domingo, fevereiro 27, 2011

ENDRE ADY: POESIA HÚNGARA



ENDRE ADY (1877-1919)

RECORDAÇÃO DE UMA NOITE DE VERÃO

Do alto do céu um anjo enraivecido
tocou o alarme para a terra triste.
Endoidaram cem jovens pelo menos,
caíram pelo menos cem estrelas,
pelo menos cem virgens se perderam:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.
Nossa velha colméia pegou fogo,
nosso potro melhor quebrou a pata,
os mortos, no meu sonho, estavam vivos
e Burkus, nosso cão fiel, sumiu,
nossa criada Mári, que era muda,
esganiçou de pronto uma canção:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.
Os ninguéns exultavam de ousadia,
os justos encolhiam-se e o ladrão,
mesmo o mais tímido, roubou então:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.
Sabíamos da imperfeição dos homens,
de suas grandes dívidas de amor:
mas era singular, ainda assim,
o fim de um mundo que chegava ao fim.
Jamais tão zombeteira esteve a lua
e nunca foi menor o ser humano
do que foi nessa tal noite em questão:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.
Perversamente em júbilo, a agonia
sobre todas as almas se abatia,
os homens imbuíram-se do fado
recôndito de cada antepassado
e, rumo a bodas de um horror sangrento,
seguia embriagado o pensamento,
o altivo servidor do ser humano,
este, por sua vez, mero aleijão:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.
Pensava então, pensava eu, todavia,
que um deus negligenciado voltaria
à vida para me levar à morte,
mas eis que vivo e ainda sou o mesmo
no qual me converteu aquela noite
e, à espera desse deus, recordo agora
uma só noite mais que aterradora
que fez um mundo inteiro soçobrar:
foi uma estranha,
estranhíssima noite de verão.

UM POETA FUTURO

Quando acabar nos jardins húngaros
a raça humana: a rosa – um santo
moço tristonho há de ficar
e ele terá razões de pranto.
Invejo-te, moço futuro,
que cantarás tua cantiga
quando não mais houver quem ouça
ou sofra a nossa praga antiga.

NA VINHA DOS ANOS FANADOS

Festejo na vinha dos anos
Fanados e em minha garganta
Brota o canto vindimo, ufano.
A chuva de estanho me adensa
Com pâmpanos vermelhos-azuis
Cinjo minha cabeça pensa.
Contemplo trapos de sarmento
Envergo minha jarra tonta
E sigo acima, altivo e lento.
Talvez pare no cimo,
Lanço ao chão minha jarra de vinho
Desejo a todos bom descanso.

ENDRE ADY (1877-1919) – O lendário escritor e jornalista pioneiro da literatura húngara moderna, o austro-húngaro Endre Ady, nasceu na aldeia remota de Érmindszent no Império Austríaco-Húngaro, atual Romênia. Seu primeiro livro de poemas apareceu em 1899 e de 1900 até sua morte em 1919, Ady escreveu mais de mil poemas e 10 livros de poesia, além de contos e artigos, enquanto derivava de um jornal para outro, muitas vezes, como correspondente estrangeiro e escrevendo para a revista Nyugat. Está situando no Simbolismo húngaro, sendo, ainda, representante introdutor das vanguardas naquele país. é em torno dele que se dá o conflito entre progressistas e tradicionalistas. Na sua obra ele experimentava os problemas de quantos tinham interesse numa revolução, com uma visão grandiosa e histórica, ampliada pelas temporadas de Paris, faendo-o apalpar o atraso de seu país, onde o feudalismo se perpetuava. O contato com o vitalismo nietzschiano fiera-o rejeitar os tabus da moral burguesa, ficando convencido de que o artista tinha de ser diferente em tudo, levando às escancaras a vida boemia mais desinibida, atraindo propositadamente o anátema dos puritanos. Seu instinto e sua experiência do jornalismo permitiam-lhe captar o que a atualidade tinha de mais significativo, além de dar cunho polemico a todas as suas manifestações. Como visionário verdadeiros, Ady personifica em monstros míticos os grandes problemas da época e os de todos os tempos. Seus maiores poemas brotam de comparações inesperadas, estarrecedoras. Neles declara guerra à tirania sangrenta do Ouro, ao marasmo da Sáfara húngara, aos inimigos da renovação nacional, às inibições do pudor, desnudando os próprios conflitos íntimos, suas oscilações entre saudade e revolta, ânsia de pureza e sonhos de erotismo atrevido, Oriente e Ocidente, instinto e cultura. Ele morreu de pneumonia em Budapeste, em janeiro de 1919, poucos meses após ser eleito presidente da Academia Vörösmarty. Traduções de Nelson Ascher.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
ADY, Endre. Poemes. Paris: Don Langues/Seuil, 1951.



FONTES BIBLIOGRÁFICAS
ADY, Endre. Poemes. Paris: Don Langues/Seuil, 1951.

Confira mais:
Show poético musical Tataritaritatá no Projeto Palco Aberto, em Maceió. Breve, aguarde. ,
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TODO DIA É DIA DA MULHER,
CRENÇA: PELO DIREITO DE VIVER E DEIXAR VIVER,
MINHAS ENTREVISTAS e
As previsões do Doro para 2011 .

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

LYA FER



A FOLYA DE LETRAS DA LYA FER

UMA PEDRA

Através de janelas
trancadas
por fora...
e portas labirínticas,
ouço sons.
Música e risos, talvez!
Chegam de todos os lugares...
do mundo
sopra o vento,
isso eu sei,
ele canta pra mim
através de janelas
trancadas por fora...

Minhas histórias,
meus pensamentos
trancados cá dentro,
com as portas debato.
Bato!
Ninguém entra, não saio.
Nem dos pensamentos,
nem dos sentimentos,
nem das portas labirínticas eu escapo...

Volto às janelas,
meus próprios passos ecoam.
Música, risos, choros ecoam.
Chuva, mar...sons...sons...
Chegam de todos os lugares...
do mundo
e o vento canta
soprando
através de janelas
trancadas por fora...
Observo. Analiso. Critico.
Percebo.
Um reflexo translúcido. Eu.
Trancada por fora.
Sufocada por dentro.

Há uma pedra no leito do rio.
Não há água.
O seco leito é, hoje, só um caminho.
Há uma pedra no caminho.
E eu
não consigo chorar...

COMEÇO

Não pretendo me encaixar em suas expectativas.
Sou limitada.
Egoísta. Abusada.
Esquecida. Vaidosa.
Convencida. Medíocre.
Teimosa. Insone.
Confusa. Insegura.
Complexa.
Tagarela. Rabugenta.
Irritante. Irônica.
Chata. Complicada.
Ansiosa. Agitada.
Sincerocídea.
Ronco, tenho chulé e TPM (altíssima)!
Sou cheia de defeitos.
Sou normal.
Vou querer e vou pedir,
talvez, até o que não possa me dar.
Vou aceitar seu não. Simples assim.
Aceito e agradeço. Não dói pra mim.

Sobre você,
desconheço sobre o ronco ou o chulé,
mas poderia incluir algumas outras características no rol.
E assim como eu,
vai pedir o que não posso dar.

E agora?
Teremos o MEIO?
Com direito às reticências?

Eu prefiro ser metamorfose ambulante!
Não me importo se hoje for sim e amanhã não.
Desde que o sim,
seja a concessão sincera da razão e da emoção;
Desde que o não,
Poupe-nos de ressentimentos futuros.
Me importo, sim,
de ter o mascarado, superficial, irreal,
de “pagar” caro.
O Sim. O Não. O Talvez.

Não pretendo magoar, irritar, contrariar, chatear você.
Mas vou. É verdade.
Acredito que MEIO é isso:
transpor muros, romper paradigmas,
aceitar verdades que não gostamos.

Viver o MEIO é querer a realidade, mesmo que em desalinho às expectativas.

E agora?
Voltemos...

INSTINTOS

Há momentos, nos quais suas palavras ferem     
Não exatamente pelo q dizem...
Mais pela força com a qual vc as carrega
Ainda mais, pelo poder que tem sobre mim.
São como açoites.
Ardem os ouvidos. 
Me percebo atordoada,
muitas vezes nocauteada,
não reajo, não me defendo,
não debato, não explico,
nem justifico.
Não acredito!
Fecho os olhos...e me concentro pra esquecer...
o tom de voz, o timbre...
a dureza dos adjetivos,
o ranger dos rótulos,
a frieza da análise,
naquele desapego típico dos que não se importam.
Luto pra controlar.
Luto pra neutralizar
o impacto negativo de suas críticas.
Fecho os olhos,
Escuto meu coração...
e quero odiar você! 

