéticos. Poderão participar poetas residentes no país, de qualquer nacionalidade, exceto os diretores da APPERJ. Inscrições até o dia 31 de julho de 2008, para: Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro - Prêmio Francisco Igreja; Estrada de Jacarepaguá, 7166/404. Cep: 22753-045, Rio de Janeiro/RJ. Outras informações pelos tel: Márcia Leite (21) 2447-0697 / Sérgio Gerônimo (21) 3328-4863. Apoio cultural: www.oficinaeditores.com.br

X PRÊMIO ESCRIBA DE POESIA – Promovido pela Prefeitura do Município de Piracicaba, através da Secretaria Municipal da Ação Cultural, com objetivo de dar oportunidade de expressão e manifestação a todo segmento de público. Inscrições abertas até 20 de junho de 2008, na BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL DE PIRACICABA, RUA DO ROSÁRIO, 833, CEP 13400-183, CENTRO – PIRACICABA, SP, TEL e FAX. 0xx19 3433 3674, 3434 9032 e 3432 9099.

QUINTA POÉTICA na CASA DAS ROSAS - 29-maio-2008 com os poetas convidados Celso de Alencar, Raquel Naveira e Tonho França e a jovem poeta Letícia Naveira Quinta-feira, 29 de maio de 2008 a partir das 19h Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos Av. Paulista, 37 - São Paulo/SP Próximo ao metrô Brigadeiro. Convênio com o estacionamento Patropi - Alameda Santos, 74 Informações: (11) 5904-4499 Próxima QUINTA POÉTICA: 26 de junho de 2008, quinta-feira, às 19h, na CASA DAS ROSAS. Escrituras Editora Rua Maestro Callia, 123 - Vila Mariana 04012-100 - São Paulo - SP – Brasil Novo telefone: (11) 5904-4499 (Pabx) Visite o site: www.escrituras.com.br



LIGIA TOMARCHIO – o sítio da poeta e escritor paranaense radicada em São Paulo, Ligia Tomarchio traz uma série de novidades. Ela que é formada na Faculdade de Belas Artes de São Paulo, em Licenciatura em Educação Artística para 1º Grau, traz no seu lindo sítio uma série de seções como "Poetas&Amigos", "Slides" "Poemas&Contos", Prêmios&Rgalos" e muito mais. É só acessar: http://www.ligia.tomarchio.nom.br/

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quarta-feira, maio 28, 2008

LITERATURA BRASILEIRA



ORIGENS DA LITERATURA BRASILEIRA – PERIODO COLONIAL/CLASSICISMO
Este período, conforme Assis Brasil, compreende o período de formação da literatura brasileira englobando os primeiros escritores que portugueses ou brasileiros, escrevendo no Brasil, já com um sentimento nativista, criando uma literatura informativa sobre a terra. Este é o período, conforme Afrânio Coutinho, do quinhentismo portugues que se constitui da combinação de elementos midievais, clássicos e nacionais.
Desta forma, no período correspondente à Pindorama, não há registro literário no Brasil. Com o achamento e invasão portuguesa ocorrida em 1500, dá-se inicio a busca por registros literários no séc. XVI, compreendendo o período colonial que se desenvolve até o séc. XVIII, impondo-se uma visão paralela das manifestações literárias brasileiras com a evolução da literatura portuguesa.
Para Pinto Ferreira a literatura clássica no Brasil se prende intensamente a estrutura da sociedade colonial, existindo naturalmente uma correspondência entre a sua forma literária de expressão, o pensamento clássico, e o ambiente histórico-cultural que se desenvolvia no país, com sua estrutura agrária e semi-feudal.
Dentro dessa compreensão, admite-se o estudo e a valorização do que se escreveu sobre o Brasil e no Brasil desde o séc. XVI, da mesma forma que impõe o estudo e o reconhecimento de condições indispensáveis à atividade literária, simultaneamente com a formação de centros que a comportavam. A partir desses elementos de pesquisa e investigação, chega-se ao estudo das constantes e freqüentes temáticas e atitudes, expressas e cultivadas por escritores que ou estiveram no Brasil, ou passaram a admiti-lo como pátria imposta ou de eleição, ou nasceram brasileiros: trazem por um lado a formação de origem, por outro vão buscá-la em Portugal, quando não a obtém na colônia. Nesse último caso, é preciso lembrar o importante papel desempenhado pela Companhia de Jesus e de outras ordens religiosas, mesmo que seja precariamente a iniciativa leiga no desenvolvimento do ensino das humanidades e na própria formação religiosa da maioria dos escritores do período colonial, notadamente os cronistas. Nesta época são centros de atividade literária e cultural do Brasil-colonia, Salvador, Recife e Olinda, Rio de Janeiro e São Paulo.
A partir do séc. XVI precisamente com a Carta de Pero Vaz Caminha, de 1500, é que se encontra a semente das manifestações literárias no Brasil. Além desse registro, estão os cronistas portugueses Pero de Mangalhães Gandavo, Pero Lopes de Souza, Gabriel Soares de Souza, dos jesuítas José de Anchieta, Manuel da Nóbrega, Fernam Cardim, dos viajantes e aventureiros estrangeiros como Hans Staden, André Thevert, Jean de Lery, Anthony Kniver, com um tipo de literatura de registro e viagens, feita de informações, aventuras e imaginação.
A Carta à História da Província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil, de 1576, o Diário de navegação de 1530-1532, até a obra de mais ampla informação que se escreveu sobre o Brasil do séc. XVI, Noticia do Brasil ou Tratado Descritivo do Brasil, em 1587, acumulam-se as reações, intenções e interesses que explicam e estimulam a obra de colonização do portugues.
No caso dos jesuítas, resulta de registros relativos aos contatos com o índio através da obra de catequese, visando a informação e a orientação desse programa que resultava ao mesmo tempo no conhecimento que se formou no séc. XVI do autóctone ameríndio, atestado por cartas, relatórios, sermões, até estudos lingüísticos e definidamente de interesse literário, como do teatro de catequese e poesia de José de Anchieta.
No caso dos aventureiros e viajantes predomina a aventura, a imaginação e a informação pelo amor do exótico que então se generaliza na Europa. Isso com muito sabor de criação sobre a informação empírica, de qualquer forma, toda essa literatura é o ponto de partida e fundamento do que se segue, além de ser hoje fonte preciosa para estudos vários.
Este é o período compreendido pelo Classicismo, movimento literário da Renascença, que tinha por modelo a cultura greco-latina,situado exatamente no séc. XVI. Um nome de destaque é o de Luis Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas, que é considerado em língua portuguesa, um modelo de autor clássico. Rigor no tratamento literário, informação erudita, arte com finalidade moral, citação da mitologia grega e romana. No Brasil, conforme Assis Brasil, não houve propriamente um Classicismo, isso porque só em Portugal com Camões, adotando o estilo de narrativa épica, acentuado espírito nacionalista, feitos que se tornariam a história de um povo.
Para Alceu Amoroso Lima, Camões exerceria uma forte influencia nos primórdios da nossa literatura, marcando uma linha de força da nossa evolução literária exercida pela obra “Prosopopéia”, de Beto Teixeira (1550-1600), praticamente um rascunho da obra camoniana. Pressupõe-se que este autor nasceu em Portugal, chegando jovem ao Brasil, sendo depois professor em Pernambuco, assassinar a mulher, ser condenado e manter-se enrascado com a Inquisição. A sua “Prosopopéia” foi publicada em 1601, um ano após a sua morte e, segundo Assis Brasil, a importância da obra e do autor é apenas histórica, pois é considerado como o inaugurador da literatura brasileira, ao lado de José de Anchieta. A “Prosopopéia” é tida como um poema falho, deficiente e por demais descritivo, exaltando as qualidades administrativas de Jorge de Albuquerque Coelho, segundo donatário da capitania pernambucana, imitando o modelo camoniano, com heróis, aventuras e batalhas, tendo 94 estrofes em oitava rima, e é considerado por Antonio Candido como iniciador de uma tradição brasileira de nativismo grandiloquente.
Ronald de Carvalho apresenta Bento Teixeira a partir da informação recolhida da Biblioteca Lusitana, de Diogo Barbosa Machado: “Bento Teixeira Pinto, natural de Pernambuco, igualmente perito na poética que na historia, de que são argumentos as seguintes obras: Prosopopéia dirigida a Jorge de Albuquerque Coelho, capitão e governador de Pernambuco, nova Lusitânia – Lisboa, por Antonio Álvares, 1601. são oitavas juntamente com a Relação do naufrágio que fez o mesmo Jorge Coelho, vindo de Pernambuco a nau Santo Antonio, em o ano de 1565. saiu duas vezes impressa na Historia Trágico-Maritima, tomo 2º, desde a pagina 1 até 59. Diálogos das Grandezas do Brasil em que são interlocutores Brandonio e Alvino. Ms. Consta de 106 folhas. Trata de muitas curiosidades pertencentes à Corografia e Historia Natural daquelas capitanias. Conserva-se na livraria do Conde de Vimieiro. Desta obra e do autor faz memória o moderno adicionador da Bibl. Georg., de Antonio leão. Tomo 3, tit único, col 1164”.
Para Nelson Werneck Sodré a sociedade brasileira da primeira etapa histórica da fase colônia tinha linha muito simples, havendo na cúpula os proprietários de terra e de escravos, aqueles que, com o passar dos tempos formariam a aristocracia rural ou patriciado rural, ou, ainda, nobreza rural. Embaixo era encontrada cada vez mais numerosas massas de escravos sem qualquer direito, tratados como coisas pela própria legislação. Tal estrutura, para o autor, responde com perfeição ás necessidades do desenvolvimento do capital mercantil.
Para Otto Maria Carpeaux a expressão literatura colonial define determinada fase da historia literária brasileira, conforme critérios da história política do país. Politicamente, essa fase é homogênea, mantendo-se durante o respectivo tempo o status coloniae. Literariamente, porém, não se verifica essa homogeneidade.

