sexta-feira, novembro 28, 2008

EXPOSIÇÃO/FEIRA DE LIVROS LAM



Foto: Ceça Marques.

Nos próximos dias 29 e 30 de novembro, estará acontecendo a Exposição de Livro “LAM 26 anos de literatura”, com exposição dos meus livros publicados, Feira de Livros Infantis com os meus livros “Falange, falanginha, falangeta”, “Frevo Brincarte”, “A Turma do Brincarte” e “O cravo e a rosa”, venda do meu cd “LAM & Amigos”, recital de poesias e pocket show “Tatataritaritatá”. SERVIÇO: EXPOSIÇÃO/FEIRA DE LIVROS LAM 26 ANOS DE LITERATURA Local: Salão de Eventos do Edificio San Benito – R. Arthur Bulhões, 244 – Mangabeiras. Horário: a partir das 18 horas do dia 29 até às 20 horas do 30/11/2008. Informações: 82.8845.4611 ou www.luizalbertomachado.com.br Veja mais acessando minha home page.

ABRACI - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SÓCIO-CULTURAL DE APOIO A CIDADANIA Convida os poetas e ativistas cultural para a grande final do 2º Concurso de Poesia da ABRACI, com o lançamento da "coletânea do concurso" e a "I Prateleira Poética"- Agenda biográfica da ABRACI Dia - 08/12/2008 Local - Academia Brasileira de Letras Av. pres. Wilson, nº 203 - Centro Rio de Janeiro Horário - das 14hs às 19hs Campanha social "Natal das famílias de rua" Info: Denize Vieira Coordenadora Cultural da ABRACI (21) 2240-1735.

ALBERT ARAUJO – o poeta, professor e contabilista piauiense de Luzilândia, Albert Araujo, edita o blog “Minhas poesias e amigos” e tem poemas publicados em vários sítios da rede. Confira.

VEJA MAIS:
GUIA DE POESIA

quinta-feira, novembro 27, 2008

POETAS DO RIO GRANDE DO NORTE



ADELIA DANIELLI

Quem se esconde não escreve
Escrevo e não me mostro
me torno.

-*-

Patchwork

Numa noite com Tom Zé, Adélia Prado e Wood Allen
me lembrei de quanto sou triste.
E quanto desejo sem força nos músculos
poder deitar num mato virgem
sem ter medo de inseto.
Sempre quis ser assim, livre.
Ter toda à sabedoria para poder me desfazer dela.

Há um ardor que chamam de frio e que me corta feito lança
sangrando o centro do meu estômago.

Não quero mãos suadas, pés gelados e garganta enforcada
Não quero saber de saber, O saber.
Quero o céu dos meus Currais brilhando sem parar à pilha.
Quero a presença calada de painho e sua alma sintonia "AM".
Quero um ar que não me tome, me preencha.

Não sei decorar poesia,
nem sei guardar a emoção
pra requentar no jantar.
Vivo agora, e amanhã,(?) talvez.

O que não posso nunca,
é esquecer das flores dos ipês,
que sempre brotarão
em minha alma.
Na alma da minha mais linda amizade
na alma do meu filho, João.

Na memória do cheiro de sabonete da roupa de mainha.
Segurança intra-uterina, patrocínio "lux luxo".
Sigo a noite me desfazendo em retalhos.

Quiçá um dia uma linda colcha.

-*-

Pelas retinas

Das carnes que se rasgam. Das feridas que se secam.
Dos olhos que profundam a imensidão em mim.
(Olhos de Diadorim, olhos de ressaca do mar, olhos de Capitu)

Olhos tristes que reportam às janelas antigas,
de almas velhas como o universo.
Almas que viram de tudo
por isso nada mais querem ver.

Olhos de tédio para o banal.

Olhos que inquietam
de tão parados no instante.
(câmeras se movimentam, mas o olhar continua, contínuo)

Percebo o tempo de uma perspectiva alternativa.
Eu, procurando os ”porquês”...
Em você, todas as respostas.

Nisso, horas correm, anos passam
E o brilho é verde opaco

O mistério é verde.

-*-

Êxtases de Teresa
E não gozo sem mar

Tudo em único gole
querendo morrer

ou

verter-me
nos lençóis de algodão
estampado.

-*-


Bulindo

Faço coisas que não quero.
São essas luas.
O desejo esquenta minha pele
revelando-me em luzes peroladas.
Adoeço aos tremores.

-*-

Dona Adélia.

Comigo-ninguém-pode
Cega!
Café com água é
para criança.
Seus primos tomam...

Ali, às três da tarde,
era o nosso lugar.
Todo dia.

E de lá e de banda
corria no batente de cimento
para vê-la fumar.

Cachimbo de avó.

Lembro dos pés
Lembro das mãos
e dos cheiros.

Sentada na cadeira branca
ainda mora em mim.

-*-

Too Late.

Foi tarde quando
em mim escreveu
o primeiro verso cansado
que de tanto já vivido
só lhe restava um definhado...
"Foi tarde".

-*-

...numa noite escura.

Entre perdidas, cá nos achamos.
Almas cansadas de tanto.
Somos duas, embora muitas.
Somos luas, inúmeras fases.

Te dou tudo que tenho.
Tudo de ar-água-terra-e-fogo.

Nunca basta.

Para seres encantados
são mil elementos
quatro, são os meus.

Já te vi dançar num filme
dos anos vinte.
E era eu e você naquela noite
em Viena.
Sobre o agora só o silêncio.
O que se diz das tempestades
em casas de palha?
Sim, isso é a vida.

Só quero mais quatro mil anos ao seu lado.

-*-

Tudo é vinho

A saudade
A música
A solidão
A tristeza
A casa vazia
As poesias antigas
Até o liquido da taça

-*-

Em cena.

Cheia de mar.
De mar na chuva.
De chuva no mar.

São brumas, ela disse.
Não eram.
Eram sonhos condensados
e transformados em gotas
sendo à tarde.

Era à chuva inundando
a roupa e a alma
que não secaram.

Azuis - cinzas
claros escuros
enormes e
vazios.

Efêmero momento
de se saber feliz.

-*-

A poesia resiste.
Nela me ponho a tentar ver
Tento olhar como se lente
Tento viver
Como se possível.