Traí minha essência dócil,
Questionei minha crença no valor da gentileza, 
Distorci minhas verdades sobre paixão,  
Sabotei minha filosofia apaziguadora,
Esgotei minha paciência,
Descobri um lado obscuro da minha personalidade.
E em meio à bagunça de minha alma,
já quis abandonar vc,
já pensei em desistir de insistir,
mas sou incapaz de renegociar minha proposta
de fazer vc feliz, incondicionalmente!
 
Permaneço na infidelidade 
de todos os meus valores,
estranhamente corrompidos por esse    
turbilhão de sentimentos polarizados.

De repente, quase sem querer
Estou aninhada no seu abraço
Com o gosto do seu beijo na minha boca...
Fecho os olhos pra não esquecer,
Pra guardar cada detalhe precioso...
...A música q toca ao fundo
A temperatura dos nossos corpos
A sua respiração ritmada com a minha
Seu perfume na minha pele...
Minha entrega.
Olho pra você, sorrio feliz 
...fecho os olhos novamente, 
percebo o quanto desejo tudo isso !
Escuto meu coração...
e o que mais quero é amar você!

LYA FER – Pseudônimo de Eliane Fernandes que edita o sensacional blog Folya de Letras. Confira tudo isso e mais dela no Crônica de amor por ela.

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Show poético musical Tataritaritatá no Projeto Palco Aberto, em Maceió. Breve, aguarde. ,
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Nitolino: Projeto Escola – Campanha Todo Dia é Dia da Criança ,
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TODO DIA É DIA DA MULHER,
CRENÇA: PELO DIREITO DE VIVER E DEIXAR VIVER,
MINHAS ENTREVISTAS e
As previsões do Doro para 2011 .

BOB SOUSA: EXPOSIÇÃO PALCO



BOB SOUSA: EXPOSIÇÃO PALCO - A exposição “Palco”, do fotógrafo Bob Sousa, abre a partir do dia 24 de fevereiro de 2010 na Reitoria da Unesp – Universidade Estadual Paulista (Rua Quirino de Andrade, 215 – Centro – São Paulo. Bob, como é conhecido na classe teatral, reuniu espetáculos importantes da cena cultural paulistana para eternizar em fotos que agora estarão expostas ao público. O artista está num momento ascendente na carreira, pois acaba de inaugurar outra exposição, no Teatro Anhembi Morumbi, em São Paulo.“Palco” fica em cartaz até o dia 24 de março de 2010 e traz ao público 24 imagens de grandes espetáculos e personalidades do teatro brasileiro, como José Celso Martinez Correa (“Taniko – O Rito do Vale” /2008), Mário Bortolotto (“Kerouac”), Marisa Orth (“O inferno Sou Eu”/2010), entre muitas outras peças importantes da década. Com seu olhar apurado e criativo, o artista registra, há quase uma década, grande parte das montagens na capital paulista: o Teatro Oficina, de José Celso Martinez Correia; Macunaíma, de Antunes Filho; Cemitério de Automóveis, de Mário Bortolotto e Os Satyros, de Rodolfo García Vázquez e Ivam Cabral, Coordenador do curso de Direção e Diretor Executivo da SP Escola de Teatro, respectivamente. Com formação publicitária, a paixão pela fotografia e palcos fez Bob profissionalizar-se na área, e iniciou uma pesquisa focada no registro de companhias teatrais de vanguarda com o objetivo de descobrir, valorizar e acompanhar o trabalho de novos diretores e atores. Espetáculos que estarão representados na exposição “Palco”: O Amante de Lady Chaterley (Germano Pereira e Ana Carolina Lima), O Inferno sou eu (Marisa Orth), Policarpo Quaresma (Lee Taylor, Michelle Boesche e Carlos Morelli), Taniko (Zé Celso Martinez Correa), O Natimorto (Maria Manoella e Nilton Bicudo), Kerouac (Mário Bortolotto), Uma Pilha de Pratos na Cozinha (Otávio Martins), Cândida (João Bourbonnais, Bia Seidl e Thiago Carreira), Tríptico (Juliana Galdino e José Renato Forner) e Mão e Pescoço (Gilda Nomacce, Majeca Angelucci e Germano Melo). Serviço Exposição: Palco – de 24 de fevereiro a 24 de março Fotógrafo: Bob Sousa Local: Reitoria da Unesp - Rua Quirino de Andrade, 215 – Centro – São Paulo Horário: das 8:00 às 17:00 – de segunda à sexta-feira Telefone: 11 5627 0235 Entrada gratuita, livre Canal Aberto Assessoria de Imprensa Márcia Marques Fones: 011 2914 0770/ 3798 9510 / Celular: 011 9126 0425 MSN: claramm@hotmail.com/ Site: www.canalaberto.com.br / Twitter: canalaberto / Skype: canal.aberto

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quinta-feira, fevereiro 17, 2011

HAROLDO DE CAMPOS: H LÁXIA



HAROLDO DE CAMPOS: H LÁXIA - OCUPAÇÃO explora a criação e a poética de Haroldo de Campos. Instalações, ciclo de debates e objetos do arquivo pessoal do autor são algumas das atrações Ocupação Haroldo de Campos - H LÁXIA A nona edição do projeto Ocupação homenageia o poeta, ensaísta e tradutor Haroldo de Campos. A exposição trata do processo criativo do escritor e apresenta instalações - conhecidas e também inéditas - baseadas em sua obra, além de registrar seu percurso intelectual e artístico. O evento também conta com um ciclo de debates e acontece na sede do Itaú Cultural e na Casa das Rosas, parceira da atividade, em São Paulo. A mostra se divide em vários núcleos. No Instituto Itaú Cultural, a instalação H LÁXIA, de Livio Tragtenberg, permite a imersão na obra de Haroldo, com a participação ativa do público, que pode gravar seus depoimentos. Já na "bibliocasa" de Haroldo, marginálias, edições especiais de seus livros, fotos, manuscritos, datiloscritos e edições anotadas e com dedicatórias. A exposição OCUPAÇÃO Haroldo de Campos H LÁXIAS estará aberta ao público de 17 de fevereiro a 20 de abril no Itaú Cultural - Av. Paulista, 149, São Paulo SP nos horários: - terça a sexta das 9h às 20h - sábado, domingo e feriado das 11h às 20h Entrada franca. A Ocupação Haroldo de Campos é uma parceria entre o Itaú Cultural, a Casa das Rosas e o Governo do Estado de São Paulo.Veja a programação no Itaú Cultural e na Casa das Rosas. Mais informações na página http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2841&cd_materia=1504. Info: Luiz Pedreira Jr Itaú Cultural | Comunicação Dirigida itaucultural@comunicacaodirigida.com.br Tel 11 3881-1710 | 11 8405-4664.

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MARILIA LOPES



A ARTE POÉTICA DE MARILIA MIRANDA LOPES

LIAME

As minhas poesias são
Horas de esquecimento…

Lugares
sagrados,
Templos.

São viagens pelo Universo
à volta do que eu penso em verso, ciúmes
de não poder viajar realmente
através dele…

Se alguém perguntar por que me fascino
com tantos mistérios d’astros e de cometas,
com tantas constelações e planetas,
repara apenas
através dos meus sentidos
como se eu não tivesse a mínima importância.

A minha ânsia
é desaparecer como meteoro fugaz
por entre as nebulosas de gás
e procurar outro Sol, nova distância
que me separe,
encontre e ame…
longe…livre…
Em liame!

SOLIDÃO

Enquanto passava a solidão
Voltei à impressão do que seria essa figura:
Enorme, cinzenta, escura, de grande porte
Por não ter tido ainda a sorte
De se encontrar a si mesma
E deixar de ser solidão…
Solidão-dó, solidão-dá
Solidão não dá a ninguém!

Nas cavernas dos escritórios há grandes dormitórios
De gente impressão
Que se cumprimenta afável, politicamente correcta
A navegar horas a fio na linha magnética
Em nau cercada de informação…

E a senhora dó, dó do seu coração
Passa opulenta e esmaga o passo:
Diz que é obra do progresso
Do cansaço e do sucesso
Da ansiedade, da depressão
Dos pensamentos escusados,
Inúteis aos esfomeados
Do continente africano…

A senhora dá, dá do seu coração
Ondulante e sensual
No vazio que se consome
Repete, circinada, a condição:
Quando entra, não bate. Deixa uma ruína incolor
Ergue-se, invisível
Estende o braço formatado, estivador
E diz…”Vem!”