FONTE:
BANDEIRA, Manuel. Noções de história das literaturas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1940.
BRASIL, Assis. Dicionário pratico de literatura brasileira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1979.
______. Vocabulário técnico de literatura. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1979.
CARPEAUX, Otto. Pequena bibliografia critica da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1979.
CARVALHO, Ronald. Pequena história da literatura brasileira. Rio de Janeiro: F. Briguet, 1955.
COUTINHO, Afrânio. Introdução à literatura brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
FERREIRA, Pinto. Historia da literatura brasileira. Caruaru: Fadica, 1981.
LIMA, Alceu Amoroso. Introdução à literatura brasileira. Rio de Janeiro:Agir, 1956.
LITRENTO, Oliveiros. Apresentação da literatura brasileira. RJ/Brasilia: Forense/Universitária/INL, 1978.
MARTINS, Wilson. A literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1967.
ROMERO, Silvio. História da literatura brasileira. Brasília: INL, 1989.
SODRÉ, Nelson Werneck. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.

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terça-feira, maio 27, 2008

DICAS & DICAS TATARITARITATÁ!!!



PESQUISA ITAU CULTURAL - A produtora cultural e artista visual alagoana, Viviani Duarte, foi indicada, pelos curadores regionais do programa Rumos Artes Visuais 2008 do Instituto Itaú Cultural, para realizar pesquisa de coleta de dados específicos sobre o cenário de produção e fruição das artes visuais em Maceió. O objetivo da pesquisa a ser realizada para o “Programa Rumos Artes Visuais 2008” é obter informações sistematizadas a respeito do contexto artístico das diversas regiões do país, a fim de subsidiar o trabalho dos curadores, bem como alimentar as bases de dados do Observatório Itaú Cultural. Os dados a serem levantados são sobre Museus e Instituições Culturais Cursos de Graduação, Pós-Graduação, Especialização, Extensão, Programas públicos e privados de fomento à cultura , Leis de incentivo à cultura , Meios de comunicação.



CAFÉ COM POESIA - O evento Café com Poesia acontecerá dia 29 de maio, às 9h, no plenário da Assembléia Legislativa de Pernambuco.
Participação musical de Otto Lisboa, Lourdinha Nobrega e Orquestra, e Melck Guedes (Alepe).Info: Sirlênia Araújo.

EXPO CANGACEIROS - Inaugura-se no dia 29, no Memorial da Cultura do Centro Dragão do Mar, em Fortaleza, a exposição "Cangaceiros". Essa será a primeira grande retrospectiva das fotografias dos cangaceiros durante quase toda a epopéia de Lampião e seu bando (1922-1938). Realizadas a partir dos documentos originais, as ampliações contemporâneas reunidas permitem acompanhar a evolução desta forma original de banditismo que faz parte da 'mitologia' do nordeste brasileiro. O horário para visitação é de terça a quinta-feira, das 9h às 19h, e de sexta-feira a domingo, das 14h às 21h. Outras informações: (85) 3488.8611.



ESTAÇÃO POEMIA – O Projeto Estação PoeMia – Poesia todos os dias, fez parceria com o Instituto a Vez do Mestre – AVM de Pós Graduação pela Universidade Candido Mendes, com a Cafeteria Carioca recém inaugurada, que abre suas dependências para um novo espaço de Cultura em Copacabana e em especial o evento de Poesia Estação PoeMia e suas estações: Literatura em Prosa e Verso. Lançamento de livro do Poeta e Escritor Ivo Torres, Estação – Inédito é Criar – Suplemento Literário. Estação – Corpo & Palavra.Estação – Cesta Básica – Poesia na cesta básica. Poemas sociais e Políticos. Estação - Palavras Abertas – Caleidoscópio de Emoções.O Poeta e escritor Ivo Torres do Espaço Cultural – FESP é o convidado da Estação em Prosa e Verso. O evento do dia 29 de maio – ESTAÇÃO LITERATURA EM PROSA E VERSO – faz o LANÇAMENTO DO LIVRO LOVE AND LOVE – 100 poemas de amor reunidos pelo autor; de Ivo Torres com o Prefácio do Acadêmico da ABL de Antonio Olinto. Poesia todos os dias na Cafeteria Carioca um novo espaço Cultural em Copacabana - Barata Ribeiro, 197 ljA LOCAL: CAFETERIA CARIOCA – RUA BARATA RIBEIRO, 197 LJ. A Tel: 2235-2142 - COPACABANA – RIO DE JANEIRO – RJ Contatos: João Carlos Luz - Coordenador/Tels: 97830879 e-mail: jcarluz@gmail.com Produção: Gabriella Rangel/Tel: 81463327 e-mail: gabriellarange@gmail.com



SONHOS – Mostra individual no Fran's Cafe Sorocaba, com trabalhos do acervo do artista plástico Tortello. De 13 a 22 de Junho, com abertura oficial no dia 13/06, às 20:00h. Informações: 15 97966791 15 9102-9571

II° CONCURSO POESIARTE DE POESIA - Leia, divulgue e participe...Grupo PROCESSO!
Segue o link abaixo: http://antologiapoesiarte.blogspot.com/2008/04/ii-concurso-poesiarte-de-poesia.html

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segunda-feira, maio 26, 2008

ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO DE ESCRITORES



ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO DE ESCRITORES - BLUMENAU SEDIARÁ ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO DE ESCRITORES. A cidade de Blumenau, no Estado de Santa Catarina, será a sede de Encontro luso-brasileiro de escritores. Entre os dias 12 a 15 de Junho de 2008, Blumenau sediará o III ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO DE ESCRITORES DO PORTAL CEN. O evento, que ocorre a cada dois anos, é promovido pelo PORTAL CEN http://www.caestamosnos.org, um dos maiores portais da internet mundial de escritores da língua portuguesa. A primeira edição ocorreu em 2004 na cidade de Fortaleza – CE, e a segunda, em 2006, no Rio de Janeiro – RJ. Foi nesta edição, que os escritores Luiz Eduardo Caminha e Terezinha Manczak, da Sociedade de Escritores de Blumenau, candidataram Blumenau à cidade sede do Encontro, cuja intenção inicial era ser realizado em Lisboa, Portugal. Face o carisma exercido por Blumenau, a direção do Portal CEN decidiu por mais um evento no Brasil, ficando a 4ª. Edição pré-agendada para 2010 em Portugal. Para o Presidente do Portal CEN, Escritor e Jornalista Carlos Leite Ribeiro “o evento se reveste de uma expectativa muito grande por parte dos escritores membros do portal e das outras entidades parceiras, não apenas pelos atrativos da cidade, mas em especial pelo conteúdo de alto nível que estará sendo abordado nos 4 dias de Encontro”. “Tivemos um cuidado muito grande em selecionar os temas do Encontro, além dos participantes das Mesas de Debates e das palestras, trazendo nomes reconhecidos pela Literatura local, estadual, nacional e portuguesa. Teremos palestrantes de Portugal e dos estados do Ceará, Alagoas, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de inúmeros participantes de, pelo menos, 10 estados brasileiros” e da América do Sul, ressalta Luiz Eduardo Caminha, Coordenador Geral do IIIº.Encontro. ATIVIDADES PROGRAMADAS: Entre os temas abordados, quatro se destacam: A palestra de Abertura do Encontro “Influências Culturais da vinda da Família Real para o Brasil – Enfoque especial para Literatura” que será proferida pelo Acadêmico da Academia Catarinense de Letras Professor Celestino Sachet. Duas mesas de debate com os temas “Temáticas e Linguagens na Prosa Lusófona Contemporânea”, com a participação especial do escritor pernambucano Luiz Alberto Machado e “Poesia Lusófona – de mares nunca dantes navegados aos horizontes atuais”, com destaque para a participação de Ademir Antonio Bacca, de Bento Gonçalves RS, poeta e produtor cultural, Presidente do Proyecto Cultural Sur/Brasil, que realiza anualmente o Congresso Brasileiro de Poesia, já na XVI edição. Autores do CEN e de Blumenau também estarão presentes nas Mesas. Um quarto tema apaixonante e muito atual será abordado no Painel “A Memória e os Documentos Memoriais e Históricos como fonte de pesquisa literária”. Uma exposição de Infogravuras e Poemas Visuais, do artista visual catarinense Tchello d’Barros, ex-presidente da SEB, radicado atualmente em Maceió – Al, estará aberta à visitação Também uma Antologia do evento, com 54 autores, está sendo preparada com textos em verso e prosa de vários escritores de Portugal, Brasil e América do Sul e será lançada no próprio evento, no dia 14/04. Destaque especial da Antologia o autor do Portal Artur da Távola, recentemente falecido. ATIVIDADES EXTRA-EVENTO: O evento não se resumirá apenas às atividades internas. Sábado, 14 de Junho, os participantes saem para atividades externas. “Será um momento voltado à toda a população interessada e será desenvolvido na Praça Hercílio Luz, numa intenção de trazer a literatura e a arte para a rua” destaca, Caminha. “Atividades como Arte na Praça, com apoio da BLUAP (Associação Blumenauense de Artistas Plásticos), declamação de poesias, recital Cruz e Souza, performance da Confraria das Borboletas, além de danças, música e artes marciais no Casarão das Oficinas”. Além destas estão previstas atividades sociais para os participantes: Jantar-Show “Noite Portuguesa”, com a presença da fadista Célia Pedro, que também estará cantando Nossa Senhora de Portugal em Missa na Catedral São Paulo Apóstolo, no dia 13.06.2008, as 19 horas e uma Minioktoberfest, no próprio Hotel do Evento. PARCERIAS: O IIIº.Encontro conta com a parceria da Sociedade de Escritores de Blumenau - SEB, a Academia de Letras Blumenauense, Academia Catarinense de Letras e Artes, Academia Sul Brasileira de Letras e Sociedade Amigos da Biblioteca Municipal Dr. Fritz Müller e o apoio do Governo Municipal através da Fundação Cultural de Blumenau e Secretaria de Turismo de Blumenau, do Governo do Estado de Santa Catarina através da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Santa Catarina – SDR Blumenau, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE e do Blumenau Convention Bureau. INSCRIÇÕES: As inscrições continuam abertas e devem ser realizadas acessando o “site” http://www.caestamosnos.org O QUE? III ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO DE ESCRITORES DO PORTAL CEN.ONDE? Salões do Viena Park Hotel QUANDO? De 12 a 15 de Junho MAIORES INFORMAÇÕES: No site do evento no PORTAL CEN http://www.caestamosnos.com.br CONTATOS PARA IMPRENSA: Telefones: 47-9982.9337; 47-9983.8017; 48-9111.5550 ou 48-3369.3115 com Caminha – Coordenador do Encontro http://www.stmt.com.br