ADELIA DANIELLI – a poeta currais novense, Adelia Danielli, é um dos mais promissores nomes da atual poesia potiguar. Ela é estudante de Ciências Sociais da UFRN e há três anos edita o blog Estampada – Compulsão de escrever, onde ela reúne seus primorosos e belos poemas e eventuais crônicas. Imperdível.

VEJA MAIS
POETAS DO RIO GRANDE DO NORTE
GUIA DE POESIA

quarta-feira, novembro 26, 2008

DICAS TATARITARITATÁ



TREM DA POESIA- Dia 2 de dezembro 14h: reunião de poetas na Pça Arcoverde / Pça Arco Versos 14:40h: metrô Arcoverde até Central da Supervia, lançamento da Revista Literária Plural n° 3, da OFICINA Editores 15:20h: trem da Supervia / Central até estação de Marechal Hermes / Marechal também faz poesia 15:20h: trem da Supervia / Estação de Campo Grande / Campo Grande da Poesia até estação de Marechal Hermes 16:20h: concentração de poetas vindos da Zona Sul, Zona Oeste e Zona Norte na Estação de Marechal Hermes - passeata dos participantes do Projeto POESIA NO TEATRO da estação de Marechal Hermes até o Teatro Armando Gonzaga TEATRO ARMANDO GONZAGA 17h: Sarau Via Plural - Amigos do Café; Te Encontro na APPERJ; Poeta Saia da Gaveta; A Poesia Conversa com Verso; Sarau Conecte; POVEB - Poesia, você está na Barra; Poetas Sem Fronteiras; Todas Elas & Alguns Deles; Entardecer da Poesia com Arte; Salão Poético da AABB; Charau; Noites Poetanas; Poesia no Paço D'Arlequim; O Prazer da Poesia; Revira João; Poesia na Câmara Venha fazer parte dessa POESIA EM FESTA! COORDENAÇÃO: Poesia Simplesmente; APPERJ

LANÇAMENTOS - Cláudia Brino e Vieira Vivo lançarão dia 29 de novembro, sábado, às 19:00 horas, na Biblioteca Mario Faria (Posto 6), Av. Bartolomeu de Gusmão s/º, próximo à R. Alexandre Martins (orla da Praia) Santos, os livros Almas com Fome e Mingau das Almas. Entrada Franca Almas com Fome de Cláudia Brino é um livro que oferece a plasticidade da palavra enquanto tela para desnudar o âmago de situações, onde o texto submerge de um emaranhado cataclisma interior. Mingau das Almas de Vieira Vivo é a junção de poemas lapidados com a capacidade sensorial de sentir nas digitais o crescente mágico dos versos talhados para a convergência da matéria até ao estado alucinógeno. Info: Cabeça Ativa.

REVISTA PEQUENA MORTE –A revista eletrônica pequena morte. ( www.pequenamorte.com ) completa dois anos de existência em 2008. Está no ar com uma antologia poética impressa, com o apoio da editora Oficina Raquel e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Literatura/UFRJ. A antologia contará com os poetas que participaram dos treze números da revista, e cada autor escolheu, para uma breve apresentação de seu trabalho, um ensaísta. O nobilíssimo elenco da edição é formado por: Antonio Carlos Secchin, Flávia Amparo, Caio Meira, Igor Fagundes, Eucanaã Ferraz, Eduardo Coelho, Gastão Cruz, Nonato Gurgel, Leonardo Gandolfi, Fernando Miranda, Luis Maffei, Pedro Eiras, Manuel de Freitas, Xavier Oquendo, Mario Meléndez, Luís Augusto de Oliveira, Maurício Chamarelli, Érico Braga Barbosa Lima, Maurício Matos, Celia Pedrosa, Paulo Henriques Britto, Maria Lúcia Dal Farra, Rui Pires Cabral, Ana Luísa Amaral, Sebastião Edson Macedo, Alberto Pucheu e Sérgio Nazar David. Mais informações em www.oficinaraquel.com .

VEJA MAIS:
GUIA DE POESIA

segunda-feira, novembro 24, 2008

PRIMEIRA REUNIÃO



PALMARES

Luiz Alberto Machado

Uma cidade esta
A morada abissal nos quilombos da noite Zumbi
Ou uivo de coruja de todos os presságios
Alalaôs de todas as festas
Orações de todos os templos
Correio de todas as notícias
Arena de todas as lutas vencidas, perdidas, mal-choradas,
Terreno surpreso de todas ignóbeis sentenças de vida
Que se descoram e se colorem a cada anátema dos deuses
Eu guardo em meu cofre
Todos os teus impérios de fome e luxúria
Tua desprezível ingratidão
Contemplada nos tapetes de pelúcia que te completam
E te arruínam rodeada de penúria
Festejando andores que fabricam as incontestáveis beatitudes
Aureoladas nas noites insones
Que te deixam morrer e ressurge em cada copo mal-tomado
Como sudário de tua manifestação
Uma cidade esta
Dos deuses do barro suspensos nos tronos inflamáveis
De lazarentos apodrecidos nos porões de tua riqueza roubada
Que cantam cantigas do tempo do ronca sob um sol escasso e débil
Dos arcabuzes, mosquetões e pistolas ressoando seus estrépitos como saudando a vida disfarçada, o plantão do inverno nos ventres tristalegres e boquifamintos que inventariam teu espolio do mais completo bestiário canhestra de todas as vidas
O teu gen ressecou antes mesmo de caminhar pelas orlas estelares em formas do teu organismo carcomido e prostituído das seqüelas da vida que não mais retalham teus dramas porque são doces quimeras impetradas ao sigilo do teu crepúsculo
Porque são tirânicas as ousadias engastadas ao sibilo de tuas chuvas desmoronando sangue – a comiseração por todas bestificadas ruindades indiferentes que te redundam na mais completa insolência de justiça.
Uma cidade esta
Teus porões jamais revolvidos teriam muito mais que sujar toda tua cara e apodrecer-te nas mais inexoráveis das balanças, mas mesmo assim te guardo em meu seio como quem guarda a amante após a chuva dos desejos e te desejo como quem vai dormir ao relento dos cobertores e te venero como a um súdito esconjurado, pois não te jogaria uma pedra porque não as tenho no coração. Mas te daria meu aconchego porá poder sonhares teus erros e remediá-los com as meizinhas e ungüentos que guardo ao bolso e te sentiria, não como um carrasco, mas como um filho sem seio na anciã de amamentar.
Sou todos os teus brejos e imundícies
Sou eu que sofro com a tua agonia sabendo que ela não é minha, mas a te me dou e guardo em meus cofres o teu segredo.
Guardo tuas praças, ruas, becos e memórias.
Guardo santificadamente todos os teus desvarios e todas as tuas relíquias de bondade. E com amor todas as noites deito-me em teu corpo e ouço a voz de tua indignidade me falar sob as olheiras, o bafo da cachaça, o fumo, a tua ressaca, o teu pouco sol, a tua grande noite.
Eu tenho o teu desespero na carne e o teu desassossego no sono que me foge noite a noite na tua madrugada insidiosa, no teu crepúsculo suicida.
Eu tenho em mim todos os teus dotes, inventario teu espolio como um deserdado, mas sempre guardando a tua marca em meu peito e te tenho e sou pouco.

© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. In: Canção de Terra. Recife: Bagaço, 1986.

VEJA MAIR:
PALMARES
PRIMEIRA REUNIÃO
GUIA DE POESIA

domingo, novembro 23, 2008

ABENÇA MESTRE & TATARITARITATÁ!!



ABENÇA MESTRE – 1º Festival de Cultura Popular de Imperatriz, acontece entre os dias 05 e 06 dezembro de 2008, na cidade de Imperatriz – MA, contribuindo com o fortalecimento da identidade cultural dos povos dos interiores do Maranhão, indígenas e comunidades tradicionais, bem como das pessoas vindas de outros interiores do Brasil. Objetiva contribuir para tornar viva a memória dos saberes tradicionais e valorização da manifestação e de seus praticantes; construção/revitalização de conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano e na história das comunidades; contribuir para a convivência respeitosa com a diversidade cultural, com a diferença e modos de fazer enraizados no cotidiano e na história do Brasil; valorização da contribuição dos povos africanos e indígenas para a formação de diversos aspectos das culturas populares e da cultura brasileira em geral; valorização dos processos de resistência histórica das culturas populares, seus mestres e mestras; troca de experiências da mestra com outros mestres(as) de outras manifestações da Cultura Popular; possibilitar o ensino de artes e ofícios; construção/revitalização de conhecimentos e fortalecimento de rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, da religiosidade, do lazer/diversão e de outras práticas da vida social; e divulgar a cultura maranhense como afirmação e reafirmação de nossa identidade.



FRANKLIN CASSARO – Antropofagia Industrial Alienígena (A.I.A) Franklin Cassaro Galeria Artur Fidalgo Inauguração 26 de novembro, 19h30. Franklin Cassaro inaugura na Galeria Artur Fidalgo a exposição “Antropofagia Industrial Alienígena” (A.I.A.). Serão apresentados dois conjuntos de esculturas que fazem referência a HQ, cordel, manifestações da cultura de massas e da pop arte, dialogando de forma humorada com o universo da mitologia contemporânea. O primeiro é composto de peças de folha de alumínio, algumas utilizando papel de embrulhar bombom e outras embalagens descartáveis. Outro grupo de peças é formado por “Fatos de Mercado”, esculturas compostas de esferas de MDF (aglomerado de madeira) acolchoadas. Reunidas, elas formam os membros do corpo de um “alien”, combinando o geométrico e o figurativo. Cassaro conceitua os trabalhos da exposição como “outraciclagem”, numa referência à reciclagem. Entre as peças de folha de alumínio estão a “Medusa Dread”, "O Esqueleto Reciclóide Verde", a Lady Joaninha" , a “Yara” e o “Homem de Ferro Reciclóide”. Compõem a série “Fatos de Mercado” – o nome “Fatos” remete a acontecimento e a traje, roupa – um revestido de estampa de camuflagem e outro de motivos florais. O artista criou ainda um “Fatos de Mercado” de resina, transparente, que ficará em pé no meio da galeria e permitirá ver através dela, distorcendo as imagens. O Fatos de Mercado é o que poderíamos chamar, numa referência ao universo da ficção científica, de replicante: ele pode ser produzido em escala “industrial” utilizando caixas de pizza, tampinhas de garrafa ou qualquer outro material esférico encontrado no dia-a-dia. Completam ainda a exposição duas esculturas, cada uma delas ocupando uma parede da galeria e formada por duas “espaçonaves” pequenas, de folha de alumínio, ligadas por uma linha preta que desenha o espaço como o rastro do seu vôo. Poderiam ser as naves dos “seres” expostos, os Antropófagos Industriais Alienígenas do título.Franklin Cassaro é um dos importantes artistas contemporâneos brasileiros surgidos na década 1990 e “não gosta de picolé de melancia”. Confira: www.arturfidalgo.com.br



SARAUBÉA- 30/11 – 19:00h Casa das Rosas Programação # Abertura com Carol Montone apresentando a programação da noite # André Oliveira e Paulo D’Auria apresentam o Projeto Macabéa e a Revista Trapiches eMagazine # Sarau com: André Oliveira Paulo D’Auria e os POETAS DO TIETÊ André Diaz Caranguejúnior Daniel Minchoni Marcelo Ferrari Renato Silva Performances de Carol Montone Cissa Lourenço Karla Jacobina Sarau aberto Ciranda e Maculelê com Enoque Santos Exposição do artesão Nicolás Lasnier.

VANESSA MOLNAR – A escritora Vanessa Molnar estará lançando seu livro Crônicas de uma tara gentil, no próximo dia 5 de dezembro de 2008, das 18h às 21h, na Alpharrabio Livraria e Editora Rua Eduardo Monteiro, 151 - Jardim Bela Vista - Santo André/SP. Info: Telefone: (11) 4438-4358



MORETTINI CARICATURE – Excelente blog editado por Sergio Morettini reunindo todo seu trabalho de caricaturas com vídeos e posts excelentes. Imperdível.



FLOR DE GELO Excelente blog da poeta e escritora pernambucana Geruza Leal, sempre com poesias, prosas, dicas e outras informações. Confira.