LEMBRANÇA SINE DIE

A quantos watts te pressenti daqui não sei
chegando vertigem vértice vento, logo
medievo cavaleiro ansiando dama em altiva
varanda de castelo iluminado, fogo
multo piano azulando a tempestade em silêncio…

Repousaste na calma suprema do monte
entre o nardo de sândalos e de cedros
luzes vãs de pirilampos, uivos de seres em extinção…
Toda a tua presença serenou, curiosidade ateou indignação…

Leva-me contigo, então, já que me procuras…é só uma
a terra onde não te vem à memória nenhuma
lei universal!

Sem dia, sem vez afloras, pois me cultivas, te curas
Prometes mais dádivas de um amor intemporal
Natureza convulsiva de espasmos violentos e capaz
de criaturas tão belas!

Na noite me recolhes, mãos de rara orquídea orgulhosa
Nesse destino de te enviares como amante e amor
Amor no qual o real só cabe segmentado…

Lembra-te, lembramo-nos até à falta, até à sobra
Vidas exaustas de investidas audazes…
Fomos nós!

ALVÃO

Neste Alvão onde a saudade germinou
A textura mais anil é a que te cobre o pensamento

Fico a ver-te onde a magenta se ausentou
No banco a preto e branco cuja sombra
É dádiva de uma árvore gigantesca estonteante
A contorcer-se no chão onde se atropelam
Raízes torneadas rompendo a terra

Tão simples e felizes
Os insectos que sobem o tronco vigoroso
Tão leves e verdes
Os pensamentos que a árvore te transmite

Levantas-te bruscamente sempre que isto acontece
E procuras conduzir-te enquanto é tempo
Para o espaço que mais fendas minimize

E curas a enfermidade para que a verdura te indemnize
O prazer e o receio de escutar

QUERO FICAR

Quero ficar entre os teus braços
E perceber que um dia é um diamante
Dinamite ou apenas nuvem doce
A enrolar-se nas semanas
De horrores e dramas

Entre os teus braços a criança que sou acorda
E sente que nem sempre se fica imune
A todo o impulso que as coisas têm
Catapulta que segue cega
Em direcção a parte incerta
Numa roda gigante e circular

E é então que adoece a criança que se aborrece
Através da paisagem da janela e dos montes da sua terra
Timbre do seu corpo vacilante
Entre os resguardos da ponte arterial

E quando amadurece por instantes
Vê que tudo o que acontece não é senão uma hélice
Sob o cicio de um trevo raro a lembrar
O que era antes

O TEU OLHAR

O teu olhar é o mais
escala absoluta
Fechas as pálpebras
estranha ausência
ou saudades, esse vislumbre, esse

Atravessado três vezes por um denso
o teu olhar é o mais

brilhante
giratória grandeza abrupta

Perto ou longe já se incendeiam
partituras sós, o concerto exige
ao receber-te sempre, ó

Preparo
É hoje o teu regresso
noite urdida na radiante

Atravessando o céu
devolvendo a minha chuva

TUDO EM TI

Tudo em ti é sumo, não há linhas a mais
No quadro repleto pendurado no tecto a chuva abranda
Sabes quando a escuridão reflecte cor e as palavras são prata
Na esquadria dos limites

Se vires tudo outra vez a rua expende-se e é tua
Nos fins dos becos sem saída subtrais a plataforma
Raiz no alto da colina que se transforma
em mil colcheias semi-contentes

Antes o calor do corpo vivo sangue emancipado
durante a vida batida ferozmente
Um túnel

Céus rasgados nos verdes alcatifa dos montes
no si bemol de um gesto de ternura por tudo isto com importância tanta
Sempre caindo levemente como a neve radiografada na doçura do horizonte

Diante de ti circulam
réplicas de um sismo
outrora abismo
vapor

Sossegam as personagens nos camarins grinaldas de palmas
Inefável expressão nos traços das epidermes
Fusão desses aplausos faustos risos
Senhoras e senhores, acabou a encenação das almas
Deixem-nas no paraíso
Estão enfermas

AINDA

Ainda me desnudas no vento
sintagma das coisas
Ainda me constróis

Ainda me dizes mistério
Ainda me suplicas
Caminho

Ainda me susténs no árido
Non sense dos dias

Ainda me levas
pela láctea
Via do teu corpo
romeiro

NO REBENTAMENTO

No rebentamento o poema
um voo no vácuo
em suspenso
como se lançasse no traçado da asa
um fluido cristalino

Sob
a ferida
pássaro branco tingido
perturbado
o rugir

DEITO O RIO

Deito rio
Este território é um violento
e há um rouco
Tomei a liberdade
de não responder
Importava destapar
onde lavamos com sabão
a cidade
As silhuetas ainda ouvem
às vezes são pólvora
Urge
não ter território
É um nada todo o verso



MARILIA LOPES – A poeta portuguesa Marília Miranda Lopes formou-se em Línguas e Literaturas Modernas (variante de Estudos Portugueses) pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Atualmente é professora de Língua Portuguesa do Ensino Secundário e formadora pelo Conselho Científico -Pedagógico de Formação Contínua nas áreas e domínios de Língua Portuguesa; Didácticas Específicas e Oficinas de Escrita – Poesia e Teatro. Ela foi bolseira dos Serviços de Belas Artes da Fundação Calouste Gulbenkian, ao abrigo do programa “Dramaturgia Portuguesa”. Integrou a representação do Norte de Portugal no Congresso Luso-Galaico “O Livro e a Leitura”, realizado em Santiago de Compostela, juntamente com António Cabral, A.M. Pires Cabral, António Mota, Anabela Mimoso, Luísa Dacosta, João Pedro Vaz, Manuela Bacelar, Arsénio Mota, Manuel António Pina, entre outros escritores. É autora de canções para a infância que integram vários projectos de animação do livro e da leitura. Escreveu Poesis em Oásis (poesia, 1994), Framboesas (Teatro, 1996), Geometria (poesia, 1998), O Escudo Invisível (Conto) Templo (poesia, colecção Tellus, nº10, 2003) e Duendouro – Era uma vez um rio… (Teatro, 2004) - Edições Afrontamento. Como cantautora tem feito canções em português para a banda “Croquis”, na qual é vocalista/guitarrista, juntamente com Trindas (baixista/compositor), Paulo Pelotas (baterista/percussionista) e Luís Novo (guitarrista). Tem participado ativamente em vários eventos culturais como “Portuguesia (Famalicão), 1º Festival de Literatura do Algarve e em filo-cafés promovidos pela Incomunidade e pela Associação Extrapolar. Aqui estão reunidas as poesias dos seus vários livros, confirmando o seu talento e sua verve poética. Daqui do Brasil, meus aplausos de pé para Marilia Lopes. Veja mais dela blog Douroscripto, no MySpace e no Gremio Literario Vila-Realense..




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GRACE FARES & VOZ EM POESIA



GRACE FARES - A escritora Grace Fares participa do Movimento dos Poetas del Mundo e integra a equipe Dom de Vozes, juntamente com Wanda Rabello e Odair Silveira, editando o excelente blog Voz em Poesia para divulgação da cultura brasileira, unindo a Poesia com as Artes Cênicas. Ela também reúne seus textos no Recanto das Letras e no Multiply. Confira tudo isso e muito mais dela no Crônica de amor por ela.

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quarta-feira, fevereiro 16, 2011

OS TEXTOS E BLOGS DE ANA LAGO LUZ



ANA LAGO LUZ – Pseudônimo da escritora, professora e blogueira Ana Paula Pujol que reúne seus textos no Recanto das Letras e edita os blogs Literatura da Ana, Uma Borboleta no Lago de Luz e Uma Contadora de História. Veja tudo isso e muito mais dela no Crônica de amor por ela.