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sexta-feira, maio 23, 2008

PRIMEIRA REUNIÃO



Imagem: Praça Maurity, Palmares – PE - foto: Jornal O Olho.

POUCAS PALAVRAS E UMA DOR
(para Mauricio Melo Junior)

Luiz Alberto Machado

No arruado eu sonhava olhando com espanto pros trilhos pertinho da usina que não era sonhar, era o ganido da vida dos lêmures açucareiros e dos vultos insones que o Una bramia atrás da prefeitura
(catando futuro no meio do mundo eu não era Armstrong, mas vivia na lua e no jazz).
A gente cantava as vidraças gratuitas no meio da feira e no comercio com jeans e bugingangas e balangandãs com a incerteza no bolso e o futuro no olhar que virava noite candomblés cabarés misturando besouros e tinos e motos na Praça Maurity onde ontem teve uma briga de galo sob um sol enorme e isso custa a sair da moldura memória.
Bora gente, bora, bora, vamolá! Bora gente, bora. Nosso mundo conquistar!
E a conquista era utópica não valia um aceno nem cabia um verão, mas se estendia rua afora becos bairros acessos perimetrais, tinha ânimo de agüentar quantas peripécias doidas inventasse permitir depois de Japaranduba ou do arco-íris ou sei lá mais onde infernalém, além.
Nessa alma toda dentro desse bailar de vida verde louca inventada nas canções cantadas desafinadamente nos cartões postais do universo mágico dos rios e seus jangadeiros cundundas, acaris, traíras e bicheiros calungas meretrizes hierofantes farrapos feirantes rabecas e pastoris tudo num oxigênio pálido e clandestino num resplandecer de vultos viciados de vida e de morte que arreavam nas correntes que geravam vida breve e morte certa pelos currais, urgências, penitenciárias, nosocômios, cartórios e cemitérios num redemoinho que era vital e letal ao mesmo tempo para incandescerem e assim pertencerem aos episódios do éter!
Ainda vou e escuto o barulho do trovão sob a expectativa provável de ouvir de tarde ou a qualquer momento a efervescência radioativa de luniks sputiniks progress life napalms e bombas rasgando apocalipse e gênesis para emancipação de merda do homem com seus subterrâneos desvarios cravados nas leis mandamentos procedimentos manuais e na tabua da sorte sei lá que mais etc e tal.
Eu continuo só – a solidão é o hábito da noite – no meu mal secreto capaz de ouvir e entender estrelas e sonhando a vertigem de cair nos olhos de Clarice pela via crucis da alma nos laços de família quando ela encantadoramente me pergunta “Onde estiveste esta noite?” e eu ouvindo sua voz rouca arrastada entre os dentes no seu silêncio inatingível para me contar a paixão segundo GH na hora da estrela, na nossa felicidade clandestina, no centro de nossa cidade sitiada.
E eu vou e vivo voluntariamente nesta terra em que o sol jamais reconhecerá o ocaso e o meu espolio porque só tenho dores, eternamente dores para ter palavras e as palavras para acalentar as dores porque nas palavras eternamente a dor da palavra na fúria dos anos e na minha paixão whitimeana quando a noite desabou e o dia havia desabado junto e apagado a vela que o vento baniu a luz. E Lennon dizia “Imagine” e eu nem imaginava nada porque havia uma bomba oculta no telhado suspendendo os meus sentidos que estavam no meio das gatas que miavam a safadeza da escuridão no meio da noite e me diziam que o sonho havia acabado que Lennon desiludido e o sonho acabado e Lennon com o sonho acabado e nem se falava mais de paz e amor nem na Era de Aquário nem nada porque restava uma vida insone sobre os cadáveres da herança e havia deflagrado uma guerra na América Central e toda Europa estava comprometida e o mundo comprometido, a paz comprometida, o amor comprometido e o céu ainda estava azul mas pronto para virar cinzas na provisão dos meus sonhos que eu trazia a tiracolo. Os sonhos não morrem. E não é de sonhos que precisamos, mas de punhos! Ponto final.

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quinta-feira, maio 22, 2008

POETAS DO RIO GRANDE DO SUL



MARCO CELSO HUFFEL VIOLA

SONETO DO AMOR PERFEITO

O amor perfeito é com pacto de sangue, fervoroso, espesso,
No entanto palpável, completo no desejo, palatável, adjunto,
Maleável, dobrável, inquebrantável. O amor só é inteiro se for perfeito,
Nem sempre masculino e feminino, pode ser do mesmo gênero.

Se for sensível ao toque, pele a pêlo, um pelo outro, sem apelo,
De posse concedida. O amor tem que construir pontes, frestas, fontes,
Postigos, aberturas, caminhos, ninhos, recantos, recatos. O amor não existe
Sozinho, não resiste quieto, parado, adormecido, é acordado tal e qual

É tormenta, é calmaria, é desvelo, é febre, balsamo,
É comunhão, consola, não arranha, não bate, nem apanha é ajustado
M todos os detalhes. O amor só se faz perfeito sem cercas, domínios,

Propriedades, é bem sem direitos, vantagens, territórios,
O amor exige liberdade e renuncia, isto é vital. O amor perfeito
De amor é feito, é maior e reina acima d tudo que é essencial.

POEMA ENCONTRADO NUM SONHO

O vento canta canções ao vento
Que o vento não sabe explicar
Quando o vento canta canções eternas
Ele vem me chamar.

ODE A TUA NUDEZ

Repousa Rosa e Ana adormecida,
Úmida, onda, onça, neste aromal, lhana,
Digo a noite em silêncio tu nombre
Com medo de acordar à noite
Tu nombre, dorme numa arena repleta, sobre a rocha.
Atento por meus cuidados
Cingida de iasmins
Seguro o vento para que não perturbe teu rosto lheno,
Secreta planta em vaso de cristal restrito,
Peço a luz das estrelas que não
Caiam sobre ti para não marcar tua pele,
Seguro tua mão para que não voes pela noite sem mim,
Estás nua dentro de ti
E teu decoro é tão grande que velo teu sono
Como guardião feroz, sagrado teu cavaleiro
Armado com adaga de Vera gusa
No alpendre da varanda
Não permito que nada possa cessar
Este momento sagrado
E está encerrado.

HAI KAIS

Com a linha
Do horizonte
Teço um monte

O amor perfeito
Não se anuncia
Nasce de qualquer jeito

Fiz minha casa
Na tua asa,
Passarinho

A borboleta
Abana a flor
Que reclama do calor

A aranha quis prender
A lua em sua teia
A lua, ficou cheia

MARCO CELSO HUFFEL VIOLA: POEMAS PARA LER EM VOZ ALTA. O poeta gaúcho Marco Celso Huffell Viola começou a imprimir e a expor seus poemas em 1969, iniciando o que a crítica denominou, mais tarde, de geração mimeógrafo. Os poemas acima integra o livro “Poemas para ler em voz alta”, Porto Alegre: Office, 2004. A respeito de sua obra diz o jornalista, escritor e poeta Nei Duclós: Marco Celso tem esse perfil: o poeta que todos apostaram que já tinho ido embora, mas quando surge nos diz que sempre esteve conosco e traz a boa nova da poesia sem máscara, a que tem o dom do encantamento e a força da vocação que jamais pode ser negada. Ele edita os blogs Marco Celso Huffel Viola e Marco Celso Viola.

