sábado, junho 11, 2011

ADRIANA GOMES



ADRIANA GOMES

PRIMEIRA SUBIDA

Subindo a rampa
Luzes perto do céu
Morro iluminado
Luzes dos faróis
Curva na estrada
Lá na frente uma janela no alto
Descendo a rampa
Luzes, gente e o sinal vermelho
Voltando pra casa
Corpo pedindo aconchego
Primeira subida
Rodovia em construção
A noite já abraçava a cidade
O mais lindo de tudo era estar pensando em você
Era saber que o amor me esperava.

MANIA

Mania
é sentir teu cheiro na minha roupa guardada
é guarda teu beijo em páginas escritas
é acordar de um sonho que será realizado
Mania
É ter certeza que esse amor inventado
Tem as cores da paixão
E por ser um grande amor
É louco para muitos
E perfeito para o meu coração
Mania
É acreditar que esse amor inventado
todos os dias pode ser reinventado

PÁSSAROS NO CÉU

Empinam sobre os telhados
Os pássaros de caudas compridas
Coloridos nas cores escolhidas
Sem asas mais voam pelo céu
Segurada pela linha tão fininha
Saúda o céu sagrado
A pipa de Daniel
Que fica todo empolgado
Marquinhos com muito capricho
Cola papel nas ripas
E logo aparece o pássaro
A tão famosa pipa
Irmãos de olhos ao vento
Avistam no céu seus pássaros
São pipas empinadas
Pedindo linha
Guerreando pelo céu azul
Na rua Ouro Verde
No bairro do Salgado
Pés no chão
Meninos felizes brincando
Quisera pudessem sempre brincar
Mas o tempo proíbe
Cresceram para ensinar a seus filhos
Que um dia empinarão outros pássaros no céu.

ALÉM DA POESIA: VERSOS LIVRES EMOLDURADOS PELO TEMPO

Meu amor é inventado.
Em tempo de verão fica colorido. No inverno está sempre agasalhado. Alimento o amor com tanta ternura que em cada verso livre, acredito que um dia vou conquistá-lo. Como sou ingênua, acreditar em amores inventados mesmo sabendo que quando vão embora, levam a primavera e deixam para trás restos de recordações e muita saudade.
Para não esquecer o Amor, desenho seu rosto em versos de esperança e para não sofrer, consigo senti-lo nas poesias que nascem para me consolar. Dizem que sou louca por amar através de versos livres emoldurados pelo tempo, faço da poesia o agasalho para a minha alma e a tenho perfumando a minha imaginação.
A essência das minhas verdades em versos que deixo nascer, são verdades conquistadas sempre que acredito no amor. Amor irreal, sem rosto, sem coração, sem alma, apenas Amor. O amor do poeta que só existe porque é inventado.

Veja mais de Adriana Gomes no Crônica de amor por ela.

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