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CAMPANHA TODO DIA É DIA DA MULHER: REGINA OLIVEIRA





REGINA OLIVEIRA – Regina Célia de Oliveira nasceu a 09 de agosto de 1964, no Município de Franco da Rocha, São Paulo, filha de Indalécio de Oliveira e Ernestina Ferrari. Aos quatro anos, com a morte da mãe, foi morar com os avós paternos, Arthur de Oliveira e dona Sylvina Batista de Oliveira, em Votuporanga , interior de São Paulo, onde aprendeu as primeiras letras do alfabeto, o que muito contribuiu para aguçar seu gosto pelas letras e pela leitura. Aos seis anos veio morar em Perus, ingressando , um ano depois, na Escola Estadual de Primeiro Grau Dona Susana de Campos e, nessa época ganhou de seu pai, o primeiro livro, um conto infantil - O Gato de Botas. Nesse período passou a frequentar a Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, tornando-se asssim, uma "devoradora" de leitura. Começou a escrever seus poemas aos doze anos, influenciada pela poetisa Dinah Nascimento e, por Machado de Assis, um de seus autores favoritos e, incentivada pela Dona Cidinha, uma de suas professoras. Aos vinte anos casou-se e teve uma filha - Giovanna. Funcionária da Prefeitura Municipal de São Paulo desde 1992 trabalhou na Biblioteca Municipal Érico Veríssimo, na Parada de Taipas e, posteriormente, na Biblioteca Municipal Padre José de Anchieta, em Perus. Foi membro do extinto Fórum de Cultura Perus-Anhanguera.

Em 2006, foi convidada por Marcos José Santana, Supervisor de Cultura da Subprefeitura de Perus à assessorá-lo, implantando juntos, o Programa de Ação Cultural da Subprefeitura Perus aglutinando em Eventos Culturais uma grande parte da produção cultural local. Depois do fim de seu casamento , em 2007, formou-se em Biblioteconomia e Ciência da Informação, pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 2008.



Em 2009 foi convidada à participar do Projeto do livro Antologia Poética - POEMAS 2, por Renata De Matos, poetisa e editora, juntamente com outros autores.



Em 2010 lançou o livro - Coração Inquieto - também pela Editora D'Mattos, participou de Oficinas literárias no CEU Anhanguera, enveredando também pela área da dramaturgia e interpretação para o teatro. É amante da natureza, é instrutora de yoga. Sua verdadeira paixão é escrever. Ela reúne seus textos no Recanto das Letras e possui perfil nas comunidades Clube Caiubi de Compositores e no TVS Brasil.



ENTREVISTA: REGINA OLIVEIRA

LAM - Regina, vamos para a pergunta de praxe: como e quando ocorreu sua descoberta pela Literatura?

Não me lembro bem de quando me apaixonei por literatura, tenho a impressão de que já nasci com ela no sangue.

LAM - Quais as infuências da infância e adolescência que determinaram sua opção pela Literatura?

Bem, na infância meu avô que me ensinou as primeiras letras, ele foi jornalista e também escrevia; meu pai, que deu-me um livro de presente quando eu tinha sete anos; minha irmã, Rita, que sempre nos incentivou a ler e estudar; na escola, minha professora da quarta-série, Dona Cidinha, adorava minhas redações ; eu era "rato" de biblioteca e Dinah Nascimento, poetisa e Machado de Assis, escritor; na oitava série tive uma professora que me incentivava muito a escrever, Dona Maria Lúcia.

LAM - Que memórias você guarda no seu trabalho literário de Franco da Rocha?

Morei um tempo com meus padrinhos e lembro do engenho. Ele tinha um alambique e nós, eu e os filhos deles, brincavamos muito. Eu devia ter uns cinco pra seis anos, tenho. Poucas lembranças dessa época. Vivi em muitos lugares, por isso não criei raízes, talvez.

LAM - Você começou a escrever aos 12 anos de idade e em 2010 publicou o livro "Coração Inquieto". Fala pra gente dessa trajetória até chegar na criação e receptividade do público dessa publicação.

Aos doze anos escrevi um diário de poesias, escrevia todos os dias cartas, poemas, redações não guardo material desse período pois o meu diário desapareceu. Continuei escrevendo mas sem a pretenção de publicar, era muito menina para pensar nisso. Nunca parei de escrever, mesmo depois de casada escrevia meus poemas e textos e, arriscava alguns contos. Fui juntando cadernos e cadernos de poesias. Passou o tempo, nasceu Gi, minha filha e...roda roda a roda da história...separei-me em 2007 e, parei de escrever por um tempo. A vontade de publicar o livro surgiu da necessidade de movimentar meus pensamentos para não "pirar", foi quando a Renata , da Editora D'Mattos convidou-me para participar do projeto de POEMAS 2, em 2009, daí, para o Coração Inquieto foi um pulinho. Um amigo me disse que eu devia publicar minhas memórias, á princípio exitei, mas...acabou nascendo em 2010... Coração Inquieto. Muitos amigos apreciaram minha criação e alguns leitores que adquiriram meu livro, no lançamento, tem dado retorno positivo.

LAM - Você tem formação em Biblioteconomia e Ciência da Computação. O que levou a optar por essa profissão?

É...Biblioteconomia e Ciência da Informação...e, bem, foi uma opção mais do meu marido, na época, do que minha. Eu já trabalhava na Biblioteca, conhecia alguns macetes dos serviços prestados, e foi um curso interessante para alguém que não tinha grandes projetos e, achava que ia ficar casada "até que a morte os separe." Gosto de Biblioteconomia , mas não faria essa faculdade se tivesse seguido os meus instintos, teria feito artes.

LAM - Ser bibliotecária contribuu para sua formação literária? A seu ver, qual o papel da bibliotecária para promoção do hábito da leitura?

Como disse, a literatura está no meu sangue e nunca planejei ser bliotecária. A meu ver o papel do profissional Bibliotecário dentro da formação de público para leitura, é o mesmo papel do professor ou do educador social, do escritor ou dor agentes formadores de opinião, ou seja, utilizar a palavra como uma ferramenta para formar cidadãos críticos e conscientes de sua capacidade de criar, independente de suas crenças, opções, vontades e desejos. Se nós soubermos usar bem essa ferramenta, com certeza, teremos cumprido bem nossa missão.

LAM - Você participou do Forum de Cultura Perus-Anhanguera e também foi assessora de supervisão cultural. Fala pra gente dessa experiência.

Foi uma experiência libertadora... risos.
Bem, conheci pessoas fantásticas, como o Marcos Santana, Supervisor de Cultura, hoje, assumindo a Supervisão de Esportes aqui em Perus. Eramos o "Casal 20 da Cultura" como alguns diziam... despeitos à parte...risos; a Alice, que é presidente de uma Associação para pessoas deficientes, Poetas, Contistas, Palhaços, Atores, Músicos, Artistas plásticos, enfim. Fazíamos shows, palestras, feiras de arte, trazíamos teatro, música, dança. Descobri que em Perus e região, como em toda a periferia, a arte reverbera mas não prospera por falta de incentivo e de uma política cultural e social que contemple , de verdade, as necessidades do artista e da comunidade, em geral. Por mais que lutemos por isso e, olha que tem gente que ainda dá o sangue pra isso, tem sempre aqueles que querem promover-se politicamente e, aqueles que se "acostam" á politica para "mamar nas tetas" do governo, sem contar aqueles que criticam mas...nada fazem para mudar.

LAM - Você também tem atuado no teatro, cursando dramaturgia e interpretação. Como e quando se deu seu encontro com o teatro? Qual a contribuição do teatro para sua formação literária?

O teatro entrou na minha vida como um bálsamo curador, depois de um período de depressão. Sempre gostei de teatro. Fiz iniciação ao teatro em 2009, com o ator Rogério Fraulo e, o Curso de Direção com Simone Shuba, tudo pelo projeto Vocacional da Secretaria Municipal de Cultura, São Paulo, no CEU PERUS, dando continuidade em 2010, com o ator Jonas Golfeto , da Cia Le Comediens. Literatura e o tetaro tem tudo a ver, eu penso. Hoje, com o estudo da Dramaturgia, consigo colocar mais força dramática nos meus textos, mais realidade com um toque de irreal, é muito complexo explicar. Sinto-me mais completa como escritora depois de enveredar nesse caminho incrível que é o teatro e o qual não pretendo abandonar. Esperem - Coração Inquieto - Contos, para entender melhor minha colocação.

LAM - Você é instrutora de yoga. Fala pra gente a respeito dessa sua intervenção.