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quarta-feira, maio 21, 2008

DICAS PRO FERIADÃO & TATARITARITATÁ!!!!



DEMETRIO MAGNOLI – Rio de Janeiro: coquetel de lançamento do livro História da paz No dia 27 de maio (terça-feira), acontece o coquetel de lançamento do livro História da paz, organizado pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que estará presente autografando a obra juntamente com alguns autores: Fernando Gabeira, Luís Fernando Panelli César, Luiz de Alencar Araripe, Marcos de Azambuja e Mônica Herz. O evento será realizado na Livraria da Travessa – Shopping Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Loja 205ª – Leblon – Rio de Janeiro - RJ), a partir das 20h. A entrada é franca. O sociólogo Demétrio Magnoli, reuniu uma armada poderosíssima para contar a História da paz, lançamento da Editora Contexto. Nessa legião da paz tem jornalista, historiadores, ex-ministro das Relações Internacionais, doutor em Economia, diplomata, coronel de Estado-Maior, embaixador, doutora em Relações Internacionais e em Ciência Política. Todos grandes especialistas em suas áreas. Organizador Demétrio Magnoli é sociólogo, doutor em Geografia Humana pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e integrante do Grupo de Análises de Conjuntura Internacional (Gacint) – USP. Organizador e Co-autor de História das guerras (Editora Contexto). Serviço Livro: História da paz Organizador: Demétrio Magnoli Formato: 16 x 23 cm; 448 páginas Preço: R$ 49,00Informações Fábio Diegues Assessoria de Imprensa Tel.: (11) 3832-5838 ou 8399-4331 imprensa@editoracontexto.com.br

BANCO DO NORDESTE AMPLIA FINANCIAMENTO PARA SETOR CULTURAL - O Banco do Nordeste estendeu para toda a sua área de atuação o programa de apoio ao financiamento reembolsável do setor cultural, Procultura. Anteriormente disponibilizado apenas para capitais nordestinas e cidades-sede dos centros culturais do Banco, o Procultura passa a financiar projetos culturais desenvolvidos em quaisquer cidades da Região Nordeste ou norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Lançado em junho de 2007, durante a inauguração do Centro Cultural Banco do Nordeste – Sousa - PB, o Procultura tem o objetivo de financiar a implantação, ampliação, modernização e reforma de espaços e empreendimentos culturais, além do financiamento à produção, promoção, divulgação e comercialização de produtos culturais, mediante capital de giro associado. Dentre outras atividades econômicas, o programa apóia também a produção de espetáculos de artes cênicas; produção, gravação, edição e distribuição de produtos musicais, audiovisuais ou de outras mídias e editoração de livros e outras publicações. BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A Ambiente de Comunicação Social Fone: (85) 3299-3149

CESAR ROMERO BRAMANTE – 40 ANOS DE PINTURAS – Até 8 de junho, o público recifense poderá se encantar com a mostra “César Romero BRamante – 40 anos de pinturas”. Nesta mostra, o artista aprofundou sua pesquisa das ‘Faixas Emblemáticas’, como se colocasse uma lente de aumento nas telas. Com 57 anos de idade e 40 de carreira, César Romero fez uma trajetória premiada (são 30 prêmios de pintura e 4 de fotografia) possui trabalhos em 45 museus brasileiros e participou de várias exposições internacionais a convite ou através de salões. César Romero acaba de ser agraciado com o Prêmio Mario Pedrosa, na categoria Artista de Linguagem Contemporânea, conferido pela Associação Brasileira de Crítica de Arte, com sedeem São Paulo. BRamante – 40 anos – Pinturas Galeria Arte Plural Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife Período da Exposição até 8 de junho – 2008 Horário: Terça a Domingo das 10 às 19hs



A FORÇA DA FÉ – Livro reúne celebridades que falam sobre fé e superação, tema central do livro A força da Fé, da jornalista Iva Oliveira. A autora colheu entrevistas com diversas celebridades e selecionou 30 depoimentos emocionantes. São personalidades que venceram seus problemas com a força da fé. Entre os entrevistados estão Adriane Galisteu, Ana Maria Braga, Frei Betto, Henry Sobel, Ivete Sangalo, Lucinha Araújo, Lolita Rodrigues, Cid Moreira, Maurício Mattar. Personalidades famosas, mas com problemas e dificuldades comuns. As histórias de superação e otimismo ensinam a compreender melhor as dificuldades da vida e mostram que a saída está sempre mais perto do que imaginamos. Iva Oliveira nasceu na cidade de Cerqueira César, interior de São Paulo. Formada em Jornalismo e Letras, construiu sua carreira na capital, onde atuou em veículos de grande circulação como Folha de S. Paulo, Gazeta Mercantil, Diário de São Paulo e, mais recentemente, na revista Contigo!. A experiência de seis anos com o mundo das celebridades foi a ponte para a confecção deste livro. Para a autora, independentemente da editoria jornalística, o importante é a oportunidade de conhecer as várias facetas do ser humano. Informações adicionais: A Força da FéCapa: supremo 250 gNº de páginas: 140 Autora: Iva OliveiraAcabamento: laminado foscoISBN: 978-85-88948-57-0 Editora: Panda BooksPapel: off set 75 gCB: 9788588948570 Assunto: Fé / celebridadesFormato: 14 x 21 cmPreço: 24,90 Peso: 0,181Sinopse: 30 celebridades e personalidades da religião contam suas histórias de superação baseadas na força da fé. Um livro que reúne diversas crenças.

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terça-feira, maio 20, 2008

POETAS DE SÃO PAULO



ALFREDO ROSSETTI

POEMETO 12

Quero coisas novas a cada instante,
Mesmo que tenham mil anos.
Pequena parte de mim pode ser saudade,
Mas o resto: susto constante.

ENDEREÇO

Não escrevo sobre a criança que fui.
Nem o alguém que tenho estado.
Não busco os dias claros nem o tempo obscuro.
Escrevo somente para mim, que é a quem procuro.

CONFISSÃO

Eu sou a soma do que tentei ser.
Forjado naquilo que não consegui.
Sou desconstruído em mosaicos,
Alvenaria flácida,
Portos distantes dentro do mesmo continente.
Sou sempre busca.
Sou sempre nova etapa.
Sou sempre o que nunca concluo.
Mas, látego, um poeta habita em mim como um grito.

PÃO E VINHO

Inebriado pelas suas conquistas,
O homem imola sua crença cega.
Beija a pobreza de seu Mestre;
E à oferta de amor e vinho
Constrói sua própria adega.
Ao pão,
Escolhe o não.
O homem vive daquilo que nega.

EXERCÍCIO MATINAL

Nas pontas dos dedos no novo dia,
Um escuro de medos. Reflete
Certa energia (que deve vir)
Do recordar d um parágrafo
Ou em devir motor de um culto ágrafo.
Um mal sabedor que rompe, cria cores
Ou notas silenciosas
Que prorrompe dores ocultas e pastosas.
Mas antes que qualquer lembrança m divida
Acordarei do que foi me dito em algum passado
E verterei aos olhos, numa simples sacudida,
Raios de sol eufônicos neste instante alforriado.

A POESIA IV

Na avenida da língua portuguesa
Deus
Passeia em rimas
Com ateus.

METAPOEMETO

Houve um amor.
Houve uma flor.
Há um lugar-
Comum à dor.

O MEDO

O dedo do povo
Na urna
E o dedo no gatilho
Na rua
Grassam o medo de sentir medo
Na pátria nua.

CONSEQUENTE

Não sei de onde vim
E para onde vou me inquieta.
Vivo entre a lógica e a loucura.
Daí, poeta.

PERSONA

A chave da minha vida só a poesia destrava.
Sinto estar sempre entre a aparecia de névoa
E um verso, ao qual recorro, se a dor crava.
Quando verdade,
Não sou carne nem espírito.
Apenas palavras.

LÍRICO

Pouse o amor na palma da sua mão.
Não trema a mão.
Não feche a mão.
E mesmo que escorra o amor,
Embate algum será em vão.

ALFREDO ROSSETTI – o poeta paulista Alfredo Rossetti é autor dos livros “Em busca do verso (a elegia do olhar)”, “Dia de Chuva” e do recém publicado “Colheita dos ventos”, editado pela Legis Summa, agora em 2008, de onde foram selecionados os poemas aqui publicados. Ele possui o Sítio de Poesia reunindo seus poemas visuais, haicais, versos livros e poemas concretos. Confira.

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segunda-feira, maio 19, 2008

DICAS DA SEMANA & TATARITARITATÁ



CORDEL NO MEIO DO MUNDO – nesta terça, dia 20, 19hs, no Restaurante Nosso Quintal – RECIFE – PE.