SISENANDO PEREIRA DO VALE - O poeta Sisenando Pereira do Vale acaba de lançar o livro Poemas do Verso – Busca... (Ônix Editora, 128 páginas; R$ 23,00). A obra apresenta uma verdadeira busca de momentos vividos e compartilhados em emoções e sentimentos. Sobre o autor – Sisenando Pereira do Vale é graduado pela Faculdade de Engenharia Industrial da PUC (Engenheiro Industrial – Modalidade Elétrica; é ex-aluno da Faculdade de Administração de Empresas Getúlio Vargas (FGV) e é autor do livro Poemas do Verso… Lembranças. Exerceu cargos executivos em empresas privadas e públicas, com trabalhos desenvolvidos nas áreas de informática, organização de empresas, tributação, desenvolvimento urbano, agricultura e mercado de capitais. Elaborou e implementou planos diretores e estudos de informática e de organização nas áreas bancária e jurídica em organismo internacional. Realizou trabalhos de consultoria nas áreas privada e governamental, conduzindo a implementação de vários projetos que desenvolveu. Serviço Título: Poemas do Verso – Busca... Autor: Sisenando Pereira do Vale Editora: Ônix Editora Preço: R$ 23,00 Onde encontrar: www.onixeditora.com.br ISAURA LASELVA Assessoria de Imprensa laselva.jornalista@hexzone.com.br Tels: 11 2068 2537 // 9334 6999 // 8293 5274

VEJA MAIS
GUIA DE POESIA

sábado, novembro 22, 2008

JOYCE CAVALCCANTE



Veja mais Joyce Cavalccante

NOVIDADES & TATARITARITATÁ!!!



MARIA LUISA PERSON – sítio da artista plástica e professora alagoana Maria Luisa Person. Ela nasceu em Palmeira dos Indios, em Alagoas, onde ela deu início aos primeiros passos da sua carreira como artista plástica, dentro de um ambiente onde muitas pessoas não viam com bons olhos sua arte, bem como apenas poucas acreditavam no seu sucesso. Já realizou várias exposições, inclusive, desde 1988 é professora de artes e hoje reside na Suécia, onde tem realizado exposições. Ela também está, entre outras coisas, representada no "Art95:s", livro de pintura dos Estados Unidos.



MARCOS ANTONIO PESSOA DE FRANÇA & ₢ULTURA NORDESTINA – blog editado pelo escritor paraibano Marcos Antonio Pessoa de França trazendo um rico acervo sobre historia de cordel, folclore brasileiro e cultura popular. Ele também possui o sitio Cultura Popular, resultado do seu livro publicado “Para rir até chorar com a cultura popular”. Imperdíveis!



AYRUMAN – JOÃO BATISTA CONRADO – o arte educador, artista plástico e gráfico mineiro, João Batista Conrado, é editor do sitio Ayruman onde reúne uma galeria de fotos, textos e poemas, reunindo todo seu trabalho educativo, poético e artístico. Confira.



SILVIA MENDONÇA – A jornalista e escritora Silvia Mendonça é editora do blog Sapatinhos Vermelhos e tem uma série de textos e poemas publicados no Recanto das Letras. Ela mesma se apresenta assim:

Nasci mineira.
Cresci paulistana.
Aprendi a ser carioca
Antes de tudo, sou mulher!
Me formei jornalista,
Me tornei articulista.
Hoje sou escritora.
"Sofro" o estigma de ter nascido sob o signo de Escorpião com ascendente em Câncer e Lua em Áries.
O elemento água me traz bons fluídos;
tenho a intuição por companheira.
Gosto de escrever contos, crônicas, prosa poética, artigos opinativos. Se sou poeta? Os críticos dizem que sim; eu penso que penas engatinho no estilo. O tempo dirá.
Comportamento e Vida a Dois são assuntos que eu domino. Escrevo a respeito há anos tanto para jornais impressos e revistas quanto para programas de TV e rádio.
Material sobre esses temas tenho de sobra.
A cor vermelha, que dá tom às minhas flores preferidas,ao vinho que me "aquece", e cor ao sangue franco-libanês que corre em minhas veias,reflete em mim a paixão pela vida.
Acostumada a viver na noite,a madrugada é meu palco de inspiração.
Meus gostos são simples e fáceis de realizar
Aprecio as pessoas de caráter e inteligência transparentes.
Os covardes, abomino! Aberta a novas amizades, adoro conversar sobre assuntos diversos. Não sou preconceituosa. Nem tenho reserva quanto ao que as pessoas pensam sobre a vida (delas). Aquele (a) que quiser caminhar ao meu lado, partilhando do mel e do céu, que seja bem-vindo (a).
Descendente de Eva, estou nesse mundo há muito tempo.
O que sinto em relação à vida, escrevo. Aliás, escrever é a minha arte e o meu ofício.



SANDRA PINA- No próximo dia 28 de novembro, sexta-feira, Sandra Pina estará lançando o seu novo livro O Segredo do Tempo, que faz parte da coleção Leituras Descoladas. Onde: Livraria da Travessa do Shopping Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290, 2º piso, loja 205 A) Quando: 28 de novembro, à partir das 19hs Além dela, arilia Pirillo e Caio Ritter, lançando, respectivamente, Baratinada e Meu Pai Não Mora Mais Aqui.Haverá um bate-papo com o público, falando dos livros, de literatura, etc.Info: Sandra Pina www.sandrapina.com.br



GUIA DE LITERATURA – O Guia de Literatura do Projeto SobreSites é editado pelo pesquisador e tradutor Marcelo Bueno de Paula que também é editor do blog Marcelo Bueno de Paula editando poemas, textos e traduções. Confira.



JADE DA ROCHA – A escritora e poeta Jade da Rocha é colunista do maior portal brasileiro no exterior, Tio Sam Magazine Ezine,e também possui uma página no MySpace reunindo seu trabalho. Bom demais! Confira.

TANIA ALEGRIA – Lançamento Título: InVerso Autora: Tania Alegria Género: Poesía. Edición bilingüe Español-Portugués Editora: RiE, Redactors i Editors, S.L. - Sant Eduard, 2. 46200 Paiporta (Valencia) España Los derechos de autor revierten a favor de UNICEF Información sobre la obra: http://inverso-ediciones.blogspot.com/

II CURTA LIVREMENTE – A Faculdade de Tecnologia de Mococa (FATEC-Mococa) está organizando a II Curta Livremente da Fatec-Mococa, sua Mostra de Videos, que se encontra com as inscrições abertas de 30 de NOVEMBRO 2008 a 30 de MAIO de 2009. É uma mostra aberta para recepção de vídeos de todo o país. II Mostra Curta Livremente da Fatec-Mococa Av. Dr. Américo Pereira Lima, s/n – Jardim Lavínia 13736-260 Mococa – SP Marco Antônio Coelho de Moraes Coordenador do Núcleo de Difusão e Produção Cultural da Fatec-Mococa Telefone: (19) 3656-1916 coelhodemoraes@terra.com.br Faculdade de Tecnologia de Mococa Telefone: (19) 3656-5559 fatecmococa@hotmail.com