Yoga é a união entre o Ser Real , o Meio Ambiente ( a mãe Terra) e o Universo que representa o SER MAIOR. O yoga é uma filosofia de vida, isso implica em muitas mudanças de hábitos e atitudes. Eu tenho alergia respiratória e comecei a praticar yoga a , mais ou menos, 09 anos, com a esperança de livrar-me dos malditos "corticóides". Estou bem melhor. O yoga é - de dentro para fora - são exercícios mentais que você reproduz para o corpo. Exige disciplina e vontade. É uma filosofia maravilhosa e quase curativa, uma vez que ela traz equilibrio orgânico mas isso leva tempo, ninguém deve substituir os cuidados de um bom médico. Eu , por exemplo , ando com a "bombinha" na bolsa. Se houver necessidade...uso. O yoga pode ser feito por qualquer pessoa ou idade desde que: a pessoa respeite os limites do seu próprio corpo, evitando fazer exercícios que lhe tragam desconforto provocando lesões. É importante que o praticante de Yoga tenha em mente suas limitações. Leia muito, aprenda com os grandes Mestres e tenha muitos pensamentos positivos, pratique o Amor Maior, respeite a vida num todo: a natureza, os animais, as pessoas, a terra, a água etc, e se puder, contrate um bom instrutor por causa dos exercícios físicos.

LAM - Quais os projetos que Regina Celia de Oliveira tem por perspectiva realizar?

Continuar amando demais, afinal sou leonina. Escrever e publicar mais livros e ampliar meus trabalhos com a literatura e o teatro. Casar, de verdade, quero um marido, alguém para dividir minhas "guimbas" enfim. Quero morar no litoral e caminhar na areia de mãos dadas com o meu Amor, debaixo de um céu de estrelas. Amo a calmaria como sinto-me instigada pela tempestade. Quero me dedicar a arte e ao ser humano. "ACREDITO NA ARTE VENCENDO OS CANHÕES."



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quarta-feira, fevereiro 09, 2011

QUINTAVENTURA



QUINTAVENTURA: OFICINA DE PROCESSOS CRIATIVOS – Excelente publicação organizada pela escritora e professora Ana Vieira Pereira, a professora e tradutora Fernanda Martins e a professora Mainara Lenz. As integrantes: Ana Vieira Pereira é mestre e doutora pela FFLCH-USP; atua como professora de literaturas e português há mais de 15 anos, além de exercer como tradutora, revisora e editora de textos. Autora de vários livros (entre eles, "Mistache Malabona" e "O que sobrevive", em 2010). Fernanda Martins é professora de inglês há muitos anos. Formada em Letras pela Faculdade IberoAmericana, especializou-se em tradução e em educação na PUC. Atualmente é mestranda do programa de Linguística Aplicada da PUC-SP. Trabalha também com traduções e versões inglês-português-inglês. Mainara Lenz nasceu em São Paulo e mudou-se para Botucatu em 1994, formou-se no curso de Licenciatura Plena em Matemática na UNESP- Bauru em 1998. Atualmente é professora de Matemática do Ensino Médio da Escola Waldorf Aitiara.Imperdível.

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MIRTES WALESKA SULPINO



ALGUNS VERSOS EXPRESSOS DE MIRTES WALESKA SULPINO

BRINCADEIRAS DE PAPEL

Brinco com caneta e papel
Escrevo versos,
Versos caídos do céu
Feito piruetas mágicas,
Formando rimas e cores.

Se brinco, escrevo feito criança,
Criança correndo na relva,
Jogando bola, soltando pipa.
Se escrevo, brinco de ser poetisa,
Escrevo rimas e versos,
Olhando de cima das árvores,
Feito criança sapeca...

Uso a caneta feito varinha mágica
Àquelas dos contos de fadas
Que nunca enfadam a vida da gente.

Uso o papel feito espelho
Onde reflete os pensamentos meus,
Onde ainda sou criança,
Rimando sonhos e esperança
Música e melodia.

Escrevo sobre vida, amor e saudade.
Tais brincadeiras guardadas na infância,
“Pique-esconde”, e tantas mais...

Rimo cores, amores e flores.
Brinco nos jardins e quintais.
Rimo beijo, queijo e o que vejo,
Por entre as folhas dos coqueirais.

E assim, por entre rimas e versos,
Brincadeiras e papel,
Vou escrevendo e desenhando,
O que eu chamo de meu,
- Meu pedaço de céu...

UM LIVRO À PARTE

Sou poeta sem rosto
Sem nome, sem cor
Sou poeta nas veias, nas teias.

Do imaginário promissor,
Sou poeta alado
Curvado perante o Criador.

Sou poeta dos sonhos,
Desertos, miragens
Escultor de palavras
Poeta, sim.

Eu sou!

ÊXTASE
Eu tenho um corpo poético
E uma alma - profética - que transborda,
Palavras de dentro de mim.



MIRTES WALESKA SULPINO – Poeta paraibana Mirtes Waleska Sulpino cursou Letras e faz Comunicação Social. Ela é presidente da Associação Boqueirãonse de Escritores (ABES) e edita o blog Versos Expressos. Veja mais dela no Crônica de amor por ela.

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EFIGÊNIO MOURA & CIÇO DE LUZIA.



EFIGÊNIO MOURA & CIÇO DE LUZIA. - O radialista e escritor paraibano Efigênio Moura, está lançando o seu livro Ciço de Luzia, obra de ficção que se dá nos anos 70 e se ambienta no Cariri paraibano, especificamente em Monteiro, Zabelê e Camalau..A obra conta com prefácio do poeta e compositor Xico Bizerra, apresentação do escritor e jornalista Misael Nóbrega e orelha do músico e jornalista Onivaldo Junior, além de capa de Arão de Azevedo, com ilustração de Shiko. Efigênio Moura é formado em Marketing pela FPPD e também é autor da obra de sucesso, Êita Gota (uma viagem paraibana). Primeiro em Patos, na Paraiba, no próximo dia 10 de fevereiro, no Centro de Cultura Amaury de Carvalho, com horário previsto para às 19hs. O evento conta com apoio do Sindfisco, Aduepb e Secretaria de Cultura de Patos. Depois, haverá lançamento nas principais cidades e capitais nordestinas.

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segunda-feira, fevereiro 07, 2011

EMIR RIBEIRO: 35 ANOS DE NOVA



EMIR RIBEIRO: 35 ANOS DE NOVA - Acabou de sair da gráfica, e já está à venda, a 35 Anos de Nova – Tomo 1, do Emir Ribeiro, impressa em off-set; formato livro (16 x 23 cm); 84 páginas (miolo preto e branco, e capas externas coloridas); capa dianteira com pintura de Emir Ribeiro, originalmente produzida em 2007; página 2 com desenho preto & branco inédito de Nova, feito pelo mestre Seabra (baseado no primeiro quadrinho no qual Nova apareceu pela primeira vez, em maio de 1976); HQ inédita "O começo de tudo", de 2008, contando, resumidamente a origem de Nova, história e desenhos de minha autoria, originalmente produzidos em 2008; HQ inédita "O fã", escrita há quase 15 anos atrás por Rodrigo Garrit e desenhada Emir Ribeiro em 2010; os 12 primeiros capítulos da novela textual que conta tudo sobre Nova, desde sua origem. Nesta primeira parte são mostrados, em minuciosos detalhes, todos os fatos que levaram Nova a ter um corpo robótico; sua luta inicial com a então Welta; suas aventuras e embates contra bandidos comuns, bem como a sua principal inimiga: a Mulher-Fantasma. Todo o texto é ilustrado com tiras antigas publicadas em jornais paraibanos dos anos 70, bem como imagens da revista "Andróide" da Press Editorial/Maciota de 1986, além de desenhos inéditos meus, do Paulo Nery e de Gabriel Rocha (criador do Lagarto Negro). Além disso, matéria inédita contando como a robótica ruiva Nova quase virou filme, onde contracenaria com o Homem de Preto; na página 83, mais um desenho inédito do Seabra baseado na HQ que mostrou a primeira luta entre Velta e Nova, em 1976; capa traseira com desenho de Nova, de Emir Ribeiro, colorizado, de 2006. PREÇO DE LANÇAMENTO, válido apenas até 28 de fevereiro de 2011: R$ 10,00. PREÇO APÓS 28/02/2011: R$ 12,00. Obs.: Não está incluso, nesses preços o valor do porte. BRINDE ESPECIAL: A pedidos dos leitores das edições de Emir Ribeiro, volta aquela promoção na qual os primeiros 50 compradores da edição ora lançada, ganham um cartão (5 x 7 cm) com desenho original de Emir Ribeiro, retratando qualquer personagem (à escolha do comprador). COMO COMPRAR: Basta escolher entre estas formas de pagamento. Depósito em conta: Caixa Econômica Federal, Agência 0548, Operação 001, Conta nº 747-0. Nesse caso, envie o comprovante de depósito para identificar quem depositou o numerário. Cheque nominal cruzado, em nome de Emir Lima Ribeiro (preferencialmente, envie o cheque dentro de uma carta registrada, por questão de segurança), para a CAIXA POSTAL 3535 CEP: 58037-970 JOÃO PESSOA, PB. Selos novos de correio, no valor da edição somado ao porte escolhido (Simples: R$ 3,50; e Registrado: R$ 5,00) Veja mais no site do Emir Ribeiro. E veja mais HQs no Varejo Sortido.