CAMPO DE TRIGO COM CORVOS – O livro “Campo de Trigo Com Corvos”, de Silas Correa Leite, reúne contos premiados no voluma. 144p. Editora Design, Santa Catarina, Brasil Autor: Silas Correa Leite Site: www.itarare.com.br/silas.htm Contatos: e-mail: poesilas@terra.com.br



POLÍTICA, CULTURA & MÍDIA – Lançamento do livro “Textos Nômades – Política, Cultura e Mídia”, de Alexandre Barbalho Dia 20 de maio, terça-feira, às 19 horas PROGRAMA TROCA DE IDÉIAS Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Alexandre Barbalho (autor do livro) – (85) 8814.0806 Sylvio Gadelha (apresentador do livro) – (85) 8899.6792 Jacqueline Medeiros (gerente-executiva, em exercício, do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza) – (85) 3464.3184 / 8851.5548 – jacquerlm@bnb.gov.br Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 – lucianoms@bnb.gov.br

COPAPUB CINECLUBB – Estréia 19 de maio, Guimo Pub - Copa Hostel Cyber Café Av. N. Sra. de Copacabana, 1.077 quase esquina da Rua Djalma Ulrich ou, para quem preferir: ao lado do Vanity Hotel COPACABANA - Posto 6 - telefone: (21) 2512-1952 lançamento agregado do dvd: curta fala :: cine-zine 1.0 de Tavinho Paes & Maurício Antoun com Alceu Valença, Chacal, Karla Sabah, Beto Braga Gabi Morenah, Sérgio Péo, Tantão, Bayard Tonelli Igor Cotrim, Nathalie Bernier. mix contemporâneo de poesia falada e audio-visual operado por J. 21h cineclubb ambient film As Férias de M. Hullot, de Jacques Tati 21:30h poema.pub show Tavinho Paes & Arnaldo Brandão amigos e parceiros há mais de 25 anos apresentam novíssimas canções 22:00h poeMix show roda de poesia coordenada pelos poetas Pedro Lage Conversa Portátil) e João José de Melo Franco (editor Ibis Libris), com inserções de material audio-visual selecionado. Além da roda, serão apresentadas intervenções de quadros fixos como: ópera contata (onde uma ópera será resumida e contada), entrevista relâmpago (sempre com alguém presente, embora, por motivos especiais, possa ser apresentada em vídeo) e jogral experimental (como por exemplo: garotas lêem Bukowski). direção geral Tavinho Paes.

PAKA-TATU - a Editora Paka-Tatu traz lançamentos de seus títulos: Projeto Radam: uma Saga Amazônica de Mário Ivan Cardoso de Lima, Música Popular Brasileira: a Valorização do ´pequeno´em Chico Buarque e Manuel Bandeira de Luciano Marcos Dias Cavalcanti & muito mais. Confira. EDITORA PAKA-TATU - bons autores, bons livros Rua Oliveira Belo 386, salas 8 e 9 Bairro do Umarizal CEP 66050-380 Fonefax (91) 3212.1063; (91) 9963.6654 www.editorapakatatu.com.br.

O SEERJ - Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro e a Casa de Cultura Lima Barreto: Sarau na Serra - Um Encontro com a Poesia excursão ao Hotel Recanto das Hortênsias, em Passa Quatro, MG, na Serra da Mantiqueira, nos dias 08, 09 e 10 de agosto deste ano. Saída do Rio às 9h de 08/08, com ponto de encontro em frente ao SEERJ (Av. Paulo de Frontin, 353, Tijuca) Chegada prevista no hotel: 16h Retorno no domingo (10/08), após o almoço, com chegada prevista ao Rio às 20h. Contatos com a Coordenadora do evento: MARIANGELA MANGIA 21-81868807; 21-24387105; 21-24914972 Realização: SEERJ

SALÃO DE ARTES DA ACADEMIA BRASILEIRA DO MEIO AMBIENTE – no Centro Cultural do TRT - 1ª Região. Visa retratar através das Artes Plásticas a importância da Preservação do Meio Ambiente no Brasil e no Mundo, ou seja na natureza, na fauna, na flora, em todos os aspectos - assim o Salão de Artes terá TEMA LIVRE. O Salão está aberto a todos os Artistas Plásticos, de toda e qualquer parte do território nacional, na modalidade de: PINTURA ACADÊMICA, CONTEMPORÂNEA, NAIF OU DECORATIVA, GRAVURA, FOTOGRAFIA, DESENHO, PASTEL, AQUARELA, GUACHE, NANQUIM, GRAVURA etc. e ESCULTURA, INSTALAÇÃO, PAPEL MACHÊ, PORCELANA, MINIATURAS etc. INSCRIÇÃO E ENTREGA DAS OBRAS: Será feita no período de 27 de maio a 03 de junho, das 10 às 12h e de 14 às 16h, de 2ª à 6ª feira, no Centro Cultural do TRT - 1ª Região - à Av. Presidente Antonio Carlos, 251 - Centro - RJ (Entrada também pela R. da Imprensa, atrás do TRT). A EXPOSIÇÃO estará aberta ao público de 05 a 24 de junho, no horário de 09 às 16h. MAIS INFORMAÇÕES: com Vera Figueredo, Curadora do Salão de Artes, tel. (21) 9966-3547 / E-mail ou com Drª Nilza Pinheiro de Athayde Lieh, Presidente da Academia Brasileira de Meio Ambiente. Divulgação: Jornal RioArteCultura.Com > Email > Tel: 21 2275-8563 / 9208-6225

FESTIVAL DE POESIA FALADA DO RIO DE JANEIRO - PRÊMIO FRANCISCO IGREJA – A APPERJ - Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro convida todos os poetas a participarem do tema do concurso livre, sendo aceitos todos os estilos poéticos. Poderão participar poetas residentes no país, de qualquer nacionalidade, exceto os diretores da APPERJ. Até o dia 31 de julho de 2008. Festival de Poesia Falada do Rio de Janeiro - Prêmio Francisco Igreja; Estrada de Jacarepaguá, 7166/404. Cep: 22753-045, Rio de Janeiro/RJ, Outras informações pelos tel: Márcia Leite (21) 2447-0697 /Sérgio Gerônimo (21) 3328-4863. Apoio cultural: www.oficinaeditores.com.br

III CONCURSO CONTEMPORÂNEO DE TEXTOS CURTOS – A Cia de Teatro Contemporâneo, com Sede na Rua Conde de Irajá, 253 realiza o III Concurso Contemporâneo de Textos Teatrais Inéditos - textos teatrais curtos - squets na categoria teatro adulto. III CONCURSO CONTEMPORÂNEO DE TEXTOS TEATRAIS CURTOS Edição 004 CIA DE TEATRO CONTEMPORÂNEO Rua Conde de Irajá 253 - Botafogo - Rio de Janeiro CEP: 22271-020 - RJ Info: Cia de Teatro Contemporâneo no horário de 14:00 às 20:00 horas de segunda à sexta feira -na Rua Conde de Irajá 253 - Botafogo - Rio de Janeiro, telefone +55 xx 21 25375204 ou pelo e-mail cia@ciadeteatrocontemporaneo.com.br

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sexta-feira, maio 16, 2008

PRIMEIRA REUNIÃO



Imagem: Virgin and Child between St. Catherine and St. Mary Magdalene. detail of St. Mary Magdalene, ca.1490 (Gallerie dell'Accademia, Venice, Italy), do pintor da Alta Renascença italiana Giovanni Bellini (1426-1516).

ACALANTO

Luiz Alberto Machado

Eu canto acalanto
Enquanto a criança de sono impelido
Não cresce de repente a noite
É cheia de surpresas
Nas suas expectativas sinistras
No seu momento cilada
Alcanço a lua
E a noite é intima
Na minha solidão.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

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quinta-feira, maio 15, 2008

POETAS DO RIO DE JANEIRO



Foto: Janet Gomes.

MÁRCIO CATUNDA

A LIVRARIA

Adentro os umbrais do Edifício Marquês do Herval, o rito de passagem conduz às dimensões lúdicas.
Desço a espiral de um subterrâneo de luzes, giram, percepções de cristal:
O olhar desvenda iluminuras, códices de preciosa industria.
Anticaverna do tempo, flui o rio da memória, núcleo de reverencia do mundo.
Nem toda livraria é um pórtico da galáxia, insígnia da vida. Mas se o Leonardo é o patrono, um gênio conversa com o espírito dos livros e o acervo suscita viagens insólitas.
Nem toda livraria exalta inexorável fortuna.
Mas se a vitrine é aquarela mística, ignição do estro, motor geracional da história, saio pela galeria conduzindo um artefato de plástico, repleto da prosódia universal.
Se o patrono é Leonardo, a livraria é ponto cardeal de insônia e êxtase.
Arcádia! Ágora! Acrópole! No frontispício está escrito:
“Livraria Leonardo Da Vinci”.

INSTANTE DA URCA

Minha solidão, os barcos, a inquietude do mar e o tempo nebuloso....
O frio insólito de setembro, essa angustia de carros na rua estreita....
Mas, ao menos, a perspectiva é de alumbramento e, em mim, a visão dos prédios é um arco-iris, com a esperança de um tempo que se reconstitui.
Que esse desejo de sol me aqueça o gelo interior e derrame azul na moldura do relevo.
(A cidade se descontina em sinuosas simetrias).
Aves do céu, trazei os fulgores do dia!

MAR DE COPACABANA

Maroto mar, ó mar que se estronda e estruge,
atro mar, matreira onda,
lava os farrapos dos indigentess,
lava o pensamento dos dementes.
Mar romântico do meu Brasil,
Lava o velo cu do mulheril.
Mar azul de Copacabana,
Mar de Deus, grandeza soberana,
Mais do espírito que da matéria,
Flutua sobre a humana miséria,
Lúbrico arcanjo fenomenal.
Tu fecundaste o mundo ancestral,
Rei da vida terrena e aérea,
Porteiro do poder colossal.