CONCURSO - A Casa do Poeta de Canoas realizará a 4ª edição de sua coletânea de trabalhos literários com a finalidade de incentivar e promover o talento de seus associados e simpatizantes. A obra abrangerá os gêneros Poesia, Crônica e Conto. As inscrições estão abertas para podendo participar autores do Brasil e exterior. O Regulamento e a Ficha de Inscrição encontram-se no sítio da entidade: www.casadospoetas.com.br

VEJA MAIS:
GUIA DE POESIA

segunda-feira, novembro 17, 2008

PAULO FERRAZ



POETA EM CENA- A última edição do projeto Poeta em Cena acontece no dia 25 de novembro, terça-feira, na Biblioteca Alceu de Amoroso Lima, às 20 horas, com entrada franca. O espetáculo traz à cena a poesia de Paulo Ferraz com direção assinada por Helder Mariani. Após a apresentação acontece um debate com o autor. A encenação tem como eixo central o livro De Novo Nada, que é um longo poema narrativo de quase 600 versos. No roteiro final foram inseridos alguns poemas retirados de outro livro de Paulo Ferraz, Evidências Pedestres; ambos foram lançados em 2007. Os atores que darão voz e corpo à sua obra são: Carolina Splendore e Fabiano Amigucci, que interagem com vídeos produzidos por Luiz Altieri. A voz central do poema De Novo Nada é entrecortada por outras de tons variados; a experiência contemporânea de existir em meio ao caos e à desordem é transformada em arte. Trilhando caminhos que levam sempre a mais caminhos, eis o poeta: suas andanças, sua solidão e uma irrenunciável ânsia do infinito. Intuindo promover o encontro entre a poesia e o teatro, a série Poeta em Cena se propõe a encenar poemas de autores contemporâneos, bem como fomentar o diálogo entre artistas de mídias diferentes por meio de debate entre o autor, diretor e todos os presentes. O projeto conta com a assessoria artística da atriz e diretora Denise Weinberg e os poemas apresentados em toda a série foram selecionados por Flávio Rodrigo Penteado. Serviço Série: Poeta em Cena Poeta: Paulo Ferraz Dia 25 de novembro – terça-feira - às 20 horas Local: Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima Av. Henrique Schaumann, 777 - Pinheiros/SP – Tel: (11) 3082-5023 Grátis (não há distribuição de ingressos) – Duração: 50 min - 130 lugares Debate: após a encenação - Desaconselhável p/ menores de 14 anos Não possui estacionamento. Possui acesso universal e ar condicionado. Ficha Técnica Encenação: Helder Mariani Assistente: Daniel Kronenberg Elenco: Carolina Splendore e Fabiano Amigucci Pesquisa poética: Flávio Rodrigo Penteado Vídeos: Luiz Altieri Assessoria artística: Denise Weinberg Curadoria da Biblioteca: Emilia Vicente e Frederico Barbosa Criação e produção: Flávio Rodrigo Penteado e Helder Mariani Paulo Ferraz - http://pauloferraz.sites.uol.com.br Paulo Ferraz (Rondonópolis, MT, 1974) viveu em Cuiabá até 1995, quando se transferiu para São Paulo, onde se graduou na Faculdade de Direito da USP. Em seguida, concluiu mestrado em Teoria Literária na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, também da USP, tendo por objeto a poesia brasileira contemporânea. Em 1999, publicou seu primeiro livro de poemas, Constatação do Óbvio, pelo Selo Sebastião Grifo, fundado por ele, Matias Mariani e Pedro Abramovay. Com ambos editou ainda a revista Sebastião (duas edições: 2001 e 2002), que contou com colaboração de vários colunistas e jornalistas. Em 2007, lançou dois novos livros: De Novo Nada (poema de quase 600 versos) e Evidências Pedestres, também pelo Selo Sebastião Grifo. Em 2007, De Novo Nada concorreu na categoria Melhor Livro no 3º Prêmio Bravo! Prime de Cultura, tendo sido, em 2001, vencedor do Prêmio Nascente (USP/Editora Abril). Seus poemas publicados em diversas revistas literárias como Cult, Magma, Sibila, Cacto, Jandira e Rattapallax, nas antologias Paixão Por São Paulo e Antologia Comentada da Poesia Brasileira no Século 21 e nos sites Germina Literatura, Poesia.net e Paralelos. Poeta em Cena O debate sobre as fronteiras entre teatro e literatura é antigo e conheceu diversos extremos, ora pendendo a favor da arte da palavra, quando se acreditou ser o teatro mero veículo da literatura dramática, ora a favor da arte da representação, quando se julgou a palavra como mero substrato da encenação. Ciente de que a competição entre as duas artes nasce da aceitação de semelhanças existentes entre ambas, o projeto Poeta em Cena procura conferir outra tônica à discussão e pensar a especificidade do discurso poético contemporâneo por meio do palco. A série foi composta por quatro encenações, tendo um poeta diferente a cada mês, buscando assim novas e diferentes perspectivas para as apresentações e debates. Cada encenação é sempre o resultado de um trabalho colaborativo da direção com os atores, buscando diversificar as formas de leitura das obras, que brotam do processo criativo e experimental de cada intérprete. A estréia aconteceu, em 25 de agosto, com a obra de Roberto Piva. Na seqüência, foram homenageados Glauco Mattoso, Alice Ruiz e Paulo Ferraz - em setembro, outubro e novembro, respectivamente. Assessoria de imprensa: ELIANE VERBENA Tel: (11) 3079-4915 / (11) 9373-0181 – eliane@verbena.com.br

VEJA MAIS:
GUIA DE POESIA

segunda-feira, novembro 10, 2008

PRIMEIRA REUNIÃO



C´EST LA VIE, C´EST FINI

E se, de repente a gente não sentisse a dor que a gente finge e sente. Se, de repente, a gente distraísse o ferro do suplício ao som de uma canção. Então, eu te convidaria pra uma fantasia do meu violão. Canta, canta uma esperança. Canta, canta uma alegria. Canta mais revirando a noite revelando o dia noite e dia, noite e dia. Canta a canção do homem. Canta a canção da vida, canta mais trabalhando a terra entornando o vinho canta, canta, canta, canta. Canta a canção do gozo, canta a canção da graça, canta mais preparando a tinta, enfeitando a praça, canta, canta, canta, canta. Canta a canção de glória, canta a santa melodia, canta mais revirando a noite, revelando o dia, noite e dia, noite e dia" (Fantasia, Chico Buarque).