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domingo, fevereiro 06, 2011

MAIAKÓVSKI: POÉTICA, COMO FAZER VERSOS



MAIAKÓVSKI: POÉTICA, COMO FAZER VERSOS – O livro “Poética: como fazer versos” do poeta e dramaturgo russo Vladimir Maiakóvski traz como fazer versos, os operários e os camponeses não vos compreendem e vinte anos de trabalho.

Nessa obra diz ele: “[...] Tendes o direito de exigir aos poetas que não levem com eles para o tumulo os segredos de sua arte. [...] não forneço qualquer regra capa de transformar um homem em poeta e de o levar a escrever versos. Essas regras não existem. Poeta é justamente o homem que cria as regras poéticas. [...] A inovação é indispensável a uma obra poética. O material das palavras, as combinações achadas pelo poeta, devem ser reveladoras. Se os versos são feitos com velhos resíduos verbais, a quantidade destes deve ser calculada em proporção com o material novo utilizado. É a quantidade e a qualidade do material novo que condicionarão as possibilidades da mistura. [...] Quais são, pois, os dados indispensáveis ao inicio do trabalho poético Primeiro: a existência na sociedade de um problema cuja solução só é concebível por uma obra poética. Segundo: um conhecimento exato, ou melhor, um sentimento dos desejos da vossa classe ou do grupo que representais, no que se refere à questão dada, isto é, tendência do poema para um fim preciso. Terceiro: a matéria. As palavras. Um continuo enriquecimento dos reservatórios, dos depósitos do vosso crânio, com palavras necessárias, expressivas, raras, inventadas, compostas e de todos os outros gêneros. Quarto: o apretrechamento da oficia e instrumentos de trabalho. Quinto: os hábitos e métodos de trabalho com as palavras, infinitamente individuais, somente adquiridos graças a anos de trabalho: as rimas, a métrica, as aliterações, as imagens, o estilo, a ênfase, a terminação, o título, a forma impressa, etc. [...] O ritmo é a força essencial, a energia essencial do verso. A poesia é uma industria. Aprender o oficio de poeta não é aprender o modo de preparar um tipo definido e limitado de obras poéticas, mas sim o estudo dos meios de todo o trabalho poético, o estudo das praticas dessa industria, que ajudam a criar outros. A novidade do material e dos processos é obrigatória para cada obra poética,. O trabalho do poeta deve ser cotidiano, a fim de melhorar a técnica e acumular reservas poéticas. Ter um bom bloco de notas e saber usá-lo é mais importante do que escrever sem erros, servindo-se de métricas antigas e mortas. É desnecessário construir uma grande fabrica de poesia para confeccionar objetos inúteis. Para compreender corretamente o mandato social o poeta deve situar-se no centro das coisas e dos conhecimentos. Para uma melhor execução do mandato social é necessário estar na vanguarda da sua classe, é necessário travar uma luta em todas as frentes por essa classe. Em lugar de raciocínios místicos sobre um tema poético, teremos a possibilidade de abordar o problema, pois chegou a altura de decidir acerca da tarefa e da qualidade poéticas. Não podemos considerar a cinzelagem de um poema, o trabalho técnico, como se costuma dizer, como um valor em si. No entanto, é este trabalho que torna o poema utilizável. A ambiência poética cotidiana, como todos os outros fatores, influi também na criação de uma obra autêntica”.

VLADIMIR MAIAKÓVSKI – Nasceu a 7 de julho de 1893 na aldeia de Bagdadi, Geórgia. O pai era guarda florestal. Quando este morreu, a família transferiu-se para Moscou. Aos 14 anos descobre apaixonadamente Hegel e Marx. Aos 15 adere ao Partido Socialista, bolchevique. Acusado de escrever manifestos, é preso. Posto em liberdade, volta a ser preso. Desta vê é julgado e condenado. Ao longo dos onze meses de clausura, devora Byron, Shakespeare, Tolstoi, entre outros. Quando saiu da prisão, em 1910, considerava-se capaz de escrever versos. Voltou-se para a pintura. No ano seguinte, entrou para a Escola de Belas Artes, donde foi expulso em 1914. Maiakovsky pertencia já a um gripo posteriormente designado por Futurista. Entretanto, começa a escrever – versos, principalmente. Muda-se para Petrogrado. Contata estreitamente com outros escritores de vanguarda: Vassili Kamenski e os escritores Khlebnikov e Chklovski. Depois da Revolução de Outubro a atividade literária dele se torna muito mais intensa, abrangendo quer a poesia, quer o teatro. Um dos aspectos mais interessantes desta nova fase na vida do escritor foi os inúmeros recitais que fez da sua poesia através de toda URSS. Escreveu também o argumento de diversos filmes. Suicidou-se em Moscou a 14 de abril de 1930.

Maiakovski não é apenas o maior poeta russo moderno, mas o primeiro grande escritor a assumir, no plano de sua consciência critica e estética, assim como nos meios e fins com que forma e informa sua obra, tanto a realidade concreta de uma sociedade industrial e de massa, quanto a essência mesma de sua transformação dentro de uma dada conjuntura histórica e cultural – no caso, em torno da Revolução de 1917. Observa-se no poeta e particularmente em sua poesia, um gigantismo que é ao mesmo tempo individual e coletivo. Mas há no artesanato maiokoviskiano, não tanto nos seus métodos na rigorosa armação fonética de suas assonâncias e dissonâncias, aliterações e paronomasias funcionais, ou nos realces tipográficos de distribuição das palavras ou dos versos pelo branco da páginas – espacejamento, mas sobretudo na consciência do uso do poema, na preocupação de lhe conferir um alto teor de oralidade para melhor comunicar-se, uma atitude criativa poeticamente pioneira, no sentido de que se faz um processo paralelo ao da atitude por que se orienta a produção industrial.

Foi escândalo público o primeiro poema publicado por Maiakovski, A nuvem de calças, de 1912. A poesia lírica e erótica atinge nível de alta realização em Amo, de 1922. E uma das suas obras-primas é seu último poema, A plenos pulmões. Também dramaturgo é autor de Mistério bufo, de 1918, O percevejo e Os banhos, ambas de 1930. Vivamente interessado pelas artes plásticas, fez desenho, cartaz, caricatura, roteiro para cinema, mantendo-se entusiasmado com a utilização artística de todos os meios modernos de comunicação.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
MAIAKÓVSKY, Vladimir. Poética. São Paulo: Global, 1984.

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CAMPANHA TODO DIA É DIA DA MULHER: ADRIENNE BESSA



Imagem: Fotomontagem de Adrienne Bessa.

ADRIENNE, UM POEMINHA PRA ELA

Luiz Alberto Machado

Adrienne, linda à beça do mar Adriático feito uma capa de revista cobiçada, é a Pierce que embala, a Frantz que encanta, a Bailon que seduz, a Pao que exala fêmea e espanta como a Gunde que me flagra da Adam em luz de seu desbunde no aroma Vittadini. Ela é tentadora que enfeitiça como a Kress para que eu Fellini a faça musa da noite e de todos os dias. Ela vem perturbadora na minha fantasia feito a Mesurat de Green sem mensurar dos vestuários mínimos no seu calçãozinho vermelho estufado de axé duma Antonson viva heroína que dou fé e é sonsa King nos palcos dos meus sonhos mais reveladores feito um parque de diversão pro meu prazer. É a sedutora Manning que se mostra nua na TV, feita a bela Armstrong numa pin-up da volúpia acesa, uma deusa Barbeau que tece a teia da Basso como a inventiva Mayor na minha veia para exaltar os traços da Farb de todas as assimetrias, que só a Dellwo brasileira sabe ressaltar na folia, como a poeta Rich na minha fantasia que se refaz na Shelly e eu que me pele, atue na cena e salte aos olhos dela para que a vida possa valer a pena.



Imagem: Adrienne por Anderson Quespaner.

ADRIENNE BESSA – A atriz, modelo, musa, jornalista e fotoblogueira Adrienne Bessa, que também se assina Dribbs, edita os fotologs Gibis, o Dribbs, o Dribbs2, o Dribbs 3 e o Adrienne Bessa onde divulga os quadrinhos brasileiros. Ela também escreveu a respeito, como a seguir “Brasileiros torcem pelo Brasil apenas nas copas do mundo, olimpíadas e jogos pan-americanos, mas nos quadrinhos...” e “Velta, nova identidade paraibana”.



Imagem:Adrienne por Emir Ribeiro.

BRASILEIROS TORCEM PELO BRASIL APENAS NAS COPAS DO MUNDO, OLIMPÍADAS E JOGOS PAN-AMERICANOS, MAS NOS QUADRINHOS... (Por Adrienne Bessa)

"Depois de assistirmos a várias competições nos jogos Pan-Americanos de 2007, a TV é inundada por uma avalanche de propagandas com textos aparentemente lindos e poéticos, exaltando a união do povo brasileiro em volta de um único objetivo, ou seja, do nosso Brasil ganhar muitas medalhas e provar que pode sempre fazer o melhor com esforço, determinação e, principalmente, com nossa gente torcendo, rezando e fazendo fé.

É realmente uma mensagem bonita, e seria abrangentemente linda se esse mesmo espírito de cooperação, de torcida, de desejos de melhoras e sucesso, ocorresse em todas as áreas artísticas, literárias, esportivas... enfim, que esse sentimento de patriotismo e irmandade fosse total.

Mas, infelizmente não é o que acontece nas histórias em quadrinhos.

Quando estamos um pouco fora desse meio, mais na qualidade de expectador, não percebemos e até achamos impossível que os leitores de histórias em quadrinhos não tenham esse mesmo sentimento pelos artistas que trabalham com gibis nacionais.

Lamentavelmente, não tem.

Pelo menos a grande maioria dos leitores, não tem.

Basta pesquisar pela internet e constatar essa estarrecedora realidade: a maioria dos leitores de gibis NÃO TORCE PELO BRASIL, nessa modalidade artística.

Eles torcem pelo competidor estrangeiro.

E ai de quem se opor a eles.

Eu mesma fui testemunha de casos assim, e quando fui dar minha opinião, recebi muito insulto. Isso fez com que eu me afastasse da internet por uns anos, especialmente nos locais onde se concentram discussões sobre quadrinhos.

Não existe respeito nas discussões.

Não existe o mínimo de sentimento de irmandade.

Não existe um grama de patriotismo.

Não existe essa coisa bonita que vimos no PAN 2007 do Rio.

Existe sim, gente dizendo: Quero que o quadrinho nacional se extinga de vez. Isto é, preferem ver os super-heróis americanos, os mangás japoneses, os faroestes italianos imperando e sempre vencendo a diversidade brasileira, nas bancas e nas gibiterias. Não está na hora de levarmos esse espírito de união, de irmandade, e de patriotismo também para os quadrinhos?

Não está na hora de começarmos a torcer pelos nossos artistas?

Não está na hora de nos orgulharmos dos bons trabalhos que eles fazem?

Não está na hora de consumirmos esse material de boa qualidade que está tão perto de nós?

Não está na hora de pararmos de comprar essas revistas com personagens e histórias que não tem identificação alguma com a gente brasileira, e começarmos a olhar para dentro do nosso país?

Depois desse meu texto, possivelmente virão incompreendidas interpretações, como xenofobia, patriotada, inocência e outros. Desculpe quem pensar assim, mas não tenho nada disso, mas apenas uma visão de grupo, de país, e de irmandade.

Felizmente, esta página não faculta comentários, então isso pode ser uma vantagem, e as pessoas que a lerem podem parar, pensar bem, e começar a mudar essa conduta.

Vamos tentar repetir o sentimento do Pan, das Olimpíadas e das Copas do Mundo, aqui dentro, e com os nossos artistas e personagens.

Acho que nossos artistas dos gibis merecem essa torcida!



Imagem: Adrienne por Jorge Moura.

VELTA, NOVA IDENTIDADE PARAIBANA – (por Adrienne Bessa)

Conheço a heroína Velta há uns sete ou oito anos, quando meu primo Zânio me emprestou um gibi dela, em formato grande, com uma história onde Velta se juntava a outros heróis brasileiros para combater uma bizarra e poderosa alienígena que assassinava pessoas, depois de se aproveitar sexualmente delas. O tema em si já era chocante e polêmico, e mostrava um diferencial das histórias de super-heróis, que costumam esconder assuntos mais adultos. Mesmo porque a linha de super-heróis é naturalmente infanto-juvenil, e no geral as pessoas que os colecionam desde pequenas, quando adultas, tendem a migrar para outras linhas mais sóbrias e condizentes com o avanço mental que vem com a idade. Mas, em Velta, se vê o tema de super-heróis direcionado para um público adulto, e isso vem estampado na capa da edição, num aviso em destaque.

Além dessa abordagem diferente sobre um tema historicamente pueril, Velta ainda traz novidades, como a forma da própria heroína ser mostrada. Fugindo dos estereótipos, Velta não é aquela mocinha burra que se envolve em problemas, para depois ser salva por um namorado musculoso vestido de malha colante, capa esvoaçante e colorida.

Nada disso.

A Hq criada pelo paraibano Emir Ribeiro mostra as mulheres de outra forma, que não aquela de "coitadinhas burras que servem apenas para serem tiradas de encrencas, pelos homens".

Velta é inteligente, decidida, independente, de personalidade forte, e para deixar ainda mais claro para aqueles que não percebem de cara a superioridade dela, Emir a fez mais alta do que qualquer homem médio normal: Ela tem mais de dois metros de estatura. Outra coisa que choca os mais tradicionalistas e ligados ainda na censura, é a indumentária da detetive loura, que adora andar com modelos ligados no corpo, deixando suas formas bem à vista, provocando, afrontando e deixando o time masculino de boca aberta.

Esse enfrentamento à censura rendeu à personagem um grupo de inimigos que, diuturnamente, vivem a enxovalhá-la e condená-la pelos seus modos diretos e suas roupas sensuais.

Mas, para os que dão ouvidos a esses detratores, Emir, de vez em quando solta uma bomba e detona todo o falatório bobo, e mostra como sua heroína é completa e complexa, e difícil de ser entendida por gente que se fixa apenas numa leitura simplista. Isso é visto com clareza no novo álbum VELTA, NOVA IDENTIDADE PARAIBANA, onde a heroína dá uma pausa no seu trabalho de ganhar dinheiro como detetive, e parte para uma missão de cunho pessoal. Através de uma ilha misteriosa que apresenta um fenômeno temporal, ela viu a chance de voltar ao passado e salvar a vida da sua mãe, que morreu quando Velta tinha 9 anos de idade. Determinada a salvar sua mãe, Velta se envolve em um caso complicado que lhe rende um novo sobrenome e uma origem diferente.

Não há super-vilões querendo dominar o mundo, não há mutantes super-poderosos vestidos em roupas extravagantes, gritos de guerra do tipo "para o alto e avante," e nada disso que se espera de uma história infantil de super-heróis, mesmo porque, Velta praticamente nem usa o poder que tem; e poder é um assunto relegado a último plano, nessa edição.

O que fica mais à mostra, dessa vez, são os sentimentos familiares da personagem com relação à sua mãe, que produzem cenas que chegam a emocionar quem lê a história. Eu mesma, cheguei a lacrimejar, em algumas passagens.

Além dessa preocupação em conduzir o leitor a entrar no estado emocional da personagem, Emir Ribeiro acrescenta um pouco das paisagens que o cercam, na cidade onde vive, e é fácil identificar alguns dos principais pontos turísticos de João Pessoa, no transcorrer do álbum, e que servem de cenário para a desesperada tentativa de Velta de trazer sua mãe de volta à vida.

A história principal se passa quase toda na litorânea e bela capital paraibana, mas, nas páginas finais, em uma pequena história, Velta serve de cicerone ao leitor, e mostra belezas turísticas de outros municípios da Paraíba, dando um bom incentivo para que se visite os locais mostrados nos desenhos e montagens. As capas também são lindamente desenhadas e pintadas. Vale a pena comprar esse álbum. Eu li e adorei.



Imagem: Adrienne por ela mesma.

ENTREVISTA: ADRIENNE BESSA

LAM - Adrienne, você é uma fotoblogueira que divulga gibis. Além disso é modelo, atriz, musa cabeçuda e jornalista que não exerce a profissão. Como e quando é que surge a Drib´s e essa sua predileção por HQs?

Ei, ei, ei... Luiz Alberto... vai devagar!!! Rsrsrsrs!!! Eu não sou atriz, nem modelo, nem musa cabeçuda!!! Musa cabeçuda?!?! O que é isso?!!!?? Rsrsrsrsrs!!!
Tá, eu só me formei em jornalismo, mas não exerci a profissão porque consegui um bom emprego... e muitos colegas meus dizem que jornalista continua ganhando pouco, então, achei melhor ficar onde estava, que era garantido...
Eu adoro HQs, sim!!! Leio muito!!! Comecei lendo gibis emprestados de um primo, e não parei mais!!! Rsrsrs!! Mas também leio livros, eu amo leitura!!



Imagem: Adrienne por Jorge Moura.

LAM - Quais influências da infância e adolescência marcaram para formação de uma jornalista que não exerce a profissão e vira fotoblogueira?

Virei fotologueira numa fase difícil da vida, quando terminei um noivado por causa de traição! Fiquei muito fragilizada e perdida, busquei uma outra atividade que me ocupasse e me fizesse esquecer... e foi quando uma amiga sugeriu postar umas fotos... gostei dos comentários, e fui postando mais e mais!!! Rsrsrsrs!!! E me desinibindo mais e mais, também!!! Rsrsrsrsrs!!!



Imagem: Fotomontagem de Adrienne Bessa.

LAM - Você escreveu um artigo em defesa dos super-heróis brasileiros. Então, duas perguntas numa só: A primeira: o que motivou a sua ação; em segundo, qual a sua visão de herói brasileiro diante de "macunaímas" e "artistas" torpes que comandam a patriamada do jeito que querem (o Brasil é um país que só tem "artistas", achar bandido é que são elas)?

Ah!! Escrevi aquele artigo porque uns amigos pediram, queriam uma opinião feminina sobre super-heróis do Brasil, e então, coloquei para fora a minha porção jornalista que andava adormecida!!!
Adorei escrever o artigo, e depois dele, foram me pedindo mais outros, e eu escrevi mais outros!!!
Olha, acho que o Brasil precisa de gente honesta, gente ética, porque do jeito que está, dá nojo!!
O Brasil precisaria realmente de super-heróis para corrigir tanta injustiça, tanta corrupção e tanto horror que assistimos todo dia na televisão!



Imagem: Fotomontagem de Adrienne Bessa.

LAM - Você também escreveu um artigo sobre a torcida brasileira apenas voltada para futebol e coisitas do esporte, mas com relação ao quadrinhos brasileiro a coisa não caiu na graça, muito embora o Mauricio de Souza e sua Turma da Mônica seja um sucesso, como também o Roko-Loko e Adrina-Lina do Marcio Baraldi siga de vento em popa. A que você atribui o sucesso do Mauricio e do Baraldi e esse estranhamento com o gibi brasileiro?

Sério, acho muito pouco somente duas pessoas serem sucesso nos quadrinhos do Brasil, então, se for transformar esses números em dados de estatística, é um percentual baixíssimo!!
A verdade é que o Brasil tem milhares de grandes desenhistas e roteiristas... então, porque só dois conseguem maior destaque??
Olha, não sei qual a receita do Baraldi, mas o Maurício se beneficiou com a campanha da televisão, dos produtos Cica... tornou seus personagens populares!!
Talvez falte aos outros artistas mais espaço na televisão, para popularizar seus trabalhos!!

LAM - Você também já escreveu sobre a heroína e musa Velta, do Emir Ribeiro. Como você vê a Velta e todo o trabalho do Emir?

Eu adoro a Velta, me identifico com ela em muita coisa, acho a mulher de personalidade mais forte dos quadrinhos, bem diferente de todas as outras!
A Velta manda, determina, faz acontecer, não é tipo daquelas heroínas bobas que só sabem gritar por socorro!
Só fui conhecer o trabalho do Emir em 2002, quando li um gibi editado pela Opera Gráfica, depois não perdi mais nada do que ele lançou... tenho tudo! Adoro as historinhas do Emir!!



Imagem: fotomontagem de Adrienne Bessa.

LAM - Nos seus fotoblogs você reune informações, dicas, fotos, artes e montagens, tudo visando divulgar o gibi brasileiro. Qual a recepção do público e dos artistas da área a esse excelente trabalho de divulgação que você faz?

Não foi bem assim, Luiz Alberto!! Rsrsrsrs!!
Comecei postando fotinhas comuns, de paisagens, imagens românticas... mas um dia coloquei uma foto de maiô, e as visitas aumentaram... e os comentários também, e elogiaram muito a imagem!!!
Fui perdendo a vergonha e postando outras mais reveladoras!!!
Fotolog virou então, um vício... estava sempre querendo postar mais e receber mais elogios...
Mas, o chato é que apareciam uns sem noção com baixaria, com cantadas, e eu não queria isso!!!
Eu queria que vissem as fotinhas como representações artísticas, como se eu fosse uma artista em um palco, e a platéia podia vaiar ou aplaudir, mas sem palavrão e nem contato mais próximo!



Imagem: fotomontagem de Adrienne Bessa.

LAM - Você já foi desenhada pelo Emir Ribeiro e pelo Luciano Oliveira, bem como transformada em heroína pelos Sebastião Seabra e Anderson Quespaner, sugerida, inclusive pelo Tito Augusto. Quais suas impressões a respeito?

Ameeeeeeeeiiiii virar personagem nas mãos de artistas tão talentosos!!!
Guardo os gibis deles com muito carinho e quero um dia mostrar para meus filhos e meus netos!!! E eu tenho esperança de aparecer em mais gibis e me divertir muito!!! Rsrsrsrs!!!
Já tenho algumas propostas, mas, não posso falar agora!!! Rsrsrs!!



Imagem: fotomontagem de Adrienne Bessa.

LAM - Em vários de seus posts você traz publicações de obras da literatura brasileira que foram transformadas em gibis feitas pela EBAL há anos e agora retomada por algumas editoras. Qual a sua visão a respeito e qual a possibilidade real do Romance da Adrienne Bessa?

Imagina!!! Minha vida real não é tão interessante a ponto de virar romance, né? Eu adoraria, mas, acho que não ia vender quase nada!!! Rsrsrsrsrs!!

LAM - A seu ver a internet tem contribuído para difusão do gibi e do seu trabalho na divulgação de HQs?

Ah, sim!!!
Internet é uma máquina de propaganda poderosa, mas, ainda não é aproveitada em toda sua plenitude!!
Tem muita gente fazendo um lindo trabalho difundindo gibis brasileiros, muita gente boa, e os resultados estão aparecendo!!
Gibi nacional está vendendo mais e conquistando o coração de mais leitores !



Imagem: Adrienne por Sebastião Seabra.

LAM - Quais os projetos que a modelo, atriz, musa, jornalista e fotoblogueira tem por perspectiva realizar?

Não sei, gosto de viver muito no presente, porque muitas vezes fazemos mil planos e as coisas não dão certo!
Tenho o sonho de ser mãe, mas, vou esperar um pouco e aproveitar bem a vida ao lado do meu amado marido...
No lado profissional, com certeza, não vou ser modelo, porque já passei da idade, já estou perto dos 30, nem tenho corpão sarado de musa da Playboy, minhas fotos são tratadas no photoshop para causar uma boa impressão!!
Além disso, tentar ser modelo profissional seria entrar num mundo incerto, obscuro e desconhecido, cheio de variáveis que podem levar para um caminho que não é legal!!
Não gosto de me arriscar em aventuras duvidosas quando tenho um trabalho seguro!! Mas, adoro fantasiar, e acho que vou ainda postar muitas imagens antes de cansar e parar com a brincadeira!!
Brigada por tudo!! Tudo de bom para vc!! Adrienne



Imagem: fotomontagem de Adrienne Bessa.

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