CLARIVIDÊNCIAS DO ARPOADOR

Recanto onde a vida repousa na pele das águas.
Varanda de onde a fruição anímica qual talismã de ágata, reverbera matizas.
Tórrida delicadeza flui.
Espadas se espraiam nas linhas fúlgidas, viajam procelosos torvelinhos.
O clarão acende fagulhas em toda vaga, na espuma o arco-iris se prenuncia.
Florilégios no céu, caminhos imantados de milênios e o espírito habitante das grotas, tudo converge no alumbramento, miragem, chuva de luz, visão astral.
As entonações são minhas na voz do mar.
Súbito, o sol abre um leque, pirâmide tutelas, colunas etéreas fincadas na profundidade.
Este misterioso templo riscado de gaivotas, infinito desvelo, gemas do mistério colossal, este portento é o Deus dos meus altares, domínio do meu cismar.

VITRINE

Na Rua Barata Ribeiro, o marginal, o maltrapilho,
Olha a vitrine do Centro de Estética Canina.
Dentro da loja, conversam duas moças e dois cachorros.
Elegantes e perfumados, os animais brincam, cheirando-se reciprocamente....
No luxo da vidraça, a loja expõe sabonetes, xampus, berços, banheiras e comidas.
Tudo para cachorros.

NÉVOA NO PÃO D AÇÚCAR

Flutua o Cristo sobre o convés do oceano,
Guardião dos pântanos da Terra.
Cavalga filigranas nas águas movediças,
Púrpura na transfiguração dos contornos.
Na azulada sombra em que se dissolve a horizontalidade,
O Cristo voa sobre prédios e montanhas impalpáveis.
A cidade vista das alturas, permeada de névoa, perspectiva de profundidade, mergulha no mistério.
O crescimento das ondas e a textura da distância.
Quebrantos ecoando em mim.
Perplexo ante os abismos do mar,
Ponho a alma na intimidade dos enigmas,
Nas latitudes transbordantes.
Derramo soluços nos pórticos invisíveis,
Sobre o manto da miríade.
Do andaime próprio, sobre o dólmen opulento,
Eclode o cilindro portentoso,
Colosso erguido na face do mar.

PRAIA VERMELHA

Clareira de estio envolve o circulo de pedra.
Em diáfana dispersão, alada vertente,
O mar, laguna verde azul,
Passeia nuvens, matéria celeste.
Na pequena praia, represada entre montanhas,
O campo liquido se reclina
E o mar, lago aprisionado entre ilhas,
Viaja na transparência ondulada.
O espírito vislumbra as correntes em frêmito,
As ondas que cantam,
Tangendo liras de espuma no arco das pedras.

MÁRCIO CATUNDAMárcio Catunda Ferreira Gomes é cearense de nascimento, formado em Direito e em Diplomacia, vivendo por isso constantemente no exterior. Possui uma obra que totaliza 28 títulos publicados, entre livros individuais, CDs e CD-Roms. Integrou a antologia Rios, com uma seção intitulada "Engenho Urbano", que é inteiramente dedicada à cidade do Rio de Janeiro, na qual tem familiares, amigos e onde residiu durante muito tempo.

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quarta-feira, maio 14, 2008

AGENDA EVENTOS



CORDEL NO MEIO DO MUNDO – No próximo dia 20 de maio, a partir das 19hs no Restaurante Nosso Quintal, localizado por trás da CHESF, na Rua Dr A R Varejão, 15 – Recife – PE, Tel: (81) 3228-6846, estará acontecendo o lançamento do livreto “Um certo Anselmo Alves”, quando, na oportunidade, serão autografado outros livretos como Retrato de Pernambuco, Uma homenagem a Chico Pedrosa, O Pão, Conexos, Um certo escritor Agenor Alves dos Santos, O que é o Cordel, Era das Máquinas, dentre outros. O evento contará com a presença de poetas, escritores, músicos, compositores e brincantes. Informações pelos fones: 81- 32315050 – 32286846 - 99552741 – 99083650 – 92426231 – 99903555 ou pelo sítio www.livrariaexpressa.com.br mail alberto@livrariaexpressa.com.br Tel. 81 – 32315050

RETALHOS DO MUNDO – livro que está sendo lançado pela Editora Leitura, Retalhos do mundo: viagens ao Himalaia, Patagônia, Bali, Índia, Estados Unidos, México e Brasil, de Luís Giffoni será no dia 18 de maio (domingo), 17 horas no Stand Editora Leitura nº 39 - Rua C da Bienal Livro de Minas. Imperdível.

O AMOR EM MAL-ESTAR: A INSUSTENTAVEL LEVEZA DA DOMIDEOLGIA – Um livro traz estudo crítico sobre o discurso ideológico do amor presente nos conceitos psicanalíticos de Freud. Noite de autógrafos no dia 15 de maio, às 19h na Casa das Rosas (Avenida Paulista, 37, São Paulo - metrô Brigadeiro). O livro “O amor em Mal-estar; a insustentável leveza da domideologia”, do sociólogo Augusto César Francisco, faz parte das publicações da Editora BookLink e é o resultado do Mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, trazendo uma análise crítica da construção teórica de Freud (os conceitos de falo, castração, narcisismo e complexo de Édipo). Tendo como ponto de partida o estudo das obras completas de Sigmund Freud, Augusto César Francisco questiona o entendimento comum sobre o amor e o ódio, tidos como naturais no ser humano, que seriam na verdade imposições sociais. Utilizando exemplos como a Crítica da Ideologia do Medo, do antropólogo brasileiro Alípio de Sousa, do Mito do Amor Materno, da filósofa francesa Elisabeth Badinter, e dos Problemas do Sexo e do Gênero, da filósofa americana Judith Butler, o autor faz uma crítica da ideologia do amor/ódio/vida/morte. Augusto César Francisco é professor e pesquisador. Bacharel em Sociologia e Política (2003), Licenciado em Sociologia (2004) e Mestre em Ciências Sociais (2007) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Desenvolveu a pesquisa de Mestrado com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que deu origem ao livro. Ficha Técnica: 292 páginas ISBN: 978-85-7729-044-4 CDD: 306.7 Preços: R$ 39,00 (impresso) R$ 15,00 (digital) Editora: Booklink À venda exclusiva no site: www.booklink.com.br Campos de interesse: Ciências Humanas (antropologia, sociologia, psicologia, história, filosofia e psicanálise). SERVIÇO: Dia: 15 de maio de 2008 Horário: 19h Entrada: Gratuita Local: Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura Endereço: Av. Paulista, 37 / Bela Vista - São Paulo - SP (metrô Brigadeiro) Tel: 11 3285-6986/ 3288-9447 Site: www.apaacultural.org.br/casadasrosas/ & www.booklink.com.br/ INFORMAÇÕES À IMPRENSA: Laurisa Alves Tel : 11-9884-1433 Email: laurisalves@yahoo.com.br

VERSOS (INS) PIRADOS - sexta, 16 de maio, 22h logo após a peça HERANÇA no Casarão Bambina, Botafogo – RJ, traz performances e palco aberto. VERSOS [INS] PIRADOS sarau multimídia e multiarte num casarão de 1825, em Botafogo: poesia, música, teatro, dança, performances Casarão Bambina Rua Bambina 141, Botafogo (próximo à saida São Clemente do metrô de Botafogo) realização: A Corja & SEXTA, 21h A HERANÇA (L'eredità) Texto Original de Andrea Appetito. Info: Clauky Saba clauky@gmail.com / 21.9878-6622 http://arteemtodaparte.blogspot.com & http://movimentoinverso.blogspot.com & http://divinopintor.blogspot.com Movimento inVerso: seu canal de comunicação e divulgação da arte e da cultura

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terça-feira, maio 13, 2008

TERÇA-FEIRA COM DICAS & TATARITARITATÁ!



UNICORDEL – Programação: 13/05/08 (terça)-15 h - Palestra de Altair Leal sobre a poesia e o rádio, na Biblioteca Pública de Casa Amarela 13/05/08 (terça) -19h - Inauguração do espaço do Coletivo CÉLULA MATER - Rua da Glória, nº 310 - Boa Vista. 15/08/08 (quinta) - 20h - Recital com Altair Leal, Felipe Júnior e José Honório na Pizzaria O LENHADOR , na Lagoa do Araçá (próximo ao núcleo policial). 16/05/08 (sexta) - 15 h - Intervenção do Coletivo Oroboro na Estação Central do Metrô José Honório da Silva-União dos Cordelistas de Pernambuco.

MARCUS ACCIOLY – Dia 26 de maio, em evento programado para as 19h00, no auditório da Livraria Cultura, no Paço Alfândega, no Recife Antigo, a obra do poeta Marcos Accioly, presidente do Conselho de Cultura de Pernambuco, será homenageada no âmbito do projeto 'A cultura e a arte em Pernambuco'. SERVIÇO: O projeto 'A cultura e a arte em Pernambuco', idealizado pelo poeta Vital Corrêa de Araújo e coordenado pelo escritor Alexandre Santos, é uma parceria da UBE-PE com Livraria Cultura e tem sessões mensais no auditório daquela livraria, no Paço Alfândega. A entrada é gratuita.



