quinta-feira, fevereiro 21, 2008

PARA VIVER O PERSONAGEM DO HOMEM



EREMITA

Meu navio a sorte inventa
E na desilusão dos sonhos
Atraca.

Era 1982 quando eu imaginava haver reunido um catatau de versos e a pressão aumentava para que eu publicasse um livro. Vinha já de anos com o prestígio de ter poemas infantis publicados no caderno semanal “Júnior” do Diário de Pernambuco e estava participando constantemente de saraus e recitais pelo meio do mundo.
Os encontros realizados durante “As noites da cultura palmarense”, capitaneada pelo amigo José Duran y Duran, forneciam incentivos que eram redobrados pela professora Jessiva Sabino e pelos colegas de colégio e de bar.
Nessa época eu já estava cursando Letras na Famasul, de malas prontas para residir no Recife e continuar o curso na FAFIRE. Andava mais voltado para a as áreas do teatro e da música, sempre apresentando uns melodramas, jograis e outras apresentações com poesia, música e teatro.
Foi quando chegou Juarez Correya e me peitou para publicar alguma coisa. Oito dias depois entreguei um volume com o título: “Uma poesia no mundo”. Eram 50 poemas adolescentes, nada de muita valia.
Juarez retornou sugerindo a mudança do título: “Para viver o personagem do homem”. Aí Ângelo Meyer fez a capa, Paulo Menezes Profeta o prefácio, o Gulú levou pruma gráfica da Universidade Federal de Pernambuco – que eu paguei numa valsa da peste - e o livro ficou pronto.
Lancei primeiro na Biblioteca Pública Fenelon Barreto, em Palmares. E, depois, na Livro 7, em Recife.
Levei algumas lapadas na lata: houve quem me aconselhasse por abandonar a literatura, rasgar meus escritos, coisas do tipo. Realmente, o volume criado durante minha adolescência, não dava lá muito cloro não. Ou melhor, não dava cloro nenhum. Possivelmente nem deveria tê-lo publicado.

A MALDIÇÃO DE NARCISO

A maldição de Narciso
Não é ver Calibã
É ver Narciso.

Foi nesse livro que publiquei um poema em homenagem ao Egberto Gismonti e que, depois, foi incluído no Jornal Caipira, edição encartada do disco “Em família”. Também “O soltador de pássaros” dedicado ao Ângelo Meyer.

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