Luiz Alberto Machado

Eu sempre tive mais do que mereço. Sabia, não. Não sabia. Sabia. Agora é tarde a dúvida. Viver é duvidar. Agora rumino, definho, esperando a morte chegar. Agora é tarde. Ou não seria cedo demais.

Eu tive mesmo muito mais do que merecia. Obrigado, vida, viver é duro demais. É duro demais viver.

Não merecia a cortesia dos amigos. Obrigado, gente, fui feliz e não sabia nada de felicidade. Isso porque nunca vi no olhar a cumplicidade.

Não merecia a ternura fêmea a me carinhar. Eu nem sabia quão fácil era amar sem saber do ódio, quando o amor é paixão que dói nos nervos. E no coração.

Não merecia mãe dedicada. Nunca fui nada, não lhe dei os sonhos esperados.

Não merecia o pai complacente, eu sempre fui tacanho demais para tê-lo compreensivo nas minhas horas minguantes.

Não merecia sonhar as estrelas no olhar, obrigado mundo pelas coisas que só eu soube ter.

Não deveria jamais ter a sorte que tive e fui contemplado, sempre tive mais, muito mais que o merecimento, confesso. Tudo me foi dado. E eu porco para ouro.

Não merecia o fruto do quintal, a sombra do abacateiro, o mormaço da carícia nem o perdão tardio que eu nunca soube haver.

Não merecia a palavra, nem o gesto, nem o lábio e o olhar, muito menos a espera e o ventre brotando qual rosa esplêndida na tarde da perda.

Obrigado por não ter que agradecer a nada. Nem a mim.

Obrigado rio que matou a minha sede e me afogou. E me ensinou a errar.

Sabia que a vida valia a mão do menino. E eu, esse menino, desfaleci.

Aí vivi porque morrer é só mudar de lado e ver o não visto, viver o não vivido e sonhar o que não se sonha.

Obrigado sol que me ensinou o frio. A vida enregela nossa alma e sobra só uma pedra no peito.

Obrigado noite que me deu luz onde não via. E eu morri no primeiro sorriso da menina.

Obrigado dia porque me ensinou morrer.

Obrigado rosa, o dar-se sem saber o que é dar.

Obrigado, amigo, antes soubesse solidarizar-me.

Obrigado a todos. E a tudo.

Nada mais tenho que oferecer, nada mais me resta. Só a gratidão de você. Obrigado, você.

VEJA MAIS:
PRIMEIRA REUNIÃO

sábado, novembro 08, 2008

PÁGINA 21, KÁTIA VELO & TATARITARITATÁ!!!!



PÁGINA 21 – excelente site pernambucano, coordenado por Rafael Coelho e que dispõe de um acervo de audiovisual, artes cênicas e músicas, além de vídeos, publicações e links. Imperdivel.



KATIA VELO – a artista plástica, fotógrafa e professora paulista Kátia Velo, é bacharel em Letras pela Faculdade Anhembi/Morumbi-SP e é especialista em História da Arte Moderna e Contemporânea. Já participou de várias mostras, como a 3ª. Muestra Internacional de Arte Postal Ciudad de Ceuta, Espanha e a da Fundácion Romulo Raggio, Buenos Aires Argentina, realizou inúmeras exposições e atuou como Chefe de Divisão de Artes Plásticas e Música, na Secretaria da Cultura (SJP),em 2004, e desde 2005, atua como Professora de Artes Plásticas e História da Arte. É Conselheira Consultiva e Artística da ASCAR (Associação Cultural e Artística São-Joseense) e Vice-Diretora de Marketing da APAP Atua como colunista de arte no site GuiaSJP, www.guiasjp.com.br/katiavelo.Participou de exposições coletivas em Buenos Aires no Museu Rômulo Raggio e na Espanha, no Museu de Ceuta. Possui obras em acervos particulares e em órgãos oficiais: São Paulo, Portugal, Argentina e Polônia. Recebeu em 2006, Diploma em reconhecimento ao trabalho desenvolvido na área de jornalismo, na Câmara Municipal de Vereadores de SJP Freqüenta desde de 2006 o Atelier de Arte Contemporânea Edilson Viriato http://www.arteparanaense.art.br/katia.html & http://www.guiasjp.com.br/opcoes.php?option=591&id_canal=58. Ela reside desde 2003, em São José dos Pinhais, no Paraná.



MARTINS AO CUBO – Estabelecer "Literatura Cúbica". Propõem ROSANE MAGALY, JAIRO PACHECO E JOSÉ ENDOENÇA - todos MARTINS – instando o leitor à nova perspectiva literária, com altura, largura e profundidade da existência, no livro! Bem aceito no premier no Bistrô SENAC em Blumenau, também obteve atenção de público em Florianópolis, quando lá lançado através de promoção da Fundação Cultural BADESC. Veio a ocupar lugar destacado na “Agenda Cultural outubro/2008” de LIVRARIAS CURITIBA, quando em 23/10/2008 pousava na principal vitrine daquela mega-store no Shopping Estação, capital paranaense. Torna a Blumenau, com apoio das grandes casas do ramo interessadas em boa qualidade literária com valor agregado do produto “livro”, através de LIVRARIAS CATARINENSE. Onde: LIVRARIAS CATARINENSE – SHOPPING NEUMARKT – BLUMENAU Quando: 12/11/2008 – 19:30 horas O que: “Martins ao Cubo” – autógrafos e conversas com os autores FICHA TÉCNICA “MARTINS AO CUBO” 56 páginas impressas na Editora Odorizzi. Concepção do projeto: Rosane Magaly Martins. Seleção e Organização de textos: José Endoença Martins. Revisão: Jairo Pacheco Martins Fotos de divulgação: Rafaela Martins Projeto gráfico: publicitária Rosane Kurzhals. A literatura cúbica está em discussão no blog do livro: www.martinsaocubo.blogspot.com Dia 12 de novembro, 19h30. Livrarias Catarinense Megastore Shopping Neumarkt Blumenau - Fone: (47) 3144 9100 Rua Sete de Setembro, 1213 – Loja 69 – Blumenau - SC.