TEMPORAIS – O lançamento de Temporais, livro de contos de estréia de Consuelo Marinho-Rouquette, será no dia 19 de maio, a partir das 19h. Durante o lançamento haverá uma leitura dramatizada de trechos de seus contos pelos atores RAMON AGUIAR e ANA CÊ. O livro é prefaciado por Jacques Gasc, escritor, poeta, formado em Letras e Ciências da Educação e professor do ensino secundário e superior francês, com orelha assinada por Leonardo Vieira de Almeida, mestre em Literatura Brasileira (UERJ) e doutorando em Estudos de Literatura Brasileira (PUC-RIO). São 12 contos escolhidos para sua estréia em livro. Consuelo vem escrevendo há tempos e só recentemente resolveu publicá-los numa primeira aventura editorial. A autora apresenta a densidade dramática e a tensão narrativa digna dos melhores contistas da contemporaneidade na voz feminina. A livraria fica na Rua Conde de Bernadotte, 26, loja 125, Leblon (www.daconde.art.br). A AUTORA: Consuelo Marinho-Rouquette nasceu em 1947 no Rio de Janeiro. Mestre em Educação (UFRJ) e em Psicologia Social (UPV, Montpellier, França). Foi professora e orientadora educacional no ensino público e particular do Rio de Janeiro e na Universidade Cândido Mendes, Departamento de Pedagogia. Integrou a equipe de professores de Português da Université Paul-Valéry, Montpellier III, lecionando, entre outras disciplinas do curso de graduação, a cadeira de Civilização Brasileira. Em 1998, obteve a terceira colocação no Concurso Nacional de Contos – Prêmio Paraná, com a coletânea de contos Viajante da Volta. Em 1990, mudou-se para a França, onde vive entre sul e Paris. Temporais é seu primeiro livro. Tem ainda, inéditos, O frio de janeiro (ensaio), Escritos esparsos (crônicas) e Aqui mora Clementina, histórias que não acontecem em Paris. www.ibislibris.com.br ibislibris@ibislibris.com.br tel. (21) 2556-0253.

O VERMELHO E O NEGRO DE STENDHAL – Encontro no Espaço Cultural É Realizações com José Monir Nasser, pesquisador, escritor e palestrante. Encontros exploratórios em torno de temas da alta cultura, voltadas para pessoas interessadas em ampliar seus conhecimentos. "O vermelho e o negro" expõe como nenhum outro romance, o dilema entre ser algo e ser alguém, destino da personalidade trágica de Julien Sorel Quando: Dia 17 de maio de 2008, sábado, das 15:30h às 19:30h. Onde: Espaço Cultural É Realizações - Rua França Pinto, 498- Vila Mariana - SP - Tel: (11) 5572-5363 Orientador: José Monir Nasser Informações e Inscrições: Tel: (11) 5572-5363 E mail: eventos@erealizacoes.com.br www.erealizacoes.com.br Sobre a É Realizações: Conhecida por ser uma editora que publica obras de filosofia, política e saúde, a É Realizações destaca-se por realizar em seu próprio espaço, diversos eventos culturais durante o ano, como concertos, cursos , oficinas, e outros, além de possuir uma bela livraria com um charmoso café. Mais informações: Marcela Melo Assessora de Imprensa marcelagmelo@terra.com.br Tel:(11) 5083-8261 / 8709-7753

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segunda-feira, maio 12, 2008

DICAS & DICAS DA SEMANA & TATARITARITATÁ!!!!



CAFÉ COM POESIA – Numa homenagem ao o médico e escritor Dr. Waldenio Porto, Presidente da Academia Pernambucana de Letras-APL, acontecerá Café com Poesia Data: 29/05/08 Hora: 9h Local: Plenário da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. Informação: Biblioteca Gerência da Biblioteca Bibliotecária Sirlênia Araújo.

CELEBRE - livro do poeta Pedro Cezar em recital e lançamento do livro CELEBRE. Data 28 de Maio de 2008, as 19hs. Local Livraria Siciliano, Midway Mall Info: http://www.metroflog.com/poetapedrocezar

I PREMIO LITERÁRIO NOTÁVEIS ESCRITORES DO BRASIL – Estão abrtas as inscrições para o I Prêmio Literário Notáveis Escritores do Brasil “ Agenda 2009 do Escritor” Informações: www.casadonovoautor.com.br ou por e-mail: casadonovoautor@uol.com.br ou pelos telefones:
(11) 6169-9963 e 6163-0709.

LANÇAMENTOS – Na Casa de Cultura Simão acontecerá o coquetel de lançamento dos livros Mercúrio: mensageiro dos novos tempos, de Joaquim Branco, Felipe Fritiz e Roberto Júlio & Contos sob suspeita, de P. J. Ribeiro, dia 17 de maio de 2008 20 horas Av. Astolfo Dutra, 487 Cataguases – MG em homenagem ao centenário dos poetas Guilhermino César e Oswaldo Abritta.

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sexta-feira, maio 09, 2008

PRIMEIRA REUNIÃO



Imagem: Mariana in the Moated Grange, 1850-51, do pintor e ilustrador pré-rafaelista ingles, Sir John Everett Millais (1829-1896)

MÃE

Luiz Alberto Machado

Mãe, me deste a benção para Deus me seguir. E eu, louvado, a ti dedico o amor infinito das estrelas.
Hoje sigo errante com o sentimento esconjurado.
Longe do teu seio nada tem mais vigor. Por isso eu te dedico minha canção perene, a minha desatinada canção de amor perdida nos desencontros do meu país.
Sou da tua carne o fruto, o teu sacrifício, a tua dor mulher.
Foi no teu seio que encontrei amparo.
Foi no teu seio que fui feliz.
Foi no teu seio que aprendi a justiça. E nele vivi a sede eterna e o ter na repartição da coragem no chão.
Sou a vez do teu ventre na queda do rio incólume.
Sou ainda aquela criança com os olhos de amanhã roçando tua pele e descobrindo a vida na tua dedicação.
Sou ainda aquela criança espevitada correndo peralta pelas névoas da lembrança no meio do mormaço da tarde.
Sou ainda aquela criança que não sabe a distância entre o sim o não nos cacos de sonho.
Sou aquela criança que sonhava a paixão pela professora dedicada e prestimosa fazendo um barulho que lateja no meu sexo, peito e cabeça.
Sou aqueles olhos vermelhos com todos os sustos da roda gigante pelas labaredas do medo.
Sou aquele menino arriado com as dores de fígado dentro da noite com vômitos surpreendentes na sala de aula.
Sou a teimosia infantil no insulto da vó empunhando chicote que marcaram bolhas estigmatizadas no termo das coisas.
Nada mais sou que aquele do namoro inocente com a tia,
Das aventuras amarradas no pano do pescoço,
Da barulhada imitando todas as máquinas dos motores ensurdecedores.
Foi preciso a vida de 30 anos para sentir o desterro de Água Preta, a violenta decepção dos anos, o fumo logo cedo e as aprontações no Ginásio Municipal.
Foi preciso a vida de mais de 30 anos para rever as noites insones com vô em Badalejo, a solidão eterna dos canaviais que expeliam a fumaça e eu tossia mais que tuberculoso.
Foi preciso a vida de mais de 30 anos para saber que Batman era o sonho dos desenhos na televisão com a revolucionária Aninha mandando ver nas arengas e a passiva Anginha olhando tudo e aplaudindo com seu jeito tatibitati e o mimo exagerado por Geórgia abrindo a festa com tantas outras formas de não se saber dizer o que fazer.
Foi preciso mais que 30 anos para entender que o dia não era um só nas coleções de gibi, no medo do coração de Jesus, na adoração fanática pelo pai, na fuga pro mundo ainda precoce pé na bunda e tataritaritatá!
Foi preciso a vida de mais de 30 anos para que revisse a correria na bolinha jogada no campo de barro pelo bairro adolescente, no esgoelar desafinado na cantoria imaculada, no namoro escondido, no casório antecipado, na colhida de Carma quando a fuga era a saída para o sorriso e nas safadezas de Pai Lula ensinando que a vida não é só uma reza boba no cantinho do quarto.
Foi preciso mais que 30 anos para saber da reprovação na escola, no ginásio e no colégio doendo nos corredora da faculdade por causa da pressa louca de conhecer o amanhã logo amanhã de manhã.
Foi preciso mais que 30 anos para que tudo sinalizasse nos desejos que chegaram muito cedo com as moças e mulheres que rodeavam meu dengo e mimavam minhas vontades.
Hoje sigo errante com todos os mitos daquela manhã religiosa comigo, o cérebro azeitado e a cabeça nas nuvens, a ternura fria de todos, a minha embriagues sempre exaltada, o exílio voluntário, a separação, a lâmina cortando a carne, o adulto órfão, o tempo e mais nada.
Hoje sigo errante e ainda brotam desejos nas ilusões montadas pelas quimeras que desabam na certeza incontida de vencer o mundo em alta velocidade e já.
Hoje sigo errante na penúria e luxo disfarçados. Entre o riso na cara lavada e o choro guardado no peito. Porque quando me vires abatumado pelos recantos de toda geografia deste país, é que estou vigilante eterno do meio onde vivo e da natureza de nossa vida.
Quando me vires gritando pelas esquinas é que sustento o choro no peito de milhares de filhos deserdados e amaldiçoados de sempre.
Quando me vires marchando nas ruas é que estou cantando o meu canto no futuro.
Quando me vires varando de noite é porque não encontrei amparo no dia.
Quando me vires chorar é que ainda não fui feliz.
Quando me vires rompendo divisas é porque continuo a semear o melhor de ti, lutando incansavelmente pelos caminhos duros do amanhã.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

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quinta-feira, maio 08, 2008

DICAS & DICAS PRO FINAL DE SEMANA & TATARITARITATÁ!!!



BIENAL DO LIVRO MG – A Bienal do Livro de Minas trará 80 autores a BH. Marcado para os dias 15 a 25 de maio, evento terá nomes como Rubem Alves, Moacyr Scliar e Ziraldo. Isto terá como resultado onze dias de evento, mais de 80 autores presentes, 33 sessões literárias - divididas entre o Café Literário e a Arena Jovem -, 130 expositores, além de uma série de homenagens, lançamentos de livros, exposições e atrações infantis. Este é o universo que vai tomar conta de Belo Horizonte entre os dias 15 e 25 de maio, durante a Bienal do Livro de Minas, que acontece no Expominas. O evento, que chega à capital mineira com o objetivo de incentivar o hábito da leitura, a formação de novos leitores e a divulgação da produção literária contemporânea, contará com a presença de autores como Rubem Alves, Moacyr Scliar, Ruy Castro, Zuenir Ventura, Sérgio Sant’Anna, Sebastião Nunes, João Adolfo Hansen, Nelson Motta, Maria Esther Maciel e Affonso Romano Sant’Anna. A Bienal do Livro de Minas é uma realização da Fagga Eventos, organizadora da Bienal do Livro do Rio e de Salvador, e da Câmara Mineira do Livro, promotora do Salão do Livro de Belo Horizonte; e conta com o patrocínio de Petrobras, Cemig, Universidade Fumec, Banco Mercantil do Brasil, Submarino.com e com o apoio da Secretaria Estadual de Cultura, Fundação Municipal de Cultura, BHTrans e Metrô BH. Site oficial: www.bienaldolivrominas.com.br – informações de serviço, lançamentos e programação completa Horário de funcionamento: De segunda à sexta: das 9h às 22h (com exceção do dia 15/05) Sábados, domingos e feriados: das 10h às 22h ASSESSORIA DE IMPRENSA: ETC Comunicação – (31) 2535-5257/5258 Jihan Kazzaz - (31) 9194-5966 - Núdia Fusco - (31) 8707-7095.



JOSÉ LOUZEIRO: LUZES DA CONSAGRAÇÃO = biografia do professor e acadêmico Arnaldo Niskier, de JOSÉ LOUZEIRO. José Louzeiro estará lançando no próximo dia 8 de maio, a partir das 17 horas, na Academia Brasileira de Letras. Trata-se da biografia de Arnaldo Niskier por quem o autor sempre teve grande admiração, desde que foram colegas de trabalho (décadas de 70/80) na revista “Manchete”, de Adolfo Bloch. Nas suas inúmeras obras Niskier defende um Brasil voltado para as pesquisas e o aprimoramento educacional, como aconteceu com o Japão que, derrotado na II Guerra, tornou-se vitorioso no campo da tecnologia. Na biografia Louzeiro destaca, também, a importância que Arnaldo sempre deu aos estudos desde muito jovem. Embora dedicado aos esportes era o “nota 10” nas escolas por onde passou. Em “Luzes da Consagração” o autor fala do judeu-brasileiro Niskier e da sofrida mas gloriosa história do povo judeu – “o povo de Deus” – pelo qual Louzeiro tem grande respeito e admiração. Endereço: Av. Presidente Wilson, 203 – Centro. O escritor e roteirista, já participou do roteiro de dez longas-metragens. Fez sua primeira contribuição ao cinema em 1976, como co-roteirista de um filme baseado em um livro de sua autoria, Lúcio Flávio - o passageiro da agonia, de Hector Babenco. Nascido em São Luiz, Maranhão, em 1932, aos 16 anos começou a trabalhar com jornalismo, e em 1954 transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar na Revista da Semana. A partir daí, passou pelas redações de diversos jornais e revistas, como O Jornal, Manchete, Diário Carioca, Última Hora, Correio da Manhã, e, depois, em São Paulo, Folha de São Paulo e Diário do Grande ABC, totalizando mais de 20 anos como repórter de polícia. Seu livro Infância dos mortos foi o ponto de partida de um dos filmes brasileiros de maior reconhecimento internacional, Pixote, a lei do mais fraco (1980), de Hector Babenco, roteiro feito em parceria com Jorge Duran e Babenco. Participou ainda dos roteiros de O caso Cláudia (1979), de Miguel Borges, Amor bandido (1979), de Bruno Barreto, Noite (1985) de Gilberto Loureiro, O homem da capa preta (1986), de Sérgio Rezende, e Quem matou Pixote (1996), de José Joffily. Seus livros mais conhecidos, além dos dois já citados, são Aracelli, meu amor, Em carne viva (sobre Zuzu Angel e seu filho Stuart Angel), Elza Soarez - cantando para não enlouquecer e O anjo da fidelidade (sobre Gregório Fortunato, guarda-costas de Getúlio Vargas), além dos infanto-juvenis A gang do beijo, Praça das Dores, sobre a chacina na Candelária em 1993, A hora do morcego e Gugu Mania. Veja mais acessando: http://www.louzeiro.com.br/



ZÉLIO NO MUBE – O Museu Brasileiro da Escultura fará a exposição AQUARELAS DO ZÉLIO. Curadoria: Jacob Klintowitz. Inauguração: 14 de maio - 20 horas Exposição: 15 de maio a 1º de junho de terça a domingo, das 10 às 19h MuBE - Museu Brasileiro da Escultura Avenida Europa, 218 - Jardim Europa - São Paulo Tel.: 11 3081-8611 Veja alguns trabalhos: http://picasaweb.google.com.br/zelioap/Mube2008/



URDA ALICE KLUEGER - A Editora Hemisfério Sul Ltda traz a 5ª edição do livro “As brumas dançam sobre o espelho do rio”, de autoria da escritora Urda Alice Klueger. O livro é a reedição do mesmo romance de 1981, conservando, inclusive, a apresentação do saudoso escritor e jornalista Norberto Cândido Silveira Júnior, e com orelha do escritor Maicon Tenfen. Teve cuidadosa revisão gramatical de Daise Fabiana Ribeiro e saiu com primorosa capa de Johnny H. Kamigashima. Noite de autógrafos: O livro terá noite de autógrafos nesta quinta-feira, dia 08 de maio de 2008, a partir das 20:00 horas no Bar e Restaurante Farol, à Praça do Estudante, final da Rua Antônio da Veiga (Rua da FURB) em Blumenau/SC. O livro tem 172 páginas e custa 23,00 reais o exemplar.

MAYUTSININ, O ULTIMO KUARUP – Nesta sexta-feira, dia 09 de maio, a partir das 20hs, a Ímã Foto Galeria convida você para o coquetel de abertura da exposição – "Mavutsinin- O Último Kuarup", do fotógrafo e documentarista Renato Soares. Por meio de 20 painéis fotográficos, Renato apresenta a simbologia do Kuarup de Orlando Villas Bôas, realizada em 2003, no Alto do Xingu. "Mavutsinin - O Último Kuarup" apresenta a homenagem que os índios xinguanos prestaram a Orlando Villas Boas, falecido em dezembro de 2002. Foi no domingo, 20 de julho de 2003, que guerreiros e convidados jogaram nas águas do rio Xingu os troncos pintados e enfeitados que representavam os irmãos, Orlando e Cláudio Villas Bôas. O de Cláudio, que havia sido homenageado num Kuarup anos antes, estava em São Paulo, pois Orlando queria "ficar próximo do irmão" por mais tempo. Coube ao fotógrafo Renato Soares montar uma expedição para levar "Tio Cláudio" como foi carinhosamente chamado pela equipe. Neste conjunto de imagens, Renato Soares abandona o simples registro fotográfico do acontecimento para centrar o olhar nos pequenos detalhes da cerimônia, considerada uma das mais importantes dentre os rituais dos povos do Xingu. São retratos de um universo rico em cores, texturas, movimento de corpos, adereços e outros pormenores que poderiam passar despercebidos para muitos, mas que não escaparam às lentes do fotógrafo. Nesta sexta-feira, 9 de maio, às 20hs, Mavutsinin- o último Kuarup , por Renato Soares.Informações: www.imafotogaleria.com.br & ima@imafotogaleria.com.br Coquetel de abertura da exposição "Mavutsinin - O Último Kuarup", por Renato Soares Abertura: 09 de maio, sexta feira, as 20hs Local: Ímã Foto Galeria Entrada Gratuita ÍMÃ FOTO GALERIA - R. Fradique Coutinho, 1239 - V. Madalena - São Paulo - Tel: (11) 3816-1290

ORALIDADE DA POESIA - Recital na Biblioteca Municipal de Mauá Recuperação da oralidade da poesia Participação livre com inscrição no local e momento da apresentação. Sexta-feira – das 19h00 até as 21h00 09 de maio de 2008 Biblioteca Municipal Cecília Meireles Rua Rio Branco, 87 - 1º Andar Centro - Mauá / SP Telefone: 4547-1483 Info: http://poetasecontistasdoabc.blogspot.com/

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