CICLO DE DEBATES - Nos dias 14 e 15, compondo a programação da 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, acontece o Ciclo de Debates: Questões do Livro e da Leitura. Neste dois dias serão discutidos temas ligados à situação do setor no nordeste, tendo como objetivo maior encontrar soluções para manter o mercado livreiro e editorial desenvolvido, vivo e atuante, sendo percebido como essencial para o desenvolvimento regional. O evento conta com o apoio do Ministério da Cultura e conta com palestras de José Castilho, Secretário do Plano Nacional do Livro e da Leitura, e Jéferson Assumção, da Coordenação Geral de Livro e Leitura do MinC, além de integrantes dos vários setores do livro e da leitura da região nordeste. As inscrições são gratuitas. Outras informações: (81) 3224.0561.

VEJA MAIS:
VAREJO SORTIDO

segunda-feira, novembro 03, 2008

PRIMEIRA REUNIÃO



Imagem: Rio Una, fonte Marcondes Calazans.

CARTA À MINHA CIDADE

Luiz Alberto Machado

Ao meu rincão que soletrei sílabas de todos os tons deixo o meu desejo provinciano.

Foi nas tuas praças que descobri a poesia

Foi na tua noite que desvendei mistérios

Foi no teu dia que morri muitas vezes

Foi no teu canavial que deixei meu sangue

Foi no teu rio que comunguei com a vida

Dos bairros nobres ao baixo meretrício
Dos bueiros da usina aos estudos da faculdade
Da safra da cana à entresafra da razão
Da incompetência da Câmara ao sucesso dos loucos
Dos desvarios comerciais aos crimes impunes
Das damas hipócritas às jovens sedutoras
Das reuniões inúteis às salas de dança
Dos cultores do passado aos artistas malucos

Foi em ti que me completei
Me dizimei
E me consenti

Com certeza
Te deixo o meu velório
E a paz de quem sorri.

VEJA MAIS
PRIMEIRA REUNIÃO
GUIA DE POESIA

domingo, novembro 02, 2008

ENTREVISTA: CARLITO LIMA



Conheci Carlito Lima pelas mãos da amiga, médica, fotógrafa e crítica literária Cidinha Madeiro. Foi ela quem me presenteou o livro dele “Nordeste independente”. Fiquei maravilhado. Depois, foi a vez do “Confissões de um capitão”, uma obra-prima. Aí virei assíduo leitor das obras desta figura ímpar até estreitar amizade. Nada melhor que ter Carlito como amigo, uma das coisas que nos surpreende sempre e faz com que a vida seja mais ainda tão maravilhosa.

Pois bem, para quem ainda não conhece o Carlito, digo só que este cidadão é ex-capitão do Exército, ex-prefeito de Barra de São Miguel - Alagoas, engenheiro, ambientalista, membro da Academia Alagoana de Letras, membro da Academia Alagoana da Boemia, editor da revista internética Espia, colunista da Gazeta de Alagoas, agitador cultural, resenheiro mangador, tomador de umas e outras, gente boa, munganguento, espalhafatoso, cheio das nove horas e, acima de tudo, cabra bom danado. Bote fé e avalizo. Tudo isso sem contar que é um escritor porreta e que só começou a escrever aos 61 anos de idade, quando, em 2001, por insistência de da tropa amigos e pela estrepitosa torcida do vamos-que-vamos alagoano, foi editado seu primeiro livro de memórias, “Confissões de um capitão” que, na verdade, é um testemunho sóbrio, meticuloso, forte, sincero, humano e, diga-se de passagem, muito bem humorado. O livro nada mais é que um destemido depoimento de um oficial do Exército, com enfoque especial sobre 1964, quando o escritor servia na 2ª Cia de Guardas no Recife, exata ocasião em que teve convivência com presos políticos como Miguel Arraes, Francisco Julião, Paulo Freire, Pelópidas Silveira, Gregório Bezerra entre outros. Tanto é que a revista paulista CULT, colocou o livro entre as 14 melhores obras da bibliografia sobre o golpe militar de 1964. E o bafafá não deu outra: findou Carlito Lima no programa do Jô Soares, ampliando seu sucesso.



Aí ele não parou mais, foi contaminado e saiu virulentamente fazendo zoada e, além de publicar sues livros, saiu agitando o povo de Maceió com eventos de arregimentar multidões. Sou testemunha disso.

Para encurtar o proseado festeiro, topei Carlito Lima para uma entrevista que ele, exclusivamente, concedeu. Com você, Carlito Lima.

LAM - Carlito, vamos primeiro para a pergunta de praxe: quando foi e como se deu seu encontro com a Literatura?

Meu encontro com a literatura deu-se na minha infância, meu pai gostava de ler comprava muito livro. Eu com 13 anos recitava Espumas Flutuantes de Castro Alves e já havia lido todos os livros de Monteiro Lobato, alguns de Machado de Assis.
Com 16 anos fui para Escola de Cadetes de Fortaleza, lá eu era freqüentador da biblioteca. Sempre gostei de ler os grandes romances. Dostoievski, Jorge Amado, Graciliano.
Nos anos 60/70 me encantei com a literatura jornalística, liberal, bem humorado do Pasquim, de Ponte Preta e dos dramas do cotidiano de Antônio Maria e Nelson Rodrigues e a verve nordestina de Ariano Suassuna. Mas não sabia que tinha certo talento de escritor, só em 2001 por insistência de meus amigos escrevi meu primeiro livro: CONFISSÕES DE UM CAPITÃO.

LAM - Quais as influencias e acontecimentos que levaram um ex-capitão do exercito, ex-prefeito, engenheiro e ambientalista se voltar para a Literatura?

Foi a vontade de contar minha participação durante 1964, eu achei que tinha alguma coisa a contar e contei. Aproveitei e escrevi um livro de memória, para melhor situar o autor perante ao leitor.



LAM - Você publicou o laureado "Confissões de um capitão" que, inclusive, virou coluna de jornal, "A história do velho capita". Fala como se deu o processo de criação da obra, o que levou você a trazer as confissões e o resultado de criar a coluna de jornal.

Assim que o CONFISSÔES DE UM CAPITÂO fez sucesso um jornal me convidou para escrever essa coluna onde conto histórias baseadas na vida real. É uma das colunas mais lida na Gazeta de Alagoas no domingo.

LAM - Depois uma série de títulos que compõem a sua bibliografia, como "Nordeste Independente", "Histórias do Duque de Jaraguá", "Comédias Mundanas", "Viventes de Maceió" e "A caminhada de um guerreiro", fala como se deu a organização dessas obras efetuando uma avaliação da sua trajetória literária.

Não tive uma trajetória literária organizada ou planejada. O que dá vontade de escrever eu faço. Às vezes sou mal entendido porque não admito a hipocrisia e o hipócrita é sempre intolerante. No mundo atual você perde o bonde da história se não debater sobre sexo, aborto e outros temas que eram proibidos anos atrás.

LAM - O seu universo literário é voltado para Alagoas. Como você vê Alagoas? O que seduz em Alagoas e quais as suas perspectivas para o Estado?

Como conheço e amo minha terra principalmente o modo de viver dos alagoanos, minhas histórias são sempre baseadas em fatos reais, dou apenas minha verve, meu tempero bem humorado, aproveito para sempre colocar o cenário de nossa bela Alagoas nas histórias.

LAM - O que é a Academia Alagoana da Boemia?

Aproveitei essa boa idéia do Gustavo Krause, ex-governador de Pernambuco e fundei a Academia Alagoana da Boemia que se reúne bimestralmente.

LAM - Agora vamos falar de Internet: Você edita a revista eletronica Espia que já resultou na publicação de Anuários. Fala da proposta da Espia e o resultado dos Anuários, bem como da contribuição da Internet na difusão de seu trabalho literario.

Eu fico até assustado com a ESPIA, meu blog que vai ao ar às sextas-feiras. Aonde eu vou alguém diz que leu a ESPIA, é impressionante, são quase mil pessoas por semana. E o Prêmio ESPIA anual está cada dia mais disputado.



LAM - Você recentemente foi empossado na Academia Alagoana de Letras. Quais as expectativas e perspectivas do agora acadêmico Carlito Lima com relação à Academia, a vida literária alagoana e a produção literária de Alagoas?

Na minha vida particular nada mudou. Embora seja uma honra pertencer a Academia, eu quis ser acadêmico não por vaidade, mas para trabalhar de alguma forma pela cultura e pela literatura alagoana.

LAM - Como você avalia a receptividade de sua obra em Alagoas e no Brasil como um todo?

Por conta do blog e claro de repercussão de meus livros eu sou bem conhecido em muitos Estados do Brasil. Agora mesmo dia 6 de novembro, quinta-feira, estou lançando meus livros em Fortaleza no HOTEL PRAIA CENTRO, na Rua Monsenhor Tabosa 740 a partir das 18 horas. Esse ano fui à Cuba dar uma palestra, divulguei meus livros, alguns serão traduzidos para o espanhol. Já tive convites de mais dois encontros internacionais de escritores. Uma senhora no Rio leu um de meus livros e me aconselhou a morar no Sul para fazer sucesso. Mas esse preço é enorme para mim. Daqui não saio.

LAM - Quais as perspectivas literárias e projetos por se realizar?

Estou escrevendo 3 livros de uma vez. Um romance passado no tempo da ditadura. Minhas crônicas que no final do ano viram livro, e o CONFISSÕES DE UM SETENTÃO, diário que lançarei quando completar 70 anos em fevereiro de 2010.
Quanto a projetos:
1 – Feirinha de livros de autores nordestinos aos domingos na Ponta Verde.
2- FLIPENEDO – 2ª Festa Literária de Penedo.
3- PRÊMIO ESPIA 2008
4- DOAÇÃO DE LIVROS PARA SEREM DISTRIBUIDOS AOS POBRES NA PERIFERIA.
E outros que aparecerem, sempre estarei disposto a batalhar pela minha terra e pela literatura das Alagoas.

VEJA MAIS:
CARLITO LIMA
GUIA DE POESIA

sábado, novembro 01, 2008

POETAS DO RIO GRANDE DO SUL



THOMAZ GUILHERME ALBORNOZ NEVES

EXÍLIO

O instante ao sol
Abole a existência da noite
Mas o infinito na tarde
Esbarra igual no limite do olhar

Além do que posso ver
O universo
É a falta de alcance da minha visão

Some na areia o sol da poça
E no ar a minha ausência
Dragado pelo que respiro
Não sei quem sente o que vivo
A paisagem em torno
É a própria face para o cego

Escrevendo, à beira-mar
No tom que me forjou
Um dia
Ondas ecoam dunas
Me desconheço em ninguém
E o que no silencio escuto
Responde ao que não pergunto

Escrevi para saber o que escreveria
Se escrevesse
Mas o que digo
Repele meu entendimento

Penso como quem esquece
Como quem cai subitamente no esquecimento
E me expresso

O que escrevo é alteado pela linguagem
Antes mesmo de haver sido escrito
Quando a expressão toma de assalto o pensamento
Eu estou entre o estado não verbal e este
Alheio a ambos
Aqui tudo é artifício
Diante do poder vazio do não dito
Quem escreve é um estranho para mim
E me torna um estranho ao fazê-lo

O dono do céu
Repete
O arco da duna
Onde sou a agulha
Vista
Da vigia do farol

Escrevo contra a escritura
E o que escrevo
É o que resta da realidade

A descoberta de poetas no sótão
Um baú deles
É certo que tenha aberto a minha vida

E talvez por folheá-los juntos
Sem associar nenhum aos poemas
Em cada um eu sinta muitos
Jamais vira o mundo antes
Com olhos
De quem escreve
Desperto agora outro
Embora eu mesmo ainda
E cada coisa serve ao poema

O momento da escritura
É represado pela ausência do sentido perseguido
É disso que se trata:
Palavras que faltam
Para dar ritmo a um estado ainda sem linguagem
Todo impulso sem realidade

Por momentos
O universo
É só o que parece
Seu próprio encantamento

A solidão
De cada um
É a de cada coisa
Em torno
O mundo ocorre
Em si mesmo

THOMAZ GUILHERME ALBORNOZ NEVES – o poeta e advogado gaucho, Thomaz Albornoz Neves é mestre em Literatura Brasileira e realizou, entre outros, o curta metragem O braço, em 1991. É autor dos livros Renée (1987), Poemas (1990), Sol sem imagem (1996) Exílio (2008), este último que reúne os poemas selecionados neste espaço.

VEJA MAIS:
POETAS DO RIO GRANDE DO SUL
GUIA DE